Jogada10
·6 juin 2025
Versão Real Madrid bem distante apesar de Ancelotti

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·6 juin 2025
Vini Jr participou das principais chegadas de perigo do Brasil no empate sem gols com o Equador, fora de casa, na estreia de Carlo Ancelotti. Mas, ainda assim, segue sem ser o mesmo do Real Madrid de Ancelotti.
Ao dar entrevista, na saída de campo, ao fim do jogo em Guayaquil, sua felicidade acima da conta soou um tanto individualista. Embora legítima.
Afinal, se por um lado ele celebrou o fato de estar novamente sob o comando de Carleto, agora na Seleção, por outro contrastou o sentimento de frustração de milhões de brasileiros que aguardavam o “Efeito Carleto”. Como uma mudança da água para o vinho.
A atuação em Guayaquil, contudo, foi abaixo do esperado. Ainda que a quantidade de treinos tenha sido pouca (foram três). E o torcedor brasileiro que, por natureza, gosta de se apegar a um fio de esperança, ficou a ver navios. Viu tudo, menos um bom futebol.
Falta conjunto a essa Seleção, mas principalmente conhecimento do elenco. O time segue muito distante de ser razoável e vai dar muito trabalho a Ancelotti, que ao menos ficou satisfeito com a organização defensiva. A evolução, portanto, precisará ocorrer nos outros setores.
Peço licença para passar pelo trio de meio de campo, determinante na sustentação defensiva.
Chego, assim, aos homens responsáveis pela armação de jogo. Ué, mas cadê o Brasil com a bola, com um jogo mais fluído? Não há dúvidas. O que faltou mesmo foi no ataque.
Estêvão ficou abaixo, sim, a exemplo de Vanderson. Só que, após sua primeira vez como titular da Amarelinha, tudo o que o jovem (e ainda palmeirense) não precisa é de cobrança. Apesar, é claro, das decisões falhas nas vezes em que foi acionado para encaixar os contragolpes.
O 1º camisa 10 da Era Ancelotti na Canarinho ganhou carta branca para flutuar pelos setores de ataque. Mas prevaleceu a insistência em permanecer na ponta esquerda, sua ampla preferência. Inclusive quando o treinador optou por substituições na frente.
No primeiro tempo, Vini poderia ter aberto o placar após receber passe de Gerson. Só que o chute mascado facilitou para o goleiro Valle. Na etapa final, ele colocou Richarlison e Casemiro em condições favoráveis de balançar a rede. Ambos, porém, falharam.
Dribles, passes, cruzamentos e perdas de bola. O “novo 10” fez de tudo um pouco. Só não foi decisivo. De novo. Filme repetido.
Mas, afinal, o que isso importa?
Está mais do que claro: se antes da chegada do italiano, o discurso do antecessor Dorival era montar uma Seleção para Neymar, a nova versão precisará ajudar Vini Jr a apresentar seu melhor futebol.
Diante do competitivo Paraguai no próximo dia 10, Vini Jr terá mais uma oportunidade (… e contando!) de ser o que era no Real Madrid de Ancelotti. E, por favor, sem cobranças ao “Melhor do Mundo”. Afinal, será apenas o segundo jogo com Carleto, que o adora.