
Calciopédia
·6 Mei 2025
35ª rodada: em grande fase, a Roma se tornou favorita a uma vaga na Champions League

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·6 Mei 2025
A 35ª rodada da Serie A mantém a mil a atenção de todos que a acompanham; todas as frentes estão extremamente abertas. Este fim de semana, marcado por memórias boas – 5 de maio de 2002, para a Juventus – e pelas ruins – a mesma data citada acima, para a Inter, e o 4 de maio de 1949, com a Tragédia de Superga, trágica não só para o Torino como para o país inteiro – reservou alguns capítulos fundamentais para a sequência deste espetáculo. O Napoli, sem surpresas, venceu de forma burocrática o fragilizado Lecce e deu mais um passo grandioso rumo ao título. A Inter optou por ir a campo com os reservas, por conta da semifinal europeia que a espera, porém, sem muito perigo, voltou a vencer, superando o Verona dessa vez.
Quem decepcionou – apenas seu torcedor – foi a Juventus, que derreteu no segundo tempo e cedeu o empate ao Bologna, por um dos confrontos diretos pelo quarto lugar. Nos outros dois, a dupla da capital, se deu bem. A Roma, invicta há exatamente um turno, deu sequência à grande fase ao vencer a Fiorentina em confronto direto e se tornar favorita à quarta vaga na Champions League. Já a Lazio bateu o Empoli. Em pontos, os capitolinos agora estão empatados com a Velha Senhora. Na próxima rodada, os bianconeri encaram os laziali, o que pode resultar em um desfecho ainda melhor para os romanistas.
Na outra ponta da tabela, Monza, sem reação há algum tempo, foi matematicamente rebaixado após a derrota acachapante para a Atalanta, por 4 a 0, em sua casa. Do Cagliari, 14º, para baixo, todos ainda se preocupam com a degola. Um desses times é o Parma, que foi mais uma vítima do Como, agora em festa por ter chegado à 10ª posição da Serie A.
O Napoli está isolado na liderança, com 77 pontos, seguido pela Inter, com 74. Na sequência, aparecem Atalanta (68) e Juventus, empatada com Roma e Lazio – 63 para cada. Na sétima colocação está o Bologna (62), seguido por Fiorentina (59) e Milan (57). Fechando o top 10, está o embalado Como, com 45.
Mais abaixo, o Torino, 11º colocado, está empatado com a Udinese, ambos com 44 pontos. No meio da tabela está ainda o Genoa, já matematicamente salvo do rebaixamento. Cagliari, Verona, Parma e Lecce – o primeiro fora do rebaixamento, com 27 –, mais abaixo, ainda não conseguiram se distanciar do perigo.
Já na zona da degola, Venezia e Empoli têm 26 e 25, cada. O Monza permanece com seus 15 há algumas rodadas e, como salientamos acima, é o primeiro rebaixado deste campeonato. Confira tudo isso e muito mais no resumo da rodada.
Gol e assistência: Dovbyk (Shomurodov) Tops: Svilar e Ndicka (Roma) Flops: Zaniolo e Richardson (Fiorentina)
A Roma vive um momento especial. Com um gol solitário de Dovbyk, nos acréscimos do primeiro tempo, a equipe da capital superou a Fiorentina no estádio Olímpico e engatou sua 19ª partida consecutiva de invencibilidade – um turno inteiro. O placar magro foi suficiente para colocar os giallorossi empatados em pontos com Juventus e Lazio, na quarta colocação, de olho na vaga para a Champions League. Os capitolinos, entretanto, têm vantagem no confronto direto contra as duas rivais. Já a Viola, que teve mais posse de bola, saiu da Cidade Eterna com pouco mais do que o lamento, já que se distanciou do G4.
No começo, o jogo foi pegado, com as equipes trocando forças entre arrancadas e divididas duras. A Fiorentina ameaçou com Kean, que exigiu boas defesas de Svilar – o goleiro segurou a bronca em pelo menos três finalizações claras. Do outro lado, a Roma aproveitou melhor os espaços. Quando Angeliño cruzou e Shomurodov ajeitou, Dovbyk apareceu livre para marcar de cabeça, levando o estádio ao delírio pouco antes do intervalo.
