Ancelotti analisa vitória, comenta função de Cunha e estipula lista com 70 jogadores a observar | OneFootball

Carlo Ancelotti, passados poucos minutos do dia do seu aniversário, comentou a primeira vitória como técnico da seleção brasileira, na Neo Química Arena, diante do Paraguai. O resultado classificou o Brasil para a Copa de 2026, primeiro grande feito do italiano na Canarinho.

"Acho que foi um bom jogo, boa primeira parte, o time jogou bem, controlou bem o jogo. Sofreu um pouco, porque o Paraguai é um time sólido. Mas de um modo geral, o jogo foi bom, completo, estamos contentes pela classificação. Era muito importante conseguir a classificação nesses dois jogos, fizemos isso com uma boa atuação hoje, acho que a torcida está contente. Gostaria de agradecer pela forma como me receberam", começou por dizer o técnico.

Questionado sobre a mudança no esquema tático, atuando com quatro atacantes, Ancelotti evitou rotular esquemas e destacou a mobilidade de seu quarteto ofensivo.

"Obviamente, é um sistema que podemos utilizar, como o 4-3-3 que utilizamos contra o Equador. Temos jogadores com essas características, pontas bons. Hoje, por exemplo, Cunha não era centroavante, era um meia-atacante. Aproveitamos a velocidade do Vini, do Raphinha, Martinelli, e o Cunha jogava quase como um 10. Contra o Equador, preferi o Gerson, outro meia, para dar mais solidez no setor", analisou.

Na função de Cunha, Ancelotti imagina Neymar de volta para a seleção. "Se tivéssemos que imaginá-lo no jogo de hoje, talvez como o Cunha, como um 10. Nessa posição, ele poderia ser muito perigoso", ressaltou.

Agora, a seleção passará três meses sem entrar em campo. Ancelotti vai tirar parte do período como férias, mas logo voltará a trabalhar para, segundo ele, observar uma lista com 70 jogadores que podem estar na próxima Copa.

"Tenho uma lista ampla de jogadores pelo mundo, no Brasil, Europa, Arábia, são 70 jogadores e temos tempo para avaliar cada um desses jogadores. Todos esses 70 podem chegar na Copa, não há uma lista definitiva de 25, 26. Esses jogadores que trouxe nessa primeira convocação, me agradaram muito, em termos de ambiente, compromisso, atitude. Mas temos de avaliar", concluiu.

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Escolha por quarteto ofensivo

A ideia era colocar um pouco mais de energia na frente, com Martinelli, que mudava de posição com Vini. Cunha nos ajuda muito na saída da bola, no controle do jogo, se movimenta muito. Na frente, Cunha, Martinelli, Raphinha, foram muito bem. Jogamos bem, por isso, estou contente.

Importância da pressão alta

O futebol moderno é intensidade, com e sem a bola. A pressão é importante porque não permite que o adversário tenha tempo para jogar como quer. Há um problema: para pressionar, precisa correr, se sacrificar, ter compromisso, atitude. Algo que o time teve hoje. Depois, você pode fazer menos pressão, como contra o Equador, porque queríamos mostrar uma versão diferente e saímos bem. Mas pressionar é muito importante.

Três meses sem jogo

Primeiro, férias, porque não lembro do último dia de férias. Segundo, sim, observar o Mundial de Clubes. E tenho uma lista ampla de jogadores pelo mundo, no Brasil, Europa, Arábia, são 70 jogadores e temos tempo para avaliar cada um desses jogadores. Todos esses 70 podem chegar na Copa, não há uma lista definitiva de 25, 26. Esses jogadores que trouxe nessa primeira convocação, me agradaram muito, em termos de ambiente, compromisso, atitude. Mas temos de avaliar.

Mais um jogo sem sofrer gol

Bem, eu sou italiano (risos). Eles trabalharam bem, por isso não levamos gol. Casemiro, Bruno, fizeram um esforço extraordinário. Estou muito contente por isso, mas principalmente porque estamos na Copa do Mundo.

Seleção brasileira atuando em diversas praças

Sim, acho que é bom que todo o país tenha a oportunidade de ver a equipe, isso alimenta a paixão que precisamos. É algo que queremos fazer, tentar envolver todo o país, isso vai nos ajudar a fazer uma boa Copa do Mundo.

Jogo do Vinícius

O Vini tem todas as qualidades para se sair bem aqui, como no Real Madrid. Ele gosta da seleção, hoje, jogou muito bem, e acho que fará isso sem problemas.

Primeiros 15 dias no Brasil

Foram 15 dias muito bonitos em todos os sentidos. Recebimento do povo brasileiro, hoje, no estádio, me presentearam com várias camisas. O ambiente dentro da CBF, uma família. A atitude dos jogadores, o ambiente entre eles. Gostei de tudo, faltava somente a vitória, e conseguimos, então, estamos felizes...

Volta de Casemiro para a seleção

Casemiro é uma segurança para a equipe. Sua posição, experiência, qualidade, liderança. Temos uma equipe com muitos líderes, ele, Danilo, Marquinhos, Alisson. Estou contente com a equipe, não só pela qualidade mas pela atitude.

Melhora com relação a jogo contra Equador

Hoje, conseguimos trabalhar melhor a bola. Precisávamos ganhar a partida, tivemos mais mobilidade, a saída de trás foi muito boa. Alisson ajudou na saída. Foi um bom jogo. O ideal seria ter a mesma intensidade no primeiro e segundo tempo, mas o resultado nos favorecia e não arriscamos como no primeiro.

Beraldo como lateral

Beraldo acho que pode jogar como zagueiro, assim como lateral esquerdo. Com Vini ou Martinelli, às vezes precisamos que vá menos ao fundo. É um jogador inteligente.

Como voltaria Neymar?

O Neymar veio hoje ao hotel, é muito próximo da seleção. Ele pode jogar em qualquer posição do campo. Se tivéssemos que imaginá-lo no jogo de hoje, talvez como o Cunha, como um 10. Nessa posição, ele poderia ser muito perigoso.

Quatro atacantes vai seguir sendo o esquema?

Hoje, jogamos com quatro atacantes, e a equipe teve equilíbrio. Não é problema jogar com quatro, três ou dois atacantes, o problema é colocar dez jogadores que correm, que se sacrificam.

Raphinha protagonista

Acho que jogar melhor do que está jogando não é tão simples. O Raphinha é um jogador espetacular, moderno, que combina qualidade com um trabalho físico extraordinário.