Jogada10
·1 juillet 2025
Salto no turismo e retenção de prêmio dos brasileiros: EUA veem lucro com Mundial de Clubes

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·1 juillet 2025
O Mundial de Clubes da Fifa 2025 desencadeou um impacto expressivo na economia dos Estados Unidos no mês de junho. De acordo com dados da Visa, parceira oficial da entidade desde 2007, os gastos dos turistas da América Latina e Caribe aumentaram significativamente durante a primeira semana da competição. Os brasileiros lideraram esse crescimento, seguidos por argentinos e panamenhos.
O volume de transações com cartões da bandeira Visa subiu mais de 20% nas cidades-sede em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, os pagamentos por aproximação feitos por latino-americanos cresceram 80% — refletindo a adesão a tecnologias mais práticas. A empresa identificou aumento de 10% no número de visitantes da região com cartões ativos em solo americano.
Com a presença de gigantes europeus como Bayern de Munique, PSG e Real Madrid, além de representantes sul-americanos e da MLS, o torneio não apenas movimenta torcedores nos estádios, como também influencia diretamente setores estratégicos da economia. Consolidando-se, portanto, como um ativo de alto valor comercial para o país anfitrião.
Os brasileiros encabeçaram os índices de consumo com Visa entre os estrangeiros que se deslocaram ao país neste período. Restaurantes fast food (+70%), eventos esportivos e entretenimento (+65%) e companhias aéreas (+60%) lideraram os setores que mais receberam gastos durante o período.
As cidades que mais atraíram visitantes da América Latina foram, respectivamente, Seattle, Nova York e Miami. O duelo entre Boca Juniors e Benfica, realizado em Miami no dia 16 de junho, registrou o maior volume de transações internacionais até agora.
Segundo levantamento da ESPN, cerca de 25 mil brasileiros viajaram aos Estados Unidos exclusivamente para acompanhar a competição. A movimentação rendeu à economia local aproximadamente 55 milhões de dólares em valores que contemplam despesas com hospedagem, alimentação, transporte e compras em geral.
Além dos lucros com o turismo, o governo dos Estados Unidos deve reter cerca de 30% das premiações destinadas aos clubes brasileiros, conforme as regras de tributação vigentes no país. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, que avançaram ao mata-mata, acumularam aproximadamente 107 milhões de dólares em prêmios oferecidos pela Fifa.
Para se ter uma ideia, cada equipe garantiu, no mínimo, 7,5 milhões de dólares apenas pela classificação às oitavas de final do torneio.
O sistema de distribuição prevê bônus progressivos: 2 milhões de dólares por vitória na fase de grupos, 13,125 milhões de dólares nas quartas, 21 milhões de dólares nas semifinais, 30 milhões de dólares ao vice-campeão e 40 milhões de dólares ao vencedor do torneio.
A retenção dos valores representa, portanto, um ganho substancial para os cofres norte-americanos. Isso porque eles asseguram retorno não apenas pela organização do evento, mas também por mecanismos fiscais bem estabelecidos.
A edição 2025 da Copa do Mundo de Clubes segue em andamento, e os números finais de impacto financeiro só serão conhecidos após o encerramento marcado para 13 de julho. Até aqui, porém, é possível afirmar que o evento ampliou significativamente o fluxo de turistas, aumentou o consumo digital e fortaleceu a presença econômica dos Estados Unidos no cenário esportivo internacional.