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Gazeta Esportiva.com

·24 juin 2025

Horas antes de ser afastado, Augusto Melo triplicou multa de Boccatto no Corinthians

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Horas antes de ser afastado da presidência do Corinthians, Augusto Melo assinou um aditivo e triplicou a multa rescisória do vínculo de Marcos Boccatto. O funcionário foi levado ao clube pelo mandatário logo no início de seu mandato e atuava como Superintendente de Novos Negócios do Timão.

O contrato, ao qual a Gazeta Esportiva teve acesso, foi assinado por Augusto Melo e por Boccatto no dia 26 de maio, mesma data em que, por volta das 22h (de Brasília) da noite, o então presidente foi afastado pelo Conselho Deliberativo. Na ocasião, o órgão se reuniu no Parque São Jorge e decidiu, por ampla maioria, aprovar o processo de impeachment do dirigente por conta do caso VaideBet.


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O aditivo, além das assinaturas de Augusto e Marcos, foi acompanhado por duas testemunhas: Dayna Nassif Barossi, assessora do então presidente, e Adalberto Garcia Gregui, que era responsável por questões de operação da Neo Química Arena e reconhecido como uma espécie de “diretor de concessionários” do estádio.

Anteriormente, a multa rescisória do contrato de Marcos Boccatto era de um salário, que girava em torno de R$ 25 mil. No entanto, ao assinar os aditivos, Augusto Melo triplicou o valor. O funcionário foi demitido logo na primeira semana da diretoria interina, presidida por Osmar Stabile, sob comando do clube, como já era sabido que aconteceria.

Boccatto, aliás, teve uma suposta ligação com o crime organizado apontada pela Polícia Civil de São Paulo no relatório final do inquérito do caso VaideBet. Ele acumulava funções no Corinthians e no Água Santa, onde é presidente de honra. O clube de Diadema foi citado em uma denúncia apócrifa coletada pela Polícia como “comandado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital)”.

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(Foto: José Manoel Idalgo/Agência Corinthians)

O caso de Boccatto é semelhante ao dos aditivos celebrados pelo Corinthians em dois dos três contratos vigentes com as empresas do grupo RF Segurança e Serviços, responsável por trabalhos de segurança e limpeza, tanto no Parque São Jorge como na Neo Química Arena. Neste caso, o aditivo foi assinado por Augusto em meados de maio, cerca de um mês antes do afastamento ser consumado pelo Conselho Deliberativo.

Assim como os aditivos com a empresa de segurança, o contrato de Boccatto também não passou pela apreciação do Departamento Jurídico do clube, à época liderado por Vinicius Cascone, que sequer tomou ciência da renovação.

O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS

A reportagem procurou Augusto Melo, que se manifestou por meio de uma nota oficial. O presidente afastado evitou comentar o assunto e alegou que “não é a pessoa indicada” para falar sobre o caso. Veja abaixo, na íntegra, o posicionamento do mandatário:

“Com referência à sua solicitação, creio que não posso te ajudar, uma vez que a fonte que te gerou essa informação deveria, em primeiro lugar, zelar pela preservação dos dados das pessoas envolvidas.

Aliás, é importante lembrar que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) prevê responsabilidade e até mesmo indenizações em casos de vazamento de informações sigilosas, especialmente aquelas de cunho pessoal.

Portanto, entendo que não sou a pessoa indicada para colaborar nesse caso.”

Assessora de Augusto, Dayna Barossi também foi procurada. “Não tenho nada a me manifestar, apenas dizer que todos os contratos assinados no Corinthians ou qualquer entidade estão sob a Lei LGPD e que meus dados devem ser protegidos. Obrigada”, disse à reportagem.

A Gazeta Esportiva ainda entrou em contato com Adalberto Garcia Gregui, que, até o momento da publicação desta matéria, não se pronunciou. Se assim o fizer, o texto será atualizado.

O Corinthians também foi procurado, mas preferiu não se manifestar. A reportagem, entretanto, apurou que casos como o de Boccatto e da RF acenderam o alerta no clube, que deve instaurar uma investigação interna para averiguar se outros aditivos foram assinados por Augusto Melo antes de seu afastamento.

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