Rebaixado fora de campo: Lyon, um dos times de John Textor, disputará a Ligue 2 por decisão administrativa | OneFootball

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O Lyon está oficialmente rebaixado à segunda divisão do Campeonato Francês. A decisão, confirmada nesta segunda-feira (24), foi tomada pela DNCG (Direção Nacional de Controle de Gestão), órgão responsável por fiscalizar as finanças dos clubes na França. A queda, no entanto, não tem relação com o desempenho dentro de campo: o time terminou a Ligue 1 na sexta colocação. O rebaixamento foi consequência direta da grave crise financeira enfrentada pelo clube.

DNCG confirma queda após alerta

Desde novembro de 2024, a DNCG já havia sinalizado que o clube precisava apresentar um plano sólido para corrigir o déficit financeiro, estimado em cerca de 100 milhões de euros. Sem comprovar as garantias exigidas e com dívidas que chegam aos 500 milhões, o Lyon não conseguiu evitar a punição.

Textor prometeu, mas não cumpriu

O proprietário norte-americano John Textor, que também administra o Botafogo, se mostrou confiante durante todo o processo. Em entrevista concedida em novembro de 2024, chegou a garantir: “Não seremos rebaixados. Nossos acionistas têm recursos. Ninguém vai permitir que o clube seja rebaixado.”

Textor tentou levantar fundos com a venda de ações do Crystal Palace, clube também sob controle da Eagle Football, além de cortar gastos e negociar ativos. No entanto, a DNCG considerou que o Lyon não conseguiu provar viabilidade financeira no prazo.

O dirigente também criticou a postura da entidade: “Parece-me estranho que a DNCG me diga como gerir o meu negócio. Eles não entenderam nosso modelo de rede multiclube.”

Queda histórica

Esta é a primeira vez desde 1989 que o Lyon disputará a segunda divisão do Campeonato Francês. Entre 2002 e 2008, o clube conquistou sete títulos nacionais consecutivos e se consolidou como uma potência no futebol europeu.

Agora, o desafio passa a ser fora de campo: reorganizar a estrutura financeira e cumprir um novo plano aprovado pela DNCG para retomar o lugar na elite, com cortes no elenco, venda de jogadores e revisão contratual. Enquanto isso, a torcida se vê diante de um cenário inédito: a luta pelo acesso partindo da Ligue 2, em meio à pior crise institucional de sua história recente.