O segundo tempo teve cara de resistência. Claudio Ranieri recuou o time da Roma, reforçou a marcação, e viu a Fiorentina rondar a área várias vezes, mas esbarrar em uma defesa bem postada e, principalmente, num goleiro inspirado – do outro lado, De Gea também teve bons momentos. Porém, Svilar foi o nome do jogo e voltou a brilhar ao parar mais uma tentativa de Kean, garantindo os três pontos dos mandantes.
A Roma venceu sem sobrar, mas mostrou eficiência e maturidade. A Fiorentina, mesmo valente, deixou o campo com a sensação de que faltou capricho no último toque. Com o apito final, a festa foi romana, e a tabela sorriu para os anfitriões. Vale destacar ainda que a torcida mandante fez comovente homenagem a Bove, prata da casa emprestado à Viola e vítima de ataque cardíaco durante a temporada, levando o meia às lágrimas, e também ofendeu bastante Zaniolo, ex-giallorosso, que teve uma atuação apagadíssima e, nervoso, ainda foi expulso depois do fim da partida.
Gols e assistências: Freuler (Dallinga); Thuram (Cambiaso) Tops: Lucumí (Bologna) e Thuram (Juventus) Flops: Skorupski (Bologna) e Weah (Juventus)
Bologna e Juventus empataram por 1 a 1 no Renato Dall’Ara, em duelo direto por uma vaga na próxima Champions League. O resultado deixou os bianconeri com 63 pontos, agora empatados com Roma e Lazio na quarta colocação, enquanto os bolonheses caíram para o sétimo lugar, um pontinho atrás do trio. O equilíbrio no placar reflete o que foi o jogo: uma equipe que começou melhor (a Juve) e outro time que foi dominante na maior parte do tempo (o Bologna).
A Juventus abriu o placar logo aos 9 minutos, com Thuram, em chute de fora da área que passou por baixo de Skorupski. O francês, além do gol, mostrou liderança ao chamar os companheiros para manter o foco. A equipe visitante quase ampliou pouco depois, mas Cambiaso desperdiçou uma ótima chance. A partir daí, o Bologna tomou as rédeas da partida, empurrado pela torcida, e manteve a Juventus acuada em seu campo defensivo.
Ainda no primeiro tempo, Orsolini quase marcou um gol olímpico, e Freuler teve uma reclamação de pênalti ignorada pela arbitragem em disputa com McKennie. Na segunda etapa, a pressão bolonhesa se transformou em gol: aos 54 minutos, Freuler finalizou de dentro da área e contou com desvio de Renato Veiga para vencer Di Gregorio. O empate foi justo pelo volume ofensivo dos donos da casa, que seguiram em cima até o fim.
Apesar das tentativas, o placar não mudou. As duas equipes demonstraram certo receio de arriscar nos minutos finais, conscientes da importância do ponto conquistado – ou melhor, cientes de que uma derrota poderia complicar ainda mais os seus planos. A Juventus, que não vence fora de casa desde fevereiro, irá encarar a Lazio longe de seus domínios, num confronto direto vital para as pretensões de ambas as formações. Os bianconeri o farão, aliás, sem Cambiaso, que se lesionou e não deve mais atuar no campeonato. O Bologna, por sua vez, ainda tem chances, mas lamenta não ter aproveitado o mando de campo para retomar posição no G4.
Bologna e Juventus anularam forças e deixaram o Dall’Ara com um empate que não foi bom para suas pretensões (Arquivo/Lega Serie A)
Gol: Raspadori Tops: Raspadori e Meret (Napoli) Flops: Falcone e Pierotti (Lecce)
Em menos de 10 minutos, Lecce e Napoli já haviam entregado quase um capítulo inteiro de novela: homenagem emocionada ao fisioterapeuta salentino Graziano Fiorita, falecido na semana passada; gol anulado dos visitantes; e uma chuva de rojões da torcida local — um protesto claro contra o adiamento de apenas dois dias do jogo contra a Atalanta, interpretado como um desrespeito ao luto dos giallorossi. O clima pesado no Via del Mare espelhou o jogo: truncado, tenso e decidido por detalhes. E, em meio ao caos, o líder arrancou mais uma vitória pragmática e fundamental na corrida pelo título.
