Zagueiro do Corinthians comenta sua importância nas bolas paradas da equipe | OneFootball

No início da noite do último domingo, 31 de agosto, o Corinthians empatou pelo placar de 1 x 1, diante do Palmeiras, na Neo Química Arena, em partida válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025. O lateral-esquerdo Píquerez, contra, marcou o gol corinthiano. A igualdade no placar deixou o Alvinegro na 12ª colocação com 26 pontos (seis vitórias, oito empates e oito derrotas – 23 gols marcados e 28 sofridos).

Após a partida, o zagueiro Gustavo Henrique, que teve participação efetiva no gol de empate no Derby, concedeu entrevista coletiva à imprensa e comentou sobre sua importância nas bolas paradas defensivas e ofensivas da equipe. Ao entrar no assunto ressaltou o trabalho do técnico Dorival Júnior, com quem já trabalhou no Flamengo em 2022.

Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

“Fico muito feliz pelo momento, pelo trabalho. Já trabalhei com o professor Dorival Júnior (no Flamengo, em 2022). Ele me conhece muito bem também. Então, é claro que é fruto de muito trabalho, muita dedicação diária. Acredito que a defesa vem vem numa crescente muito boa. Fico feliz em poder ajudar tanto defensivamente como ofensivamente e hoje pude ajudar mais uma vez, fazendo o movimento do gol.”

“A gente treina sempre (bola parada). A gente teve muito pouco tempo pra treinar, era mais pra descansar. Um jogo super difícil, super tenso na quarta-feira (Athletico-PR, quartas da Copa do Brasil) e já viajamos no outro dia, no dia seguinte. Então, tivemos pouco tempo de treino, mas já temos uma ideia de jogo, de bola parada, treinamos muito em função do que o nosso adversário apresenta e graças a Deus eu pude contribuir”, iniciou.

Em seguida, fez uma análise do resultado contra o arquirrival, ponderando a maratona de jogos da equipe na última semana. O primeiro, confronto direto contra o Vasco no Brasileirão, e Athletico-PR, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. O camisa 13 também foi questionando sobre a “sorte” que vem tendo em jogos contra o Alviverde e a importância da pausa para a Data Fifa.

“Acho que o gol contra o nosso maior rival é sempre muito importante. Fiquei muito feliz, fiquei muito emocionado na hora, com muita vontade de comemorar junto com o nosso torcedor. Feliz em contribuir para isso e a Data Fifa fica agora vai fazer com que a nossa mente principalmente descanse. A gente começou uma semana no domingo num jogo fora de casa contra o Vasco que a gente precisava vencer.”

“Treinamos muito para isso e começamos a semana no jogo contra o Vasco, fizemos um grande jogo, mais uma vez cheio de desfalques, gente improvisada, mas soubemos lidar com a situação,. Conseguimos ganhar do Vasco, conseguimos ganhar do Athletico-PR e hoje finalizamos a nossa semana com um empate contra o nosso rival. Queríamos os três pontos, com certeza, mas pelo menos a gente não perdeu, conseguimos ganhar um ponto e agora a descanso. Descansar, recarregar as energias e já se preparar para o próximo jogo“, continuou.

Por fim, o zagueiro de 32 anos ressaltou a dedicação da equipe na partida, relembrando outros Derbys da temporada 2025, como o da volta da final do Campeonato Paulista. Naquela ocasião, alguns atletas, dois dias antes do jogo decisivo, estavam representando suas seleções na Data Fifa – Félix Torres, José Martínez, André Carrillo, Ángel Romero e Memphis Depay.

“Acho que muitas vezes a gente tem que, não no sacrifício, não é a palavra certa, mas a gente tem que tirar algo de dentro da gente. Um exemplo na final do Paulista, que chega da Data Fifa, acho que dois dias antes da final, e pôde jogar também, acho que é dedicação, é entrega. Quem ficar vai estar treinando o seu máximo para melhorar, estudando muito nosso adversário, que vai ser um jogo muito difícil, como foi lá também, para que a gente consiga avançar para a próxima fase”, finalizou.

O Corinthians só voltará a atuar no dia 10 de setembro, quarta-feira, diante do Athletico-PR pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, na Neo Química Arena, às 21h30 (de Brasília). O futebol brasileiro passará por uma pausa para a Data FIFA.

