Jogada10
·22 août 2025
Retrospectiva Kings League Brasil: Fluxo vai da oscilação à grande surpresa do split

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·22 août 2025
Poucos apostavam no Fluxo como protagonista no primeiro split da Kings League Brasil, mas a equipe conseguiu transformar altos e baixos em uma trajetória marcante. Com uma campanha irregular na fase inicial e um surpreendente crescimento no mata-mata, o time terminou entre os quatro melhores da competição e ainda garantiu vaga para o Mundial de Clubes, em Paris.
Na fase de classificação, o Fluxo mostrou uma característica que o acompanharia durante toda a campanha: a oscilação. Foram três vitórias no tempo normal, uma vitória no shootout, uma derrota no shootout e quatro derrotas no tempo normal, totalizando 12 pontos e a sexta colocação na tabela.
O desempenho não empolgava. Aliás, a equipe raramente emendava uma sequência positiva. Quando venceu duas partidas consecutivas, perdeu as duas seguintes. Essa instabilidade gerava dúvidas sobre até onde o time poderia ir nos playoffs.
Foi justamente no mata-mata que o Fluxo mostrou sua melhor versão. Nas quartas de final, enfrentou o Nyvelados, um dos favoritos pela campanha sólida na primeira fase. Contra as previsões, a equipe de Cerol e Nobru fez uma atuação coletiva impecável e venceu por 4 a 1, garantindo vaga na semifinal e, de quebra, carimbando a passagem para o Mundial de Clubes.
O capítulo mais doloroso da trajetória veio na semifinal, contra o Dendele. O Fluxo chegou a abrir 5 a 2 no placar, mas sofreu uma virada espetacular e acabou eliminado. A derrota teve sabor amargo, não só pela oportunidade desperdiçada, mas também pela forma como aconteceu.
Fluxo surpreendeu para ser um dos quatro melhores do Brasil e do mundo – Foto: QSI Quality Sports Images
Apesar da eliminação, os wildcards foram determinantes para a campanha.
Hélber Jr: 5 gols e 5 assistências em apenas seis jogos, sendo decisivo em momentos-chave.
Boolt: artilheiro da equipe, com 9 gols e 3 assistências.
Chaveirinho: maestro do time, com 5 gols e 3 assistências, responsável por ditar o ritmo das partidas.
Melequinha: mesmo com números mais modestos, foi peça tática fundamental na engrenagem coletiva.
O Fluxo pode não ter chegado à final, mas sua campanha foi suficiente para elevar o patamar da equipe no cenário da Kings League. Se no início do split poucos acreditavam em algo além de uma campanha intermediária, as quartas de final mostraram um time capaz de surpreender os favoritos.
A participação no Mundial de Clubes, em Paris, reforçou esse crescimento. Novamente semifinalista, o Fluxo acabou eliminado pelos espanhóis do Los Troncos, mas saiu com a marca de estar entre os quatro melhores times do mundo.
Agora, a pressão é outra: se antes o time era desacreditado, para o segundo split a expectativa é que confirme sua evolução. O Fluxo deixou claro que tem elenco, organização e capacidade para brigar na parte de cima da tabela. A dúvida é se conseguirá controlar as oscilações que marcaram sua primeira jornada.