Natural de Lecce e ex-prata da casa giallorosso, Antonio Conte voltou ao esquema com dois atacantes, apostando na dupla Lukaku e Raspadori – como fizera em fevereiro, no momento mais delicado da temporada. Sem Kvaratskhelia e com David Neres ainda fora, a dupla compensou a falta de brilho com movimentação e entrega. Não foi uma atuação de encher os olhos, mas foi suficiente para furar a retranca mandante e manter a liderança segura.
O único gol do jogo saiu aos 24 minutos do primeiro tempo. Raspadori sofreu falta na entrada da área, foi para a bola e finalizou no canto de Falcone, que demorou a reagir e teve que pegar a bola no fundo das redes. Um tento que valeu mais do que três pontos: sustenta a invencibilidade de nove jogos, consolida a solidez defensiva (quarto jogo seguido sem sofrer gols) e, acima de tudo, mantém a distância sobre a Inter.
O Lecce até tentou responder. Pressionou na base da vontade, mas pouco ameaçou Meret, embora ainda tenha acertado o travessão, com Gaspar, e obrigado o arqueiro a fazer uma boa defesa, em finalização desviada. No fim, ainda ouviu vaias da própria torcida, que parece mais voltada às batalhas fora de campo do que ao desempenho dentro dele. Para o Napoli, o silêncio da arquibancada adversária foi sinal de missão cumprida.
Gol: Asllani (pênalti) Tops: Carlos Augusto e Zalewski (Inter) Flops: Valentini e Duda (Verona)
A Inter fez o básico, mas fez bem. Com um time reserva, bateu o Verona por 1 a 0 em San Siro, chegou aos 74 pontos e se manteve firme na caça ao Napoli. A vitória, tranquila e sem sobressaltos, serviu como alívio após duas derrotas seguidas na Serie A e como aquecimento emocional para a grande batalha europeia da semana: a semifinal de volta da Champions League, contra o Barcelona.
O único gol da partida saiu cedo, aos 9 minutos, com Asllani convertendo pênalti sofrido após toque de mão de Valentini. Foi seu primeiro gol em jogos de liga pela Inter, e a celebração com os companheiros refletiu o espírito coletivo de um elenco que confia também nas suas peças de rotação. Com Calhanoglu poupado, Zielinski abriu mão da cobrança e entregou a bola ao jovem albanês, que respondeu com personalidade, mesmo com a pressão.
A partir daí, o jogo se arrastou sob controle absoluto dos nerazzurri. Arnautovic teve duas boas chances pelo alto e Carlos Augusto se destacou, mais uma vez, mas o placar permaneceu magro. O Verona pouco ameaçou – exceto por um chute de Sarr, defendido por Martínez – e seguiu sem nunca ter vencido a Inter fora de casa em toda a história do confronto, além de amargar um jejum de mais de três décadas contra a Beneamata. Com os três pontos no bolso e os titulares descansados, a equipe de Simone Inzaghi agora vira a chave com foco total no Barça.
Dia definiu o placar com apenas poucos segundos de jogo e, além de ter mantido as esperanças da Lazio, encrencou ainda mais o Empoli (Getty)
Gol e assistência: Dia (Hysaj) Tops: Dia e Zaccagni (Lazio) Flops: Colombo e Viti (Empoli)
A Lazio precisou de menos de um minuto para encaminhar a vitória sobre o Empoli. Dia aproveitou cruzamento de Hysaj, ex-lateral dos toscanos, e abriu o placar no Carlo Castellani, garantindo os três pontos para o time romano, que agora reacende sua esperança na briga por uma vaga na próxima Liga dos Campeões. A vitória foi pragmática e marcada pela administração do placar e do cansaço, diante de um adversário combalido que, a partir dos 40 minutos, ficou com um jogador a menos devido à expulsão de Colombo.
