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Glorioso 1904

·22 octobre 2024

Vê isto, Lage! Há quem dê a 'receita perfeita' para o Benfica vencer o Feyenoord

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Rui Malheiro analisou o encontro entre o Benfica e o Feyenoord, que se vai realizar na próxima quarta-feira, 22 de outubro, no Estádio da Luz. O jornalista da RTP1 desenvolveu e examinou o sistema tático do novo treinador dos holandeses, Brian Priske, depois da saída para o Liverpool de Arne Slot.

"Priske abdicou da imposição de uma organização estrutural em 3x4x3, regressando ao 4x3x3 para o qual o plantel está mais talhado, e procurou aproximar-se, mesmo sem sucesso pleno, ao ideário dominador – com forte ênfase na posse de bola e na fluidez das ações ofensivas – e pressionante de Slot. Ainda assim, não renunciou à tentativa de tornar o jogo mais pragmático, buscando oferecer mais solidez ao processo defensivo, o que está longe de ser atingido, e de procurar surpreender os adversários com o recurso a um estilo mais direto e vertical, com foco na metamorfose das transições ofensivas em contragolpes pungentes", explicou o analista.


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"Só que esse deixou de ser o plano principal. E as 4 vitórias – uma delas em Girona, na 2.ª jornada da Champions – e 1 empate nas derradeiras 5 partidas atestam que está a encontrar uma fusão de estilos que começa a agradar aos adeptos, mesmo não podendo contar com os lesionados Stengs (a unidade de mais peso na criação), Giménez (a referência ofensiva e goleador da equipa), Hartmann (lateral-esquerdo que tinha conquistado espaço na seleção neerlandesa) e com o lateral-direito Nieuwkoop, opção mais válida do que o irregular Lotomba", disse Rui Malheiro, destacando o boletim clínico do clube neerlandês.

"Para o embate da Luz, Priske tem como principal dúvida a recuperação do lateral-esquerdo Bueno. Caso não recupere, poderá adaptar Hancko, o defesa de mais qualidade, ao posto de lateral-esquerdo, formando a dupla de centrais com os falíveis Trauner e Beelen. Caso prefira manter Hancko no centro da defesa, poderá recorrer a Smal como lateral-esquerdo, mas o rendimento do jogador contratado ao Twente tem estado longe de ser convincente", referiu o analista relativamente às opções do corredor esquerdo do Feyenoord.

"A capacidade que o Feyenoord tem demonstrado para pressionar alto com claras referências individuais, desenhando um 4x4x2 – Osman ou Milambo juntam-se a Ueda na primeira linha de pressão – em zonas muito avançadas, vem a revelar-se um factor crucial para a equipa assegurar recuperações em zonas altas, quase sempre por intermédio de Hwang ou Timber, que são a génese de contratransições finalizadas por Osman, Igor, Milambo e Ueda. Contudo, o Benfica expõe propriedades para superar essa pressão, evitando as associações de risco pelo corredor central, e deixar o rival exposto no capítulo defensivo, sobretudo pelo posicionamento muito adiantado da última linha, com amplas arduidades na velocidade e no controlo da profundidade", prosseguiu o jornalista.

"Em zonas médio-baixas, os neerlandeses mantêm a organização em 4x4x2, com variações para o 4x1x4x1, mas estão longe de revelar grande fiabilidade defensiva, apesar dos esforços de Priske em melhorar a organização. Há vulnerabilidades nas entrelinhas, mas os principais problemas prendem-se com o controlo da largura – muitos erros de Lotomba, a ser arrastado para o corredor central, em busca de referências individuais, sem apoio por parte de Osman – e na defesa de cruzamentos e de um futebol direto, o que assente que o adversário consiga ligar a criação com a finalização. Aí, um dos aspetos determinantes poderá ser a sagacidade que os encarnados poderão revelar a estabelecer ligações entre Di María e Kerem, aproveitando os espaços entre centrais e laterais", referiu.

"Em caso de perda de bola, são muito vastas as dificuldades dos neerlandeses na transição defensiva, abrindo crateras nas costas dos laterais – principalmente o esquerdo, pelo perfil mais ofensivo de Bueno – e desfraldando a exposição excessiva dos centrais, que sentem muitos problemas na resposta ao um contra um. Pouco pressionados de forma alta na competição interna, uma das armas do Bayer Leverkusen para golear em Roterdão foi condicionar a primeira fase de construção do opositor, fomentando erros que originaram contratransições que redundaram em golo. Na Luz, atendendo ao perfil dos encarnados, Priske procurará surpreender a última linha rival, como tanto aprecia, através de contra-ataques, com lançamentos a partir de Hancko, Hwang ou Timber em busca da velocidade e potência de Osman e da criatividade com aceleração de Igor, bem secundados pelo rompedor Milambo e pelo oportuno Ueda, com alguns movimentos interessantes também nos apoios frontais", acrescentou o analista.

"Se o Feyenoord é uma equipa capaz de criar perigo na sequência de bolas paradas laterais, tendo os centrais – Hancko à cabeça – como principais referências aéreas, também é verdade que a defesa mista perfilhada por Priske está muito longe de ser fiável, e o laboratório de Lage poderá surpreender, no ataque à primeira ou à segunda bola, com ações de antecipação ao primeiro poste e/ou com o ataque ao segundo poste, por norma a zona mais descoberta", conclui Rui Malheiro.

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