Jhon Arias, o “Pelé colombiano” e força motriz do Fluminense | OneFootball

Jogador Mais Valioso em duas das três partidas da fase de grupos, o colombiano Jhon Arias é a força motriz do Fluminense, que luta por uma vaga nas quartas de final do Mundial de Clubes nesta segunda-feira contra a Inter de Milão.

Hábil em decidir quando atacar e quando proteger a bola, o versátil atacante de 27 anos demonstra habilidade e inteligência ao se movimentar em campo, além de grande técnica ao dar assistências ou finalizar.

Apesar de um jogo sem gols, Arias destruiu a defesa do Borussia Dortmund na estreia do time carioca e comandou a virada do clube para vencer o Ulsan Hyundai por 4 a 2, com uma cobrança de falta espetacular que abriu o placar e uma assistência que fechou o placar.

“Nada é por acaso; sou um cara que sempre busca melhorar e ser o mais completo possível”, disse ele sobre seus treinos.

A chegada de Arias ao Flu

O Fluminense o descobriu em 2021, quando ele jogava pelo Santa Fé. Eles o recrutaram e, desde então, Arias só pensa em promoção.

Ele se tornou membro da seleção colombiana em 2022, conquistou a Copa Libertadores com o Fluminense em 2023 e conquistou a Bola de Bronze no antigo formato do Mundial de Clubes naquele mesmo ano.

Ponta direita do clube brasileiro, onde tem mais liberdade de movimentação, a seleção o prefere como meio-campista, aproveitando sua versatilidade.

Para seu colega e compatriota, o experiente internacional Radamel Falcao García, “Jhon tem um futuro brilhante”.

Sua atuação será crucial nesta segunda-feira, quando enfrentarão a poderosa Inter de Milão, em Charlotte, nas oitavas de final do Mundial de Clubes. Quem perder, vai para casa.

Foto: Nicolò Campo / Alamy Stock Photo

“Pelé Colombiano”

Em uma publicação de 2022 em sua conta X (na época Twitter), o próprio clube, nascido no bairro carioca de Laranjeiras, o chamou de “Pelé Colombiano”, em alusão ao ídolo brasileiro de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento.

“Ele foi um dos melhores jogadores da história. Nunca haverá ninguém como ele, nem de perto. Como colombiano, posso falar da grandeza de Pelé na Colômbia e no mundo. Ele é um dos melhores jogadores do futebol”, disse ele em entrevista ao site da FIFA.

“Estou brincando, mas me chamar de Pelé colombiano é um pouco exagerado”, disse este homem de um bairro de Quibdó, no oeste da Colômbia, que quando criança sonhava em jogar no Maracanã.

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Um atacante que defende

Para o ex-técnico da Colômbia, o português Carlos Queiroz, “Jhon tem um talento especial, não só pela habilidade, mas também pela mentalidade. Ele está acostumado a superar adversidades.”

Arias também se junta à lista de colombianos que alcançaram sucesso no Brasil, como Freddy Rincón, no Corinthians, e Yerry Mina, no Palmeiras.

Atacante, ele também tem conseguido defender o futebol sul-americano, em meio a rumores de suposto desprezo de clubes europeus pelos clubes latino-americanos que participam do torneio de clubes.

“É um erro subestimar o futebol sul-americano (…) Atualmente, não existe um rival pequeno”, afirmou.

No time, ele se uniu ao argentino Germán Cano, seu parceiro de ataque, formando a dupla “Canarias”.

“Aos poucos, fomos construindo uma amizade e uma química dentro de campo. Essa relação é muito importante, assim como o bom ambiente no clube. Tudo tem dado certo para que tenhamos grandes momentos no Fluminense”, disse Cano.

A FIFA descreve os atributos de Arias como sua velocidade, visão de jogo, inteligência tática e versatilidade. Seu técnico, Renato Portaluppi, disse que “ele é um daqueles jogadores que podem mudar o jogo”.

Querido pela torcida, o colombiano frequentemente mostra seu lado humano, passeando com a filha Zoe pelo campo após o jogo.

A imprensa especializada o aponta como um possível alvo para clubes europeus. Mas Jhon encara com naturalidade. “Estou longe disso, mantenho os pés no chão.”