
Gazeta Esportiva.com
·10 août 2025
Vitória do Palmeiras tem vaia no intervalo, aplausos a Aníbal e alívio no final

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·10 août 2025
O jogo entre Palmeiras e Ceará, neste domingo, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi marcado pelas reações mistas da torcida alviverde no Allianz Parque. Impacientes, os palmeirenses chegaram a vaiar o time no intervalo, mas respiraram aliviados com a virada e o triunfo de 2 a 1.
Antes da bola rolar, praticamente não houve manifestação da torcida. O elenco não foi vaiado durante o anúncio da escalação pelo locutor, enquanto o nome do técnico Abel Ferreira recebeu aplausos tímidos.
No início da partida, integrantes de torcidas uniformizadas protestaram contra a presidente Leila Pereira e o diretor Anderson Barros. Foram entoados os seguintes cânticos: “Ô Leila, sua imbecil, pega esse time e vai pra p*** que pariu” e “Barros, c***, fora do Verdão”. Os xingamentos, contudo, foram abafados pelo restante da torcida, que vaiou a atitude.
O Palmeiras jogou mal no primeiro tempo e desceu para os vestiários sob vaias dos torcedores. O cenário, porém, mudou na etapa final, principalmente após os dois gols que garantiram a vitória.
O volante Anibal Moreno, vilão do Derby, não foi hostilizado em nenhum momento. Pelo contrário. Ao deixar o gramado, quando o Verdão já vencia por 2 a 1, a maior parte dos torcedores aplaudiu o argentino.
Havia uma desconfiança em relação ao comportamento da torcida neste frio domingo de Dia dos Pais. Apesar dos recentes protestos e xingamentos contra o elenco, Abel Ferreira, Anderson Barros e Leila Pereira, pouco mais de 27 mil palmeirenses foram ao estádio e apoiaram a equipe.
(Foto: André da Silva Costa/Gazeta Press)
As recentes manifestações são frutos da eliminação do Verdão para o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil. Ainda no dia do Derby, na última quarta-feira, torcedores penduraram faixas em frente ao estádio com os seguintes dizeres: “Cabeça vazia, fralda cheia, time cagão”, ironizando o lema de Abel Ferreira, “Fora, Abel”, e “Presidente inexistente, diretoria incompetente”
Uma quarta faixa apareceu nos arredores do estádio neste sábado. Ela carrega a mensagem: “Paciência é o c…! Acabou a paz”. O recado faz referência à declaração de Leila Pereira durante a coletiva de apresentação do reforço Khellven, na última sexta-feira.
(Foto: André da Silva Costa/Gazeta Press)
Por fim, o clube revelou que houve um ataque à Academia de Futebol com bombas e rojões na madrugada deste domingo. Não houve nenhum ferido.
As ações e as palavras utilizadas davam o tom do nível de insatisfação de boa parte dos torcedores, que ofenderam e vaiaram Abel na reta final do clássico contra o Corinthians.
O movimento partiu da Mancha Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, que é rompida com Leila Pereira. Inicialmente, o protesto teve adesão de outros torcedores, mas, posteriormente, parte dos palmeirenses vaiaram os xingamentos proferidos pela uniformizada. Da área técnica, Abel Ferreira aplaudiu a manifestação.
Com a vitória deste domingo, a relação entre a equipe e a torcida promete voltar a ser harmoniosa. O resultado espanta o princípio de crise que rondava o clube e mantém a distância para o Flamengo, líder do Brasileirão. Terceiro colocado, o Palestra soma 36 pontos, quatro a menos que o Rubro-Negro.
O Palmeiras tem mais um jogo decisivo pela frente. Nesta quinta-feira, a equipe de Abel Ferreira visita o Universitario, do Peru, pela ida das oitavas de final da Libertadores. A bola rola a partir das 21h30 (de Brasília) no Estádio Monumental U, no distrito de Ate.