AVANTE MEU TRICOLOR
·6 février 2025
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·6 février 2025
Pablo Maia em lance contra adversário nesta noite (Paulo Pinto/SPFC)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O objetivo maior da noite desta quarta-feira (5) era superar a derrota para o Santos no final de semana e, principalmente, tentar mudar a impressão deixada pela atuação irregular no clássico.
Bem, podemos dizer que o São Paulo conseguiu. Com maestria.
Voltando a repetir as apresentações de mais qualidade das rodadas iniciais do Campeonato Paulista, eficiente na proposta de jogo, o time titular do Tricolor passou relativo sufoco no primeiro tempo, mas teve calma para impor seu ritmo e sair do Morumbi com a goleada sobre o Mirassol por 4 a 1, honrando a estreia do novo uniforme para a temporada.
Importante ressaltar que quem esperava tranquilidade diante do adversário interiorano estava enganado. O Mirassol chegou para o jogo com uma sequência de cinco vitórias consecutivas. Líder de seu grupo (à frente do rival Corinthians), apresenta uma disciplina tática impressionante. Mas que quase foi implodida logo no início do jogo.
Dizemos logo porque aos 8 minutos da partida veio o primeiro gol são-paulino. Após troca de passes com tranquilidade, Oscar foi lançado aberto pela esquerda e cruzou. Ou chutou? Seja como for, a bola foi à área e apesar de pingar e parecer que Calleri deu o toquinho para entrar na meta, a verdade é que ela foi direto às redes.
O tento logo cedo, ao invés de servir como fator motivacional, parece ter deixado o São Paulo com uma tranquilidade demasiadamente exagerada. A troca de passes continuava, o quarteto ofensivo criava, mas o erro crucial de deixar o meio-campo despovoado demonstrado ante o Santos se repetiu. E o adversário desta noite decidiu repetir a fórmula. Passou a fechar os lados do campo e apostar nas jogadas pela intermediária. E cresceu no jogo.
Aos 24, veio o castigo. O Mirassol escapou pela direita nas costas da zaga e Lucas Ramon ficou livre após triangulação. Cruzou, Igor Vinícius furou o cabeceio e Gabriel, sem nenhuma marcação, teve tempo e espaço para bater sem chances a Rafael.
O gol de empate parece ter sido o despertador para o São Paulo melhorar sua rotação. E voltar a se impor nos setores do campo para criar chances mais concretas. Assim foi aos 32, quando Lucas virou o jogo, a zaga cortou errado e a sobra ficou com Oscar, que completamente livre na pequena área, bateu para fora em uma chance incrível.
Mas é aquilo. Por mais que as estatísticas mostrassem um enganoso domínio absoluto do Tricolor, do outro lado tinha um arisco Mirassol que continuava a saber explorar os espaços. Aos 44, quase o castigo veio. Iury Castilho recebeu passe em profundidade de Chico Kim, saiu cara a cara com Rafael e finalizou bem, mas a bola bateu caprichosamente no travessão. Sorte que o auxiliar apontara impedimento.
Era demais para o São Paulo, que aproveitou os minutos finais da etapa inicial para caprichar mais na rotação ofensiva. Se a marcação não estava ideal, que o ataque compensasse. Deu certo. No abafa, em uma jogada constante na área adversária, após uma sequência de cruzamentos e passes enfiados, aos 50, Igor Vinícius interceptou a tentativa de saída de jogo do Mirassol e cruzou para Calleri finalizar de carinho, fazer o segundo e encerrar o jejum de gols que perdurava desde setembro do ano passado.
Na etapa final, com a cabeça mais centrada, o São Paulo acertou sua marcação e passou a explorar mais os espaços. Isso não significou superioridade prática no campo, visto que novamente o Mirassol apareceu com extremo perigo aos 17, quando Gabriel recebeu cruzamento na área e achou Iury Castilho, que retribuiu o favor de Oscar mais cedo e furou a finalização que seria o empate.
Com as alterações e um São Paulo focado em cadenciar o jogo e controlar as coisas, o ritmo do jogo caiu. O Mirassol ainda tentava espetar, como aos 34, quando Guilherme Pato teve boa chance de empatar ao receber passe açucarado e chutou para fora. Mas a noite era mesmo tricolor. Cinco minutos depois, Ferreirinha fez excelente jogada pela direita e rolou para Oscar dentro da área. O meia girou, desestabilizou a marcação e rolou para Enzo Díaz, sozinho, bater com categoria e selar as coisas.
O terceiro tentou acabou de vez com qualquer tentativa de algo do Mirassol, que acusou o golpe. Ainda teve tempo de Pablo Maia arriscar um chute de longe e acertar a trave. E alegrar a galera com uma goleada. No último minuto, André Silva aproveitou passe de Erick e definiu a goleada
A vitória deixa o Tricolor em situação ainda mais tranquila no Paulistão. O clube é líder isolado do Grupo C com 13 pontos, quatro a mais que o Novorizontino, com um jogo a menos.
Sem tempo de respirar, o clube do Morumbi agora segue sua maratona em fevereiro. Volta a campo às 18h30 (de Brasília) deste sábado (8), contra o Bragantino, fora de casa.