Henrique Ramos nega agressão de Fernando Saul e revela conversa com Villas-Boas | OneFootball

O julgamento da Operação Pretoriano continua esta segunda-feira no Tribunal de São João Novo, no Porto. Henrique Ramos, um associado do FC Porto que alegadamente foi agredido na Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023, está a ser ouvido na quarta sessão.

O associado, conhecido pelo nome de Tagarela, refutou as alegações de agressão por parte de Fernando Saul, ex-oficial de ligação aos adeptos (OLA) do FC Porto, durante a sua audição com a advogada Cristiana Carvalho.

Henrique Ramos também afirmou ter uma “boa relação” com Fernando Madureira, declarando: “É meu amigo.”

O associado causou surpresa ao aparecer vestido com um fato semelhante ao utilizado pelos dirigentes do FC Porto, uma escolha que justificou após ser questionado por um advogado. “Estou aqui a representar a verdade para a Justiça e para o FC Porto, por isso achei por bem vir assim vestido,” respondeu.

Henrique Ramos também partilhou uma conversa que teve por telefone com André Villas-Boas após a Assembleia Geral que marcou a história do clube: “Recebi uma mensagem às 4h47 da manhã do João Borges, que está no meu telemóvel, e falámos durante 39 minutos. Ele disse-me que tinha uma pessoa para falar comigo. O André [Villas-Boas] apresentou-se, perguntou se estava tudo bem, e elogiou-me pelos tomates de aço. O que fiz foi pelo FC Porto e mencionei os crimes que estavam a ser cometidos por funcionários do FC Porto. Disse-lhe que não estava a puxar para nenhum lado, e ele afirmou que estava a ligar como sócio. Ele elogiou-me pela coragem.”

O adepto do FC Porto expressou de forma exaltada o desejo de não ser mais chamado pelo nome de Tagarela no tribunal: “Quero declarar aqui, perante todos e durante o julgamento, que parem de me chamar Tagarela.”