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·22 août 2025

Opinião: eliminação na Libertadores é um reflexo dos erros do Botafogo

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O Botafogo foi eliminado da Libertadores ao perder por 2 a 0 para a LDU, no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito. A eliminação é apenas um reflexo de um ano marcado pelos constantes erros da diretoria do clube.


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A verdade é que a eliminação do Alvinegro nas oitavas de final da Libertadores aconteceu no começo deste ano, quando John Textor demorou quase três meses para contratar um novo técnico e ainda contratou o pior nome que está sendo o pior possível. Além disso, todas as decisões do dono da SAF neste ano têm se mostrado erradas.

Para começar, o elenco foi muito mal montado, negligenciado nos primeiros meses e montado com a temporada em andamento. Em meio a isso, o Alvinegro perdeu peças importantes e não repôs com altura, mas vamos combinar que seria difícil mesmo encontrar reposições à altura para Luiz Henrique e Almada. No entanto, não foram só as peças principais que têm feito falta em relação a 2024, mas também um banco com jogadores que possam mudar os rumos das partidas. Fora isso, não podemos esquecer da venda de peças importantes no meio da temporada.

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John Textor é o principal responsável pela eliminação do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

A área técnica foi outro departamento em que a diretoria errou em 2025. No começo do ano, foram quase três meses até a escolha do substituto de Artur Jorge, que já sinalizava que iria deixar o cargo no final do ano passado e, para isso, Textor escolheu o pior nome possível.

Renato Paiva atingiu um teto com uma equipe que estava sendo trocada no meio da temporada, mas mostrou que não tinha nível para comandar o time da estrela solitária durante a Copa do Mundo de Clubes. O português fez o Alvinegro se manter vivo, respirando por aparelhos, na competição continental e ficar na parte de cima do Brasileirão, mas não convenceu e foi justamente demitido após a eliminação para o Palmeiras.

Para seu lugar, Textor pegou todos de surpresa e trouxe Davide Ancelotti para sua primeira experiência como técnico, após o italiano ter negado sondagens de equipes europeias. Sendo justo, ele pode ter errado muito na eliminação para a LDU, mas não podemos negar que a equipe melhorou desde que assumiu. Em poucos jogos, o Alvinegro tem jogado melhor, sido mais ofensivo e objetivo, mas tem faltado ser mais letal jogando em casa e contra adversários mais fortes, mas mesmo assim você vê o sinal de algo que pode ser interessante no longo prazo. Agora cabe ao tempo dizer como serão os próximos meses.

Fora de campo, o Botafogo vive um período de incertezas sobre como será seu futuro. Isso se dá por conta de um imbróglio judicial envolvendo John Textor, Ares e a Eagle Football Holdings envolvendo o controle da SAF do clube.

Após adquirir 90% da SAF do clube em 2022 por meio da Eagle Holding, Textor usou ativos do clube como garantia para financiar a compra do Lyon, envolvendo os fundos Ares. No entanto, a gestão de Textor no Lyon entrou em colapso, gerando forte insatisfação entre os investidores e culminando em sua saída do comando do clube francês. Esse racha se estendeu à Eagle, onde os sócios passaram a pressionar pela saída definitiva de Textor do grupo e do comando do Alvinegro. No entanto, o movimento foi parado pelo clube associativo.

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Textor tem futuro incerto no Botafogo (Foto:Wagner Meier/Getty Images)

Em resposta, Textor tentou manobrar para manter o controle do Botafogo, criando uma nova empresa (Eagle Football Group, sediada nas Ilhas Cayman) e transferindo para ela ativos comerciais da SAF — o que levou a Eagle Holding a acioná-lo na Justiça.

A disputa se intensificou com decisões da Justiça do Rio que congelaram as ações da Eagle na SAF do Botafogo, mantendo Textor à frente do clube enquanto a dívida da holding com o Botafogo (R$ 152 milhões) é discutida. Paralelamente, a Iconic Sports, outra empresa, também entrou na Justiça nos EUA exigindo a recompra de sua participação na Eagle. No centro de tudo, o Botafogo virou palco de uma batalha por poder e financeira que mistura interesses financeiros, conflito e incertezas sobre o futuro do clube.

Com isso, as próximas semanas vão ser importantes para decidir o futuro do clube para os próximos anos. Ainda há muita incerteza no ar e cabe à justiça decidir o futuro do Alvinegro. Enquanto isso, a equipe tem os últimos meses da temporada pela frente.

O que ainda resta para o Botafogo em 2025?

O que resta para o Botafogo em 2025? Essa é uma pergunta que muitos torcedores devem estar se fazendo neste momento e a verdade é que o Alvinegro precisa pensar no futuro e tentar colher o que lhe resta neste ano tumultuado.

O Botafogo pode olhar para o maior rival como um exemplo para o que fazer após um ano abaixo, afinal de contas, o Flamengo vem colhendo o planejamento que fez para 2025. A equipe da Estrela Solitária pode usar o resto do ano para tentar buscar o título inédito da Copa do Brasil e se manter nas primeiras posições do Brasileirão para quem sabe brigar pelo título, mas o foco inicialmente tem que ser se manter no G-4 e diminuir a diferença para os primeiros colocados.

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Davide Ancelotti, técnico do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Por agora, o Botafogo deve recalcular sua rota, pensar no que pode atingir no curto prazo e traçar suas metas. Fazendo isso como fez nos últimos, vai colher os frutos no final de 2025 e em 2026.

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