Confira abaixo outras respostas do zagueiro Gustavo Henrique na partida:

Calendário intenso e o que faltou para conquistar um resultado melhor

“Na questão realmente de cansaço, como eu falei, a gente teve viagem para o Rio, jogamos um jogo que mentalmente a gente precisava ganhar contra o Vasco, depois a gente teve um jogo super difícil contra o Athlético também, que mentalmente exige muito, fisicamente também, foi um jogo muito truncado. O que eu falo é que tivemos pouco tempo de preparação para encontrar o nosso maior rival, enquanto eles estiveram essa semana para poder estudar e treinar. Mas eu acredito que a gente fez um jogo igualado, o que faltou para a gente, no meu ponto de vista, na análise do jogo, a gente começou um pouco abaixo, a gente começou um pouco desencaixado na marcação. Acho que eles tinham dois caras muito rápido na frente e isso dificultou um pouco para a gente, até a gente mudar o sistema de jogo, a gente conseguiu mudar o sistema de jogo dentro do próprio jogo. A gente conseguiu igualar e no segundo tempo, pra mim, como eu falei, faltou mais coragem com a bola pra pressionar o defensor.”

Potencializando outros companheiros da posição

“Eu acredito que nesse momento a gente tem que se unir. Então, quem está aqui não está aqui por acaso, não está aqui por acaso, não está jogando no Corinthians por acaso, acho que tem uma história por trás e tem qualidade para desenvolver seu papel. Lógico que a questão do entrosamento pesa muito, principalmente no sistema defensivo, quando você se joga com seus companheiros, naturalmente você consegue ter a leitura de jogo melhor do seu companheiro, mas todo mundo, o professor treina todo mundo super igual. Não só os homens que vão jogar como todo mundo, todo mundo sabe o que tem que fazer dentro de campo. E é o que eu falei, se você está vestindo essa camisa porque tem condição e o que a gente pode fazer como grupo para apoiar para que nesse momento difícil do clube a gente se une cada vez mais.”

“Eu tento passar tudo que eu já aprendi no futebol. Procuro conversar muito com meus companheiros. Acredito que defensivamente é muito mental. Você está sempre ligado, sempre alerta em todos os momentos do jogo. É lógico que na minha estatura a gente ganha muita confiança na bola aérea. Graças a Deus consigo botar muitas bolas, fazer muitos cortes. Mas eu acredito que todo mundo tem condição de poder jogar, todo mundo tem qualidade de estar aqui. E quando eu estou em campo eu procuro exercer a minha função da melhor forma e ajudar meus companheiros. Acho que é isso que leva um time no sistema defensivo a estar sempre forte e melhorando a cada jogo.”

O que falta para conquistar melhores resultados no Brasileirão?

“Eu acredito que a gente vem fazendo bons jogos, mais uma vez voltou a frisar que a gente vem jogando com bastante desfalques, jogadores até fora de posição, e mesmo assim a gente vem jogando bem e eu acredito que nessa semana a gente conseguiu os resultados que a gente queria. Lógico que hoje a gente queria finalizar com os três pontos, não foi impossível até pela qualidade também do nosso adversário. Como eu falei, eu acredito que faltou um pouquinho de jogo na nossa parte no segundo tempo, confundia um pouquinho, ficar um pouquinho mais com a bola, a gente deu a bola muito pro nosso adversário, não sei por questão de cansaço do jogo ou de outra coisa, mas ter mais coragem de jogar, ter mais coragem de procurar o jogo pra gente ajudar o pessoal da frente a fazer os movimentos.”

Renovação de contrato que, atualmente, se encerra em dezembro de 2025

“As coisas estão bem encaminhadas, tivemos uma boa reunião com o homem ai da frente (Fabinho Soldado, executivo de futebol). O meu desejo, ele sabe, é continuar. Gostei muito do clube. Estou me identificando cada vez mais com o clube, com o nosso torcedor. Estou muito feliz aqui no clube. Estou me sentindo cada vez mais à vontade. Eu espero que as conversas acabem num final feliz, para que a gente possa continuar.“

Corinthians pedra no sapato do Palmeiras em 2025

“Quando a gente joga contra o nosso maior rival, a gente sempre tenta trazer os três pontos. Esse ano, como você falou, foi a sétima vez que a gente joga contra eles. A quantidade de jogos muito grande. Eu acredito que a primeira vez na minha carreira que eu jogo tanto jogos como se fosse um clássico, o nosso maior rival, e acredito que sim. Acredito que a gente conseguiu nossos objetivos e números foram muito bons hoje. Como eu falei, a gente queria ampliar ainda mais essa vantagem nesse ano. Infelizmente a gente não conseguiu, mas a gente sai satisfeito com os resultados.”

Aniversário do Corinthians e “presente de aniversário” desejado

“Que o clube consiga encontrar pessoas qualificadas para colocar esse time no lugar que ele merece, que é brigando por títulos, essa torcida merece. Acredito que venha acontecendo isso, né? Vem acontecendo com os profissionais que estão, mas eu realmente só espero que quem está no comando entenda o tamanho do Corinthians, entenda o tamanho da potência que é o Corinthians, não só na América do Sul, mas mundialmente, porque essa torcida realmente merece. A maior torcida do Brasil em fanatismo, não tem outra. Então é o que eu mais quero que eles possam ter.”

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