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·21 avril 2025
Trio brasileiro é pilar para Wolves histórico de Vitor Pereira na Premier League

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André intercepta a bola no meio-campo e logo aciona Matheus Cunha. O atacante domina já deixando um marcador para trás e acaba derrubado na entrada da área. Na cobrança, Pablo Sarabia decreta a derrota do Manchester United, por 1 a 0, e a quinta vitória em sequência do Wolverhampton - feito que não acontecia desde 1970.
A cena com contribuição decisiva brasileira tem virado rotina para o time de Vítor Pereira, ex-Corinthians e Flamengo. Quando assumiu os Wolves, desacreditado, a missão era escapar do rebaixamento a qualquer custo, com apenas duas vitórias na conta. Hoje, com auxílio de um pilar brasileiro, o time aurinegro já igualou os mesmos 38 pontos do United, que por sua vez vive crise histórica.
Nenhum time tem sequência melhor que o Wolves no momento na Premier League. Apenas o Aston Villa vem de série igual. Na base deste sucesso estão André, João Gomes Gomes e Matheus Cunha
Nas redes sociais a discussão imita a rivalidade ancestral entre Flamengo e Fluminense. João Gomes, campeão da Libertadores pelo Rubro-Negro, e André, campeão continental pelo Tricolor, mantém-se alheios a tudo. Em campo, formam uma das parcerias mais elogiadas da Premier League, e fora dele parecem se entender ainda melhor.
"Desde que ele se juntou ao time, definitivamente elevou a forma como eu jogo. Ele me dá tanta liberdade. Nos damos muito bem, dentro e fora de campo, e só quero que essa relação continue assim", resumiu João Gomes.
Nos Wolves desde 2023, João Gomes se tornou em um dos favoritos dos torcedores. É também um dos meias mais valorizados da Premier League, com rumores nos últimos mercados de transferências para o Manchester United e até ao Liverpool.
Os Reds que, por sinal, tentaram tirar André do Fluminense durante a campanha do título da Libertadores de 2023. Desistiram de insistir depois da recusa inicial, em um movimento que acabou por ser positivo para o Wolverhampton, que de outra forma não conseguiria vencer a disputa pela revelação de Xerém.
André e João Gomes se entenderam rapidamente por terem estilos complementares, apesar de atuarem no mesmo setor. O ex-Flu tornou-se no ponto de referência para a saída de bola, com sua capacidade de suportar a pressão. O alto acerto nos passes e leitura de jogo para interceptar jogadas ajudou a transformar o setor defensivo de Vitor Pereira.
João Gomes, por outro lado, ganhou mais liberdade para desempenhar um papel tradicional de "box-to-box", com toda a intensidade que o fez ganhar respeito dentro do Flamengo e no futebol inglês, em quinto lugar entre os jogadores com mais desarmes no torneio.
André e Gomes (e a contratação acertada de Emmanuel Agbadou deram maior sustentação ao setor defensivo com Vitor Pereira. Mas lá na frente outro nome importante tem feito a diferença. Trata-se de Matheus Cunha.
Com uma carreira promissora que nunca pareceu atingir todo seu potencial, Matheus Cunha vive seu melhor momento nesta temporada nos Wolves. São 16 gols e quatro assistências até aqui, em 31 jogos, no que já é a temporada mais artilheira o brasileiro, cria do Coritiba.
O sucesso de Matheus Cunha não é por acaso, e tem muito a ver com sua função em campo, em um jogo que parece potencializar suas características. Apesar de conseguir se adaptar a diferentes funções no ataque, Matheus não é um goleador nato, nem desenvolve seu melhor futebol pelas pontas. É atuando atrás de um centroavante, geralmente com o norueguês Larsen como referência, que o jogador tem se destacado.
Matheus se movimenta com liberdade pelo campo, adicionando criatividade a um elenco que tem limitações evidentes no setor ofensivo. Hora como um verdadeiro "camisa 10", número que veste nos Wolves, hora como atacante ou caindo pelas pontas, o brasileiro se tornou artilheiro do clube... E é outro que, valorizado, dificilmente seguirá por longa temporada por lá.
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