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·18 Juni 2025

Análise: Fluminense mostra personalidade e protagonismo contra o Borussia, mas deixa vitória escapar

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A estreia do Fluminense no Mundial de Clubes da FIFA 2025 evidenciou a personalidade e o protagonismo do time diante de um adversário de peso. Mesmo diante do Borussia Dortmund, gigante do futebol europeu, o Tricolor dominou as ações do início ao fim, com imposição e volume ofensivo. Apesar da boa atuação, esbarrou na grande performance do goleiro Kobel e na falta de precisão nas finalizações. O empate sem gols deixa a sensação de que os três pontos estavam ao alcance, e escaparam nos detalhes. Ainda assim, a atuação encheu a torcida de orgulho, pela maneira como o time se impôs em um palco internacional e mostrou que pode competir em alto nível.

O Fluminense fez bonito no MetLife Stadium. Mais do que uma boa atuação, o principal legado desta estreia foi o cumprimento de uma promessa feita por Renato Gaúcho à torcida: entrar no Mundial de Clubes com coragem e protagonismo. O treinador Tricolor entregou exatamente o que prometeu — um time que não se intimidou diante de um gigante europeu, manteve sua identidade ofensiva e justificou, em campo, o título continental que o trouxe até aqui.


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De olho na classificação, o Fluminense superou com personalidade seu primeiro grande teste. Agora, diante dos dois próximos adversários do grupo, o desafio é manter o nível de atuação apresentado contra o favorito da chave. Se repetir o desempenho, o Tricolor tem boas chances de garantir uma vaga nas oitavas de final do Mundial.

Sobre o jogo

O Fluminense foi superior nos dois tempos. Na primeira etapa, a equipe comandada por Renato Gaúcho surpreendeu com intensidade e volume ofensivo. Em nenhum momento o Tricolor se mostrou abatido ou permitiu que o rival alemão o subestimasse. O Tricolor demonstrou muita coragem e postura, mesmo diante de um adversário que chegou às quartas de final da última Champions League e foi vice-campeão na edição anterior. Isso mostra o tamanho do feito tricolor.

Um ponto importante para o bom desempenho do Fluminense diante do Borussia Dortmund foi a dedicação e entrega dos jogadores. Por opção de Renato Gaúcho, o time entrou em campo sem Ganso e Cano, apostando em Nonato e Everaldo. A escolha permitiu que o Tricolor subisse a marcação com eficiência e, quando necessário, baixasse as linhas com organização, impedindo que o time alemão pressionasse com efetividade.

Outro ponto que merece destaque foi a atuação segura e versátil de Hércules, Martinelli e Nonato. O trio foi fundamental para o domínio tricolor, exercendo funções que foram além das de volantes. Atentos na marcação e eficientes na construção ofensiva, os três atuaram como verdadeiros meio-campistas completos. Na primeira etapa, inclusive, todos eles finalizaram com perigo, contribuindo diretamente para o volume ofensivo do Fluminense.

O Borussia até tentou, mas encontrou uma defesa tricolor extremamente sólida. Comandado pelo capitão Thiago Silva, um dos melhores em campo, o sistema defensivo funcionou com perfeição. O zagueiro foi preciso nos cortes, nas interceptações e na liderança do setor, conseguindo anular completamente Guirassy, artilheiro da última Champions League ao lado de Raphinha, do Barcelona.

Outro destaque da primeira etapa foi Jhon Arias. O colombiano manteve o alto nível de desempenho que a torcida tricolor já está acostumada a ver, mas desta vez diante de um gigante europeu. Com arrancadas em velocidade, controle de bola, imposição física e finalizações perigosas, Arias mostrou que seu protagonismo no futebol brasileiro também se sustenta em palcos internacionais.

O Fluminense criou algumas oportunidades ao longo da primeira etapa, com Arias, Martinelli, Hércules e Nonato arriscando finalizações. No entanto, apesar do domínio e da presença constante no campo ofensivo, nenhuma das chances foi realmente clara. Mesmo sem jogar bem, o Borussia Dortmund não chegou a ser ameaçado por uma grande chance tricolor no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Fluminense voltou ainda melhor, com mais objetividade e presença ofensiva. Logo nos primeiros minutos, criou a chance mais clara de todo o jogo: Arias lançou Everaldo em profundidade, o atacante ficou cara a cara com o goleiro, mas preferiu o passe para Canobbio, que finalizou fraco e parou nas mãos de Kobel. Minutos depois, Everaldo finalizou mais uma vez, o goleiro adversário deu rebote, mas fez um milagre ao impedir o gol de Nonato, que estava impedido no lance.

Na reta final da partida, o desgaste físico começou a pesar, e as substituições acabaram reduzindo o ritmo do Fluminense. Cano e Lima não conseguiram manter o nível de intensidade, enquanto Paulo Baya pouco participou das ações ofensivas. Serna, por outro lado, mostrou personalidade, conseguiu se movimentar bem e criou algumas jogadas. A não escolha de Ganso por Renato também foi sentida: com o Borussia se lançando mais ao ataque nos minutos finais, surgiram espaços que poderiam ser melhor aproveitados com a visão de jogo do camisa 10. Sua presença em campo teria potencial para municiar os atacantes e criar oportunidades que o Tricolor não conseguiu gerar no fim do confronto.

O Borussia Dortmund, mesmo com as alterações feitas na segunda etapa, pouco ameaçou o gol tricolor. A defesa do Fluminense manteve o controle, e o goleiro Fábio teve uma atuação segura, sem a necessidade de grandes intervenções. O experiente camisa 1 praticamente não foi exigido em defesas difíceis, reflexo da solidez defensiva da equipe durante toda a partida.

Para a próxima partida

Após uma estreia sólida contra o Borussia Dortmund, em que o Fluminense demonstrou personalidade, organização tática e volume ofensivo, o desafio deste sábado (21) será diferente. Diante do Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, o Tricolor entra precisando converter o bom futebol apresentado em resultado e precisa vencer os coreanos.

O Ulsan não teve uma boa atuação na estreia diante do Mamelodi Sundowns e acabou derrotado. Com isso, tende a ser o adversário mais frágil do grupo, o que torna fundamental uma vitória do Fluminense. Além dos três pontos, conquistar um bom saldo de gols pode ser decisivo na disputa pela classificação à próxima fase do Mundial de Clubes.

Para o jogo de sábado (21), faria três mudanças no time titular: Ganso, Cano e Fuentes nas vagas de Nonato, Everaldo e Renê, respectivamente. A vitória é fundamental, e o saldo de gols pode ser um diferencial na briga pela classificação. Mesmo ainda sem o ritmo ideal, a capacidade de finalização de Germán Cano é um trunfo que pode fazer a diferença. Ganso, por sua vez, é uma peça importante para jogos de controle e criação, sobretudo diante de um adversário mais frágil, sua presença pode elevar o volume ofensivo, enquanto a função mais defensiva que era de Nonato pode ser bem suprida por Martinelli e Hércules. Já Fuentes, é hoje o segundo maior assistente do elenco, atrás apenas de Arias. Sua presença não só fortalece o setor ofensivo como também potencializa o jogo de Canobbio, que teve na sua melhor versão, justamente com essa dobradinha pelo lado esquerdo com o lateral colombiano.

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