Central do Timão
·23 décembre 2024
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O goleiro Matheus Donelli, de 22 anos, foi integrado ao elenco profissional do Corinthians em 2021, mas vive o clube desde sua infância. O arqueiro chegou em 2013, com apenas nove anos, e fez toda sua base no Timão. Em entrevista ao podcast Casal Coringão, o jogador falou sobre seu amor pelo Alvinegro Paulista.
“A minha paixão pelo Corinthians na verdade começou quando eu nasci, né? Já vem de família, de pai e avô, então nasci vivendo o Corinthians, junto com meu pai, com meu avô, e frequento o estádio desde muito novo, desde que eu me entendo por gente.”, iniciou Matheus Donelli.
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
“Foi daí que começou a crescer minha paixão pela arquibancada, pelo time, e ao mesmo tempo as coisas foram acontecendo também profissionalmente no futebol, e a gente foi caminhando com as duas coisas juntas e graças a Deus estamos aí, vivendo o sonho.”, continuou.
O jovem goleiro também relembrou todo o contexto de sua estreia na equipe profissional do Timão. Mesmo com apenas 18 anos naquele momento, Donelli fez seu primeiro jogo diante do Palmeiras, maior rival do clube do Parque São Jorge. A partida terminou em um empate por 2 x 2.
“Eu estreei na pandemia, onde não tinha torcida, e naquela época, foi em 2021, a gente fazia os testes de Covid uns dois dias antes do jogo e na véspera do jogo saía o resultado do exame. Se dava positivo, você era cortado do jogo, ficava afastado uns dez dias.”, disse o camisa 32.
“Aí logo que vira 2021, o Walter começa a negociar com o Cuiabá para sair, e o Corinthians acerta a volta do Caíque França, que se eu não me engano, estava emprestado para o Oeste. Até então eu era quarto goleiro, tinha o Cássio, o Walter, estava o Guilherme, que tinha jogado Copa São Paulo e eu, nós quatro.”, continuou o goleiro.
Na sequência, Matheus Donelli relembrou como foi o momento em que soube que entraria em campo pela primeira vez com a equipe profissional. O jogador relembrou que, apesar da boa atuação no Derby, só após a outra partida o técnico Vágner Mancini, que comandava a equipe na época, teve uma conversa com ele.
“Aí a gente fez o teste de Covid. Até então, não esperava nada diferente. Estava cortando o meu cabelo. O jogo era em uma quarta-feira e na terça-feira de manhã eu estava cortando o meu cabelo antes de treinar na terça-feira à tarde. O celular começou a vibrar e era o fisioterapeuta me ligando. Ele falou “como que você tá? Tudo bem? Tá fazendo o quê?’. Aí eu respondi ‘estou cortando o cabelo’. Então ele me falou ‘você que vai jogar amanhã’.”, disse.
“Eu falei ‘como assim eu vou jogar?’. Então ele me explicou que o Cássio estava com covid e eu iria jogar. A gente fez o treino pré-jogo e ele (Mancini) não falou nada. No dia seguinte, na preleção, ele me coloca como titular e não fala nada. Vou lá, jogo, graças a Deus vou bem, ninguém fala nada comigo. Aí tem outro jogo, o Cássio continuou o Covid, eu que jogo outro jogo, vou bem de novo, aí só depois que o Mancini vem falar comigo.”, prosseguiu.
“Ele veio me parabenizar pelos jogos e tudo mais, e disse que a partir dali eu ia ficar de segundo goleiro e qualquer coisa que acontecesse com o Cássio, eu que jogava. Então assim, as coisas aconteceram muito rápido.”, finalizou Donelli.
Desde que foi promovido ao elenco profissional, o goleiro disputou 17 jogos com a camisa do Corinthians, sendo 15 como titular. O ano em que mais atuou, inclusive, foi em 2024, com sete partidas.
Entre junho e julho deste ano, o Timão vivia uma indefinição em sua meta, devido à saída de Cássio e a negociação de Carlos Miguel com o Nottingham Forest, da Inglaterra. Foi neste momento em que o jovem goleiro engatou uma sequência de sete partidas como titular, diante de Internacional, Athletico-PR, Cuiabá, Palmeiras, Vitória, Cruzeiro e Vasco.
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