Nosso Palestra
·7 mai 2025
Perícia não identifica racismo de vice-prefeito contra segurança do Palmeiras

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·7 mai 2025
O Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo concluiu que não há provas que Fábio Marcondes, vice-prefeito de São José do Rio Preto, chamou o segurança do Palmeiras de “macaco” em tumulto após a vitória palestrina por 3 a 2 diante do Mirassol, pelo Paulistão de 2025.
De acordo com o publicado pelo “ge”, o laudo assinado pela perita Tatiana de Souza Machado analisou o vídeo da TV Globo que mostra a discussão entre Fábio Marcondes e Adilson, segurança do Palmeiras. Veja o que diz parte do registro.
– Com base nos parâmetros técnicos da fonética forense e da acústica da fala, não se confirmou a interpretação sugerida de que tenha sido proferida a expressão “Macaco velho, lixo velho!” – diz o laudo. – O conteúdo fonético proferido pelo indivíduo (Fábio Marcondes) foi compreendido, por este exame, como “{Paca, véa!} Lixo!{Véa!}”, e não como “Macaco velho, lixo velho” – acrescenta.
A próxima medida será ouvir o depoimento de Fábio Marcondes. 11 pessoas já foram ouvidas na investigação.
Vice-prefeito de São Joé do Rio Preto, acusado por segurança do Palmeiras por racismo (Foto: Reprodução/Internet)
O advogado do Palmeiras, Euro Bento Maciel Filho, diz que recebeu o laudo com espanto, em entrevista também ao “ge”.
– Foi com espanto e muita surpresa que a Sociedade Esportiva Palmeiras e o Adilson, o segurança ofendido naquele dia que Palmeiras e Mirassol jogaram na cidade de Mirassol, receberam o teor do laudo pericial juntado à data de hoje nos autos do inquérito policial. Por mais que se respeite a opinião externada pela perita que o subscreveu, não há como se concordar que ao invés de macaco velho, que é o que se ouve, a perita tenha chegado a uma conclusão de que o o autor teria dito apenas pacavéio.
Em nota oficial, o Palmeiras também se manifestou contra o laudo assinado pela perita Tatiana de Souza Machado.
– O Palmeiras recebeu com incredulidade e indignação o laudo pericial segundo o qual o vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), chamou um dos seguranças do clube de “paca veia”, em vez de “macaco velho”, após o jogo contra o Mirassol, no Estádio José Maria de Campos Maia, pelo Campeonato Paulista.
Edlênio Xavier Barreto, advogado de defesa do vice-prefeito de São José do Rio Preto, defende que o laudo “corrobora a inocência de Fábio Marcondes”.
O Laudo Pericial, elaborado pelo Instituto de Criminalística, reforça a correção da estratégia adotada pela defesa, ao não convalidar prova tecnicamente imprestável, e corrobora a tese de inocência de Fábio Ferreira Dias Marcondes. No mais, a fim de manter coerência na atuação, atentando-se a prudência e responsabilidade, a defesa informa que irá manifestar-se de maneira formal e detalhada nos autos do processo, em momento oportuno – concluiu a defesa.
https://nossopalestra.com.br/Após a partida entre Palmeiras e Mirassol, válida pela 12ª rodada do Campeonato Paulista de 2025, um segurança do clube alviverde disse ter sido vítima de racismo no acesso aos vestiários. O funcionário teria xingado de “macaco” por Fabio Marcondes, vice-prefeito de São José do Rio Preto.
Em vídeo gravado e divulgado pela “TV Globo”, o político foi visto gritando em discussão contra o segurança do Verdão. Em parte do vídeo, um dos outros funcionários da equipe palestrina intervém dizendo “racismo, não!”.
Ainda nas imagens, o diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, aparece fazendo questão de reforçar o posicionamento do clube contra as ofensas proferidas pelo vice-prefeito.
– Está todo mundo de testemunha que foi o vice-prefeito. Vocês vão ter que mostrar e vai ser todo mundo testemunha. Se ele chamou o cara de macaco, ele vai ser denunciado – disse ele.
O Palmeiras registrou um Boletim de Ocorrência contra Fabio Marcondes. Confira, na íntegra, a nota oficial divulgada pelo clube no dia do acontecimento.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta informar que um dos seguranças do clube foi chamado de macaco na área de acesso aos vestiários do Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol, após o jogo deste domingo (23). Não toleramos qualquer forma de discriminação e tomaremos todas as providências cabíveis, a começar pelo registro de Boletim de Ocorrência. Que o autor desta inaceitável ofensa racista seja rapidamente identificado e responsabilizado criminalmente.”