
Gazeta Esportiva.com
·2 août 2025
Tuma explica por que não registrou B.O. contra Andrés por gastos no Corinthians

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·2 août 2025
Em longa coletiva na tarde desta sexta-feira, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, explicou por que não registrou um Boletim de Ocorrência contra o ex-presidente Andrés Sanchez pelo uso indevido do cartão corporativo do clube.
Faturas vazadas nas redes sociais revelaram que Andrés utilizou o cartão do Corinthians para o pagamento de despesas pessoais no valor de R$ 9 mil em Tibau do Sul, Rio Grande do Norte, no fim de seu último mandato, em dezembro de 2020. O mandatário prontamente admitiu os gastos e prometeu ressarcir o clube com juros e correção monetária.
O ex-presidente depositou, dias depois, R$ 15 mil nas contas do Timão. Ainda assim, torcedores passaram a cobrar Romeu para que ele, em nome do Conselho Deliberativo, prestasse queixa contra Andrés por apropriação indébita.
(Foto: André da Silva Costa/Gazeta Press)
Tuma, entretanto, acredita que esta ação compete à diretoria executiva, e não ao CD. Ele, inclusive, disse que tem dúvidas se o episódio configura um crime. Isso porque o clube ainda não teve acesso às faturas do período em questão.
“Não compete ao CD fazer BO. Se o clube entende que houve crime, o clube deve fazer. Eu não entendo que deve fazer um BO agora. Como eu vou fazer um BO se eu não sei se houve crime de apropriação indébita? Não sei se caracteriza. O Andrés mandou um ofício para mim, disse que tinha uma despesa no nome dele e que não foi avisado. Ele chegou e pagou. Poderia se esconder. Isso é confissão? Não sei se é”, afirmou.
“Não é o Conselho que representa o clube nesses casos. A gente investiga. No papel de presidente do clube, eu não faria. Quem vai dizer se houve crime é o MP, eles estão apurando. Não me cobraram para esperar o inquérito no caso Augusto? Vamos esperar a investigação. O Corinthians não apura crime, apura infração estatutária. Não sei se faria o BO, porque depois posso ser julgado. É muito complexo, demanda muito entendimento, acho que o clube está fazendo isso. Se entender que está configurado crime, o clube vai fazer o BO”, acrescentou.
Romeu Tuma Júnior também explicou a diferença entre este episódio e o caso do Fiel Torcedor, em que foi aberto um inquérito policial para investigar uma suposta distribuição ilegal de ingressos para jogos do Corinthians durante a gestão Augusto Melo.
“No caso do Fiel Torcedor, estávamos apurando e a diretoria negou informação. Agora, a diretoria está fornecendo as informações. Meu papel é ir na Polícia se a diretoria negar documento. A diretoria, no caso do Fiel Torcedor, não deixou o Conselho investigar. Aí eu fui na Polícia. Sobre os cartões, a diretoria está nos fornecendo os documentos e vamos apurar”, comentou.
Nesta semana, o Ministério Público de SP (MP-SP) abriu um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar o possível uso indevido de cartões corporativos do Corinthians nas gestões dos ex-presidentes Andrés Sanchez (2018 a 2020) e Duilio Monteiro Alves (2021 a 2023).
Andrés, ainda, terá que responder a um processo disciplinar na Comissão de Ética do clube, que irá apurar os gastos do ex-presidente.
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