Zerozero
·11 Maret 2023
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·11 Maret 2023
Uma equipa capaz de desperdiçar duas grandes penalidades dificilmente pode ser feliz. Foi assim com o Portimonense em Chaves. A viagem de 700 quilómetros para o Algarve vai ser mais longa do que nunca, depois de uma derrota justa, mas evitável.
Os algarvios cavaram a própria sepultura na marca dos 11 metros e agudizaram a péssima fase que atravessam no campeonato: quarta derrota nos últimos cinco jogos.
O Chaves, carregado de limitações, fez uma grande primeira parte e teve a capacidade de suster a grande reação algarvia no segundo tempo. Fez um golo num lance de alguma sorte (mérito de Juninho) e outro numa transição definida por um passe maravilhoso de Benny Sousa para Issah Abass: 2-0, os transmontanos chegam aos 29 pontos e deixam os portimonenses com 26.
O dado é raro, incomum, e ajuda a explicar a derrota (mais uma) do Portimonense. Na primeira tentativa da marca de penálti, Welinton Júnior enganou Rodrigo Moura e... atirou ao poste; no take 2, o guarda-redes adivinhou para onde ia o pontapé de Ricardo Matos e fez uma grande defesa.
Foi ali, naquela marca do terreno, que o Portimonense pegou na pá e abriu a sepultura para onde se havia de atirar. O Chaves deu um empurrãozinho, naturalmente, principalmente por culpa da boa primeira parte que fez.
Além do golo de Juninho Vieira, os transmontanos de Vítor Campelos tiveram mais duas oportunidades gigantes, por Euller e o próprio Juninho. Kosuke Nakamura respondeu com duas defesas monstruosas.
Os algarvios, tímidos até dizer chega nos primeiros 45 minutos - houve um remate de Diaby e nada mais -, foram superiores na etapa complementar. Quiseram mais do jogo, os jogadores e o treinador.
Não deixa de ser estranho ter um central (Pedrão) a fazer de lateral direito, quando o plantel tem Moufi, Ouattara e Sérgio Conceição (fez a estreia absoluta na I Liga, na parte final) para a função; não deixa de ser estranho desenhar um quarteto defensivo com quatro centrais de origem; não deixa de ser estranho ver Relvas na esquerda, com o competente Seck no banco.
Tudo isto são observações feitas à superfície, pois Paulo Sérgio tem informações que nós não temos. Objetivamente, a equipa melhorou e projetou-se muito mais quando Pedrão foi para o meio da defesa (saiu Lucas Alves) e Moufi recuou para o lugar onde se sente confortável.
Não bastou. Mesmo com a expulsão do guarda-redes Rodrigo Moura, por supostamente ter queimado tempo quando já tinha um amarelo, o Chaves aguentou-se. Agora será a vez do menino Gonçalo Pinto, o terceiro na hierarquia da baliza flaviense.
Langsung