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·16 décembre 2024

Há 34 anos, Corinthians conquistava o título do Brasileirão pela primeira vez

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Com um time de operários liderado por Neto, o Corinthians bateu os favoritos e levantou sua primeira taça do Brasileirão em 16 de dezembro de 1990, há exatos 34 anos. Olhando para aquele time, o que se viam eram guerreiros com a cara, a energia e a identidade corinthianas. O elenco do Timão em 1990 tinha muitos Filhos do Terrão: Ronaldo, Marcelo Djian, Márcio Bittencourt e Wilson Mano eram alguns.

Outros jogadores experientes chegaram, e um deles era Neto, que foi revelado no Guarani e tinha acabado de chegar do rival Palmeiras. A identificação com a Fiel foi tanta que diziam que aquele time tinha o mais puro coração corinthiano no bico da chuteira”.


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Foto: Reprodução/Corinthians.com.br

Palmeiras e São Paulo já tinham o título do Brasileiro, e o Corinthians, multicampeão em São Paulo, ainda o buscava incessantemente. Quantas vezes o Timão havia chegado perto, com equipes técnicas, como a dos anos 80, a da Democracia Corinthiana. Faltava algo mais. E esse algo mais era o que aquela equipe tinha, o amor por vencer, o não desistir sob hipótese alguma, a ânsia por ser campeão.

“A base do time foi montada com o goleiro Ronaldo, Giba e Jacenir nas laterais e Marcelo Dijan e Guinei formando a zaga. Na frente dos zagueiros, Marcio Bittencourt e Wilson Mano — quando não era utilizado como coringa — faziam o primeiro combate. Neto era o cérebro, o armador”, diz um trecho extraído do site oficial do Corinthians.

“Nas pontas, Fabinho e Mauro. Paulo Sérgio era o atacante, com Tupãzinho aparecendo bastante como o 12º jogador. O elenco também tinha outro filho do terrão que fez história no clube do Parque São Jorge: Dinei. Todos comandados por Nelsinho Baptista, que havia se destacado ao treinar o Novorizontino vice-campeão paulista no primeiro semestre daquele ano.”

Na primeira fase, a campanha feita foi suficiente para se classificar para as quartas de final. Quatro vagas eram destinadas aos vencedores de turnos, assim, Atlético-MG, Santos, Grêmio e Palmeiras se garantiram. As restantes ficariam para os clubes com maior pontuação: São Paulo (3º lugar na soma dos turnos), Corinthians (4º), Bahia (5º) e Bragantino (6º) avançaram assim.

Coube ao Corinthians enfrentar o Atlético-MG, que tinha direito de jogar por dois empates e fazer o segundo jogo em casa, pela melhor campanha. No jogo de ida, no Pacaembu, caiu a vantagem do adversário, o Timão venceu, de virada, por 2 x 1. Dois gols de Neto com assistência de Paulo Sérgio. No Mineirão, segurou a pressão do dono da casa, empatou por 0 x 0 e se manteve na briga pelo inédito título.

Veio o Bahia na semifinal. E tudo se repetiu: 2 x 1 no Pacaembu, com dois gols de Neto, e um 0 x 0 fora de casa, na Fonte Nova.

Restava o poderoso São Paulo de Telê Santana, já com parte da base que seria bicampeã da Libertadores e do Mundial em 1992 e 1993 (Raí, Leonardo, Cafu, Zetti). Na partida de ida, em 13 de dezembro, o xodó corinthiano Wilson Mano marcou no triunfo por 1 x 0 e deixou o Corinthians em vantagem para a finalíssima, três dias depois.

Em 16 de dezembro, no jogo final, no Morumbi, diante de mais de 100 mil torcedores, com a vantagem do empate em seu favor, o Timão voltou a derrotar o rival. Novamente por 1 x 0. E com mais um gol de um coadjuvante, que entraria ali, para sempre, para a história do clube: Tupãzinho.

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Neto com a taça do Brasileirão de 1990. Foto: Reprodução/Corinthians

Tupãzinho era a mística, Ronaldo, o paredão que defendia a meta com a alma e o coração, e o ídolo foi Neto. Marcou nove gols ao longo da campanha, o terceiro maior artilheiro, muitos em cobranças de faltas indefensáveis. Mais do que isso, o Corinthians quebrou um tabu nacional. Com um time de operários, desacreditado, libertou-se da angústia e das piadas dos rivais.

A partir daí, uma enxurrