Gazeta Esportiva.com
·22 November 2024
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Na noite da última quinta-feira, o Vasco perdeu para o Internacional, por 1 a 0, em São Januário, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Essa foi a terceira derrota seguida do Cruzmaltino na competição nacional e a terceira partida seguida sem marcar gols.
Após mais um resultado ruim, os jogadores e o técnico Rafael Paiva foram alvos de protestos em São Januário. Depois do confronto, em coletiva de imprensa, o treinador afirmou que vê as vaias para alguns jogadores como “injustas”, citando os exemplos de Léo e Galdames.
“Eu não vejo torcida vaiar mais jogador do que a torcida do Vasco, já falei isso algumas vezes aqui. Eu acho que já falei aqui o exemplo do Pec e do Orellano, né. Eram jogadores vaiados aqui, e um foi o melhor, e o outro o terceiro melhor jogador da liga americana. A gente sofre muito no Vasco, todo mundo. Torcida, staff, jogadores. Por essa ânsia que a gente tem de ver o Vasco onde o Vasco merece estar, que é disputar títulos, disputar Libertadores, que é o que a gente fez na Copa do Brasil esse ano, que é tentar disputar uma final. Temos sofrido muito com isso, e o reflexo da torcida é vaiar os jogadores, a ânsia de ter jogadores que resolvam o problema. Acho que a gente está em um processo. Temos que acreditar no processo do Vasco, tem que ser passo a passo. Não podemos cair esse ano, temos que brigar por Libertadores, brigar por uma Sul-Americana, mas temos que ter paciência, o que aconteceu esse ano com a 777… Temos que ter paciência, e acho que isso acaba estourando em alguns jogadores. Acho injusto”, declarou.
“Acho que o Léo é um jogador que tem muita qualidade, não está à toa aqui, é um jogador que vai ter mercado de sair do Vasco. Vejo a mesma coisa para o Galdames, é um jogador de nível de seleção chilena. Assim como o Puma foi muito vaiado em algum momento, entrou agora no Uruguai contra a Seleção Brasileira. Assim como o Rayan já foi vaiado… a gente tem vários, se formos ficar falando aqui, são vários. Não estou defendendo jogadores a qualquer custo, mas acho injusto sim, porque são profissionais que se dedicam muito, que têm muito potencial, que vão ter mercado quando sair daqui. Temos alguns casos de jogadores que saem e conseguem render em algum lugar. Precisamos, nesses momentos de dificuldade, como estamos agora, de mais apoio da torcida, porque faz muita diferença. A atmosfera que tivemos contra o Atlético-MG (na semifinal da Copa do Brasil), é absurdo o quanto empurra a gente para frente. Precisamos muito dessa atmosfera nos dois jogos que vamos ter em casa. São jogadores que têm qualidade, e vários outros têm que provar dentro de campo. Acho que o Léo, para não ser vaiado, tem que fazer uma partida quase perfeita. Temos outros jogadores que, na minha opinião, às vezes erram mais do que o Léo, e a bomba sempre vai para ele e para o Galdames. Temos que acreditar nos jogadores que temos, porque eles têm potencial”, complementou.
Rafael Paiva também analisou a derrota para o Inter. De acordo com o treinador, o Vasco conseguiu competir mais do que nos últimos dois reveses, mas avaliou que faltou pontaria na conclusão das finalizações, o que tem complicado a situação do time.
“Acho que conseguimos competir. Eu achei que a gente conseguiu. Nos últimos dois jogos, nos incomodou demais o Botafogo e o Fortaleza. Acho que lá não conseguimos competir, acho que tomamos aquela quantidade de gols porque saímos muito da nossa característica. Sabemos que temos que competir muito para tentar equilibrar jogos, para tentar fazer jogos melhores, e era o que na nossa opinião, nos levou a estar onde estávamos na tabela. Acho que nesse jogo contra o Inter nós competimos bem, conseguimos fazer um jogo equilibrado, principalmente no primeiro tempo. No início do segundo tempo, a gente até conseguiu jogar, mas teve uma hora em que tivemos que trocar para tentar entrar no jogo de novo. Equilibramos sim. Não vou ficar falando aqui da qualidade do Inter, porque a gente sabe, essa sequência (deles) não é à toa, uma sequência extremamente difícil de alcançar. Hoje, o que faltou para nós foi colocar a bola na rede. Tivemos algumas chances de gol, algumas chances que eu achei até claras, umas duas ou três, e isso agora é o que está incomodando a gente”, analisou.
O técnico completou: “Conseguimos competir, mas estamos há três jogos sem fazer gols, e isso vai pesando demais. Infelizmente, perdemos aqui. Não perdia aqui desde o jogo contra o Criciúma, se não me engano. Competimos, mas não conseguimos ser felizes na finalização. Tomamos um gol de fora da área e, no final ali, nos lançamos mais ao ataque, e aí nos desorganizamos no final do segundo tempo. Temos que continuar acreditando. É horrível ter essa sequência, mas as equipes oscilam muito. Nessa rodada, ficou claro. São quatro ou cinco equipes que estão num momento bom, e o resto oscilando muito. É um momento muito difícil, mas não tem o que fazer. Temos que voltar a competir e voltar a pontuar, quebrar logo essa sequência ruim que está incomodando muito a gente”.
Por fim, Paiva também falou sobre o seu futuro no Vasco. O comandante entende, porém, que essa é uma questão para o fim da temporada, e destacou que segue com o objetivo de entregar o que for melhor para o clube.
“Eu tenho que trabalhar pensando em entregar o Vasco da melhor maneira possível em posição esse ano. Acho que depois que a temporada acabar, a gente vai sentar, vai ver o que acontece, o Pedrinho, o Felipe, o Marcelo. Daí é muito mais com eles. Para mim, tem sido uma experiência incrível. Tenho tentado entregar o meu melhor para tentar deixar o Vasco onde o Vasco merece, que é muito mais do que estamos agora. Mas temos que entender o processo, e precisamos entender que as coisas não acontecem de uma hora para a outra. Estamos tentando trazer o melhor aí”, finalizou o treinador.
Com a derrota para o Inter, o Vasco estacionou na 10ª colocação da Série A, com 43 pontos, e viu uma possível vaga na Copa Libertadores 2025 ficar mais distante. O time, agora, volta a campo neste domingo, quando enfrenta o Corinthians, às 16h (de Brasília), na Neo Química Arena, pela 35ª rodada.
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