Apesar da vantagem no placar e em campo, a Lazio não forçou muito o ritmo. Sem o brilho de semanas atrás, a equipe de Marco Baroni optou por controlar a partida com segurança, oferecendo pouquíssimos espaços ao Empoli. Do outro lado, o time toscano tentou equilibrar as forças com muita entrega, mas sofreu com limitações técnicas e desfalques. Ainda no primeiro tempo, a única chance real dos mandantes veio em um chute de Marianucci de fora da área, facilmente defendido por Mandas. A Lazio, por sua vez, ameaçou apenas com um arremate de Castellanos.
O segundo tempo teve mais movimentação, principalmente tática. O Empoli tentou reorganizar sua estrutura com alterações ofensivas, chegando até a balançar as redes com Viti, mas o gol foi anulado pelo VAR, por impedimento de Solbakken na jogada. A Lazio respondeu com mudanças para tentar travar o ímpeto dos mandantes, mas também perdeu um homem aos 76 minutos, quando Hysaj foi expulso. Mesmo com a igualdade numérica restabelecida, os visitantes continuaram mais perigosos, com Pedro quase ampliando e Isaksen exigindo boa defesa de Vásquez no fim.
A derrota aprofunda o drama do Empoli, que segue atolado na zona de rebaixamento e vê o Lecce dois pontos à frente, com o Venezia também o superando na tabela. Faltando três rodadas para o fim, o caminho para a permanência na elite parece cada vez mais estreito para o novo penúltimo colocado. Já a Lazio chega à sua 11ª vitória fora de casa na temporada e, embalada, se prepara para um confronto direto decisivo contra a Juventus, no próximo fim de semana.
Gols e assistências: Vitinha (Martín); Rafael Leão (Giménez) e Frendrup (contra) Tops: Maignan e Rafael Leão (Milan) Flops: Frendrup e Pinamonti (Genoa)
O Milan venceu o Genoa por 2 a 1 fora de casa, em uma atuação novamente abaixo do esperado, mas que contou com dois gols em sequência – um deles contra – para garantir três pontos importantes mais pelo moral do que pela tabela. “Time da virada”, com 19 pontos somados neste campeonato depois de sair atrás no placar, o Diavolo ainda sonha com vaga em competição europeia via Serie A, embora a final da Coppa Italia pareça o caminho mais viável. Já o Vecchio Balordo, livre do rebaixamento, entrou em campo sem grandes pretensões, mas abriu o placar com Vitinha, que balançou as redes com seu primeiro toque na bola, após 346 dias sem marcar.
A partida começou sob forte chuva e em ritmo morno, com destaque para o goleiro Maignan, que fez defesas importantes ainda no primeiro tempo. O Milan sentiu a perda de Fofana, que saiu lesionado aos 28 minutos, dando lugar a Rafael Leão. O time de Sérgio Conceição, que usou o jogo como teste para a final da Coppa Italia, teve chances com Hernandez e Pulisic, mas parou nas boas defesas de Leali.
O Genoa voltou melhor no segundo tempo e abriu o placar aos 61 minutos, após contra-ataque que explorou bem a desorganização da defesa milanista. O lance começou em erro de Reijnders no ataque, e terminou com cruzamento de Martín para finalização precisa de Vitinha. Atrás no placar, o Milan reagiu com duas substituições decisivas: Giménez e João Félix entraram bem e participaram das jogadas dos dois gols. Aos 76, o decisivo Rafael Leão empatou com desvio de Norton-Cuffy, e um minuto depois, tentou achar seu compatriota. Porém, Frendrup marcou contra ao tentar evitar o chute do meia-atacante emprestado pelo Chelsea.
Apesar da virada, o Milan não convenceu. O time continua demonstrando problemas táticos e físicos, e ainda perdeu Rafael Leão por suspensão para o próximo confronto na Serie A, contra o Bologna. A partida servirá para a briga por vaga em torneios continentais, mas também como ensaio para o duelo mais importante entre as duas equipes: a final da Coppa Italia, que será disputada cinco dias depois, e que representa a chance mais concreta de os rossoneri de voltarem às competições europeias na próxima temporada.
