Zerozero
·23 novembre 2024
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·23 novembre 2024
Findada a pausa para compromissos internacionais, o FC Porto volta a entrar em campo, este domingo, para defrontar o Moreirense, em jogo a contar para quarta eliminatória da Taça de Portugal. Vítor Bruno, treinador dos dragões, realizou este sábado a habitual conferência de antevisão à partida.
Com Jorge Costa presente na sala, o comandante dos azuis e brancos comentou o período pós-derrota diante do Benfica, salientou a importância dos adeptos e as manifestações dos mesmos e enalteceu a vontade de regressar às vitórias e seguir em frente na prova rainha.
Análise à partida: «Um encontro com grau de dificuldade elevado. Como disse, o Moreirense não perdeu em casa no passado recente, são praticamente seis ou sete jogos. Num desses jogo com um rival nosso, que teve dificuldades de passar. Mas será sempre diferente do encontro da Taça da Liga, apesar de em estrutura não esperar muita alteração.»
«Os onzes serão diferentes. O momento é outro, o contexto é outro, estarão perante os seus adeptos. Mas temos vontade de voltar a ganhar, voltar ao que é nosso. Com essa vontade, com boas sensações para nos reerguermos, para passar uma fase que não é a melhor. Não há que o esconder, o futebol é assim. É um jogo a eliminar, temos vontade de fazer o mesmo e seguir em frente na prova.»
Contestação por parte dos adeptos: «Tem impacto forte, deixa sempre mossa. Dá agonia de resolver no dia seguinte, mas prolonga-se por mais tempo. É uma agonia enquanto sentimento, porque a energia, as convicções e as crenças estão lá e são levadas para treino no primeiro dia após uma derrota que nos doeu. Gosto de ser muito prático.»
«Aquilo que nós somos é resultado de 20 ou 30 por cento do que nos acontece e 70 ou 80 por cento recaí sobre como reagimos. Identificámos problemas sobre o jogo com o Benfica, procurámos muitas soluções nas profundas convicções que temos aqui e não me vou desviar um milímetro do que acredito ser melhor para a equipa.»
«Os adeptos são soberanos, são o grande motor do clube. Podem e devem manifestar-se. Se concordo, ou não, da forma como o fazem, isso é outra questão. É preciso não esquecer qual é o perfil do plantel, a média de idades da equipa, que tipo de jogadores temos. São miúdos em idade precoce, mas é uma forma de adquirirem alguma astúcia e as competências certas perante a adversidade. Só o tempo dirá se terá consequências positivas. Estou aqui há oito anos e conheço os atalhos todos da casa. Se alguma coisa sai por conveniência ou por interesse particular, eu também percebo.»
Calendário apertado: «A grande diferença entre a dor pós-Manchester United e a dor pós-Benfica é que tivemos de aguardar 12 dias para perceber como podíamos ter atuado, em que condições é que fomos a jogo. Por muito que queiramos, não podemos fugir à questão da grande densidade de jogos nesse período de tempo. Fomos a única equipa em Portugal que teve três ciclos a jogar ao terceiro dia. Há uma fadiga toda que vem de trás e que se acumula, gera dificuldade na capacidade dos jogadores em dar uma resposta.»
«Competimos em condições diferentes da do nosso adversário. Estamos a falar de menos um dia, com mais uma viagem em cima. São factos inegáveis, que não podemos fugir. Quem são as grandes referências do FC Porto agora? É difícil, isso nasce com o tempo. O meu papel é fazer entranhar o que é ser Porto, a mística, a raça, é isso que o adepto quer ver no campo. Batemos muito em cima disso esta manhã porque a essência do FC Porto não se pode perder.»
Janela de oportunidade para Navarro?: «Eu disse que ele merecia cada cêntimo que auferia. Não é pelo facto de não jogar que não pode ser um excelente profissional. Temos de dar mais valor ainda àqueles que não jogam e que chegam ao treino e têm um rendimento permanente.»
«É um rosto menos visível mas se calhar contribui para o Samu e outros andarem em rendimento alto. Considero-o um excelente profissional. Claro que é uma oportunidade para ele, mas depende do momento jogo e da estratégia.»
Regresso de Marcano?: «Mesmo não jogando é decisivo no balneário. No treino de ontem comentei que basta sentir da presença dele no treino, é tudo diferente. Porque comunica, porque agarra, porque lidera, porque aglutina, porque incentiva... Esses jogadores são decisivos no plantel. Mesmo não jogando, a forma como acrescenta valor é de verdadeiro capitão. Será decisivo no que falta do campeonato. Jogando ou não jogando.»