Adeptos com paciência para Martín Anselmi: “Há semelhanças entre o que está a acontecer no Manchester United e no FC Porto” | OneFootball

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·10 Maret 2025

Adeptos com paciência para Martín Anselmi: “Há semelhanças entre o que está a acontecer no Manchester United e no FC Porto”

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A opinião dos adeptos do FC Porto é clara e quase unânime: a derrota de sábado (0-1) em Braga deixou os dragões a ver o título nacional a distância, eliminando assim o penúltimo objetivo da temporada em termos de troféus, restando apenas o Mundial de Clubes. Além disso, o apuramento para a Liga dos Campeões de 2025/26 está em grave risco, o que representa um duro golpe nas aspirações e nas finanças do clube. Por outro lado, Martín Anselmi ainda possui alguma margem de manobra. No entanto, o crédito do treinador não é ilimitado e a sua “teimosia” nas escolhas táticas está a diminuir a paciência dos adeptos azul e brancos.

Estas são as principais conclusões de um inquérito realizado por O JOGO a cinco adeptos destacados do FC Porto. José Fernando Rio, Álvaro Magalhães, Aurora Cunha, Carlos Tê e Miguel Brás da Cunha convergem em quase todos os pontos e, no que diz respeito ao treinador argentino, a perspectiva de um futuro mais promissor, a iniciar já na próxima temporada, é um motivo para dar o benefício da dúvida.


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“Parece-me que Anselmi foi contratado a pensar na próxima época. É claro que, ao chegar, ainda havia metade da temporada em curso, (…) mas a sua abordagem não é a mais adequada ao plantel atual, e creio que a Direção o contratou a pensar nas mudanças que pretende para a próxima época”, afirma Rio. “Anselmi deveria tentar adaptar-se aos jogadores que possui e não à sua própria ideia. A não ser que este momento já conte como uma espécie de pré-época, o que é o mais provável”, ressalta Carlos Tê.

Álvaro Magalhães, por sua vez, vê semelhanças entre o FC Porto atual e “o que está a passar-se no Manchester United”. “A ideia de jogo pode ser excelente, mas se os jogadores não se adequam… Os treinadores devem adaptar-se aos jogadores que têm, é o que sempre ouvi”, afirma o cronista de O JOGO, enquanto Brás da Cunha descarta a possibilidade de uma nova mudança no comando técnico. “Não creio que uma nova mudança seja a solução, mas sim que o treinador entenda, ou que o ajudem a entender, o contexto em que se encontra. E parece-me que essa ajuda está a falhar”, afirma o membro do Conselho Superior do FC Porto.

Aurora Cunha defende que se deve respeitar Anselmi como “escolha de André Villas-Boas” e observa que “por mais competente que um treinador seja, não se fazem omeletes sem ovos”. Por isso, as críticas são dirigidas aos jogadores. “Se uma equipa está a perder ao intervalo, deve voltar com um espírito competitivo. Se necessário, a dar o máximo! Falta garra e crença na vitória”, afirma.

Embora os outros quatro inquiridos concordem com Aurora Cunha nas críticas à atitude do plantel, divergem da ex-atleta olímpica ao classificar a época em curso. “A temporada é claramente negativa, uma vez que não atingiremos nenhum dos objetivos propostos. A qualificação para a Champions é, de facto, muito difícil”, observa Rio, com o apoio de Álvaro Magalhães e Carlos Tê. “Dois anos sem Champions é um golpe profundo. Muitos falam de um ano zero por causa das mudanças, mas, se calhar, será um ano abaixo de zero”, lamenta o escritor, enquanto o letrista expressa mais incertezas. “Tendo em conta o que já aconteceu, não sei se podemos considerar a época como má. De facto, o FC Porto não tem uma equipa para mais do que um terceiro lugar”, acrescenta.

Brás da Cunha, embora menos pessimista, tem uma visão… realista. “A distância é muito grande e será difícil alcançar o principal objetivo, o que torna a época má. O percurso na Taça de Portugal foi péssimo e, na Liga Europa, foi francamente mau”, conclui.

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