O Milan não jogou bem, mas contou com a sorte para conseguir sua enésima virada na temporada e segue sonhando com a Europa (Getty)
Gols e assistências: De Ketelaere (Retegui), De Ketelaere, Lookman (Retegui) e Brescianin (Pasalic) Tops: De Ketelaere e Retegui (Atalanta) Flops: Pedro Pereira e Lekovic (Monza)
Com uma atuação dominante e sem margem para sustos, a Atalanta goleou o Monza por 4 a 0 fora de casa, selando de forma matemática o rebaixamento do time biancorosso para a Serie B. O grande destaque foi De Ketelaere, que encerrou um jejum de quatro meses sem gols no campeonato com uma doppietta anotada ainda no primeiro tempo. Lookman e Brescianini completaram a festa da Dea, que se consolida no G4 e dá um passo importante rumo à próxima Liga dos Campeões.
O Monza até tentou iniciar o jogo com atitude, mas bastaram 12 minutos para a superioridade da Atalanta se impor. De Ketelaere abriu o placar após passe de Retegui e, pouco tempo depois, aproveitou uma falha coletiva da defesa para fazer o segundo. Sem Turati, febril, e com Caldirola deixando o campo lesionado logo no início, o perdido time de Alessandro Nesta acumulava problemas e se mostrava completamente entregue. Castrovilli chegou a balançar as redes para os mandantes, mas teve seu gol anulado por impedimento, e Carnesecchi segurou com firmeza as demais tentativas do Monza.
Na segunda etapa, o cenário seguiu o mesmo: só dava Atalanta. Logo aos 47 minutos, Lookman aproveitou desvio de cabeça de Retegui e marcou o terceiro. Com o jogo resolvido, os visitantes ainda criaram várias chances para ampliar e, embora Maldini tenha desperdiçado uma chance clara, coube a Brescianini, já na reta final, decretar o 4 a 0 com um chute certeiro, após rebote na área.
Enquanto a Atalanta somou três pontos fundamentais na corrida europeia, o Monza viu chegar ao fim sua breve passagem de três temporadas pela elite italiana. Com a sexta derrota seguida, o time de Nesta se afundou na tabela e ouviu vaias da própria torcida no apito final. Agora com cinco pontos de vantagem sobre as equipes que dividem a quarta posição e com apenas nove em disputa, a Dea se prepara para os duelos decisivos que devem carimbar sua vaga na próxima Liga dos Campeões.
Gols e assistências: Zortea (Makoumbou); Zarraga (Rui Modesto) e Kristensen (Kamara) Tops: Kamara e Rui Modesto (Udinese) Flops: Luperto e Palomino (Cagliari)
A Udinese enfim voltou a vencer na Serie A. Depois de sete rodadas de jejum, o time de Kosta Runjaic bateu o Cagliari fora de casa por 2 a 1 e embolou ainda mais a luta contra o rebaixamento. O resultado adiou os planos dos donos da casa, que esperavam selar a permanência na elite já neste sábado, mas foram superados pela maior organização e intensidade dos visitantes.
O primeiro tempo teve início morno, com clima quase de amistoso. Só que aos poucos, a Udinese começou a tomar conta do jogo. Aos 27, Rui Modesto escapou pela direita e cruzou para Zarraga, livre, abrir o placar. O Cagliari reagiu rápido e empatou oito minutos depois, com belo lançamento de Makoumbou para Zortea, que finalizou bem, após falha de posicionamento da defesa adversária.
Na etapa final, a Udinese manteve o controle das ações. Davis foi uma pedra no sapato da defesa do Cagliari e deu trabalho o tempo todo. Após alguns lances de perigo, os visitantes retomaram a frente do placar em jogada de escanteio. Kamara cruzou, a bola desviou em Kristensen e morreu no fundo da rede, sacramentando a vitória dos friulanos. Foi o primeiro gol do promissor zagueiro numa temporada de altos e baixos.
Sem conseguir criar com qualidade, o Cagliari se lançou ao ataque com substituições, mas parou na defesa bem postada da Udinese. Nem mesmo os cinco minutos de acréscimo foram suficientes para arrancar o empate. Com isso, o time da Sardenha segue pressionado na briga para escapar da degola, enquanto os bianconeri respiram e ganham moral para o confronto contra o Monza.
De Ketelaere reencontrou as redes após meses de jejum e sacramentou o rebaixamento do Monza (Getty)
Gol e assistência: Gabriel Strefezza (Douvikas) Tops: Gabriel Strefezza e Caqueret (Como) Flops: Man e Valenti (Parma)
O Como segue fazendo história em sua temporada de retorno à Serie A. Com um gol do brasileiro Gabriel Strefezza, o time venceu o Parma fora de casa por 1 a 0 neste sábado, alcançou a quinta vitória consecutiva – seu novo recorde na elite – e entrou de vez na briga por um lugar entre os 10 primeiros colocados. Já o Parma, que vinha de bons resultados contra gigantes, perdeu a chance de praticamente garantir sua permanência.
A partida no estádio Ennio Tardini foi equilibrada. O Como teve o domínio no primeiro tempo, com posse de bola e boa organização. A melhor chance foi de Kempf, em cabeçada que obrigou Suzuki a uma grande defesa. O Parma, por sua vez, foi mais agressivo na segunda etapa e quase marcou com Pellegrino, que acertou o travessão. Os lariani responderam com Ikoné, que driblou o goleiro, mas chutou incrivelmente para fora.
O gol decisivo saiu aos 79, em um contra-ataque rápido: Strefezza, que havia acabado de entrar, aproveitou espaço pela direita e finalizou com categoria, silenciando o estádio. Nos minutos finais, o Parma teve chances claras para empatar, mas pecou na hora de finalizar. Man desperdiçou duas oportunidades inacreditáveis: uma mandando por cima da meta, mesmo livre na pequena área, e outra chutando em cima do goleiro Butez, cara a cara com ele.
Com o resultado, o Como chegou aos 45 pontos, ultrapassou o Torino e assumiu a 10ª colocação. Já o Parma segue com 35 e viu a zona de rebaixamento se aproximar um pouco, devido ao empate do Venezia. Os crociati, vale salientar, terão duelos complicados pela frente: além do confronto direto com o Empoli, encaram Napoli e Atalanta.
Gols e assistências: Vlasic (pênalti); Pérez (Yeboah) Tops: Vlasic (Torino) e Radu (Venezia) Flops: Ilic (Torino) e Idzes (Venezia)
Em um fim de semana marcado pela lembrança dos 76 anos da tragédia de Superga, o Torino empatou por 1 a 1 com o Venezia e manteve sua invencibilidade como mandante em 2025. O resultado, no entanto, ficou em segundo plano por alguns instantes quando o técnico Paolo Vanoli sofreu um mal-estar durante o segundo tempo. O treinador caiu repentinamente após conversar com Maripán, mas foi atendido rapidamente e voltou a sentar-se no banco, acompanhando o restante da partida.
Dentro de campo, o time visitante começou melhor. Aproveitando os espaços, o Venezia levou perigo com Yeboah e Gytkjaer, inclusive chegando a marcar com Zerbin, mas o gol foi anulado por impedimento de Gytkjaer no início da jogada. A pressão dos visitantes seguiu até que, aos 37 minutos, Kike Pérez apareceu livre pela direita e bateu cruzado para abrir o placar. O Torino teve dificuldades na criação durante a etapa inicial e pouco ameaçou a meta de Radu.
Na volta do intervalo, Vanoli mexeu na equipe e conseguiu melhorar o desempenho. Com mais presença no ataque, o Torino passou a dominar as ações e teve boas chances com Vlasic, que parou em duas boas defesas de Radu. O empate veio aos 77 minutos, após toque no braço de Idzes dentro da área. O VAR confirmou o pênalti, e o meia-atacante croata cobrou para deixar tudo igual.
Nos minutos finais, os dois lados ainda tentaram buscar a vitória. Adams quase virou para o time da casa, enquanto Fila desperdiçou uma boa chance para o Venezia. Com o empate, o Torino segue confortável na parte intermediária da tabela, enquanto o time de Eusebio Di Francesco lamenta mais uma rodada sem vencer na luta contra o rebaixamento.
Svilar (Roma); Lucumí (Bologna), Ndicka (Roma), Carlos Augusto (Inter); Rui Modesto (Udinese), De Roon (Atalanta), Vlasic (Torino), Kamara (Udinese); De Ketelaere (Atalanta), Retegui (Atalanta), Rafael Leão (Milan). Técnico: Claudio Ranieri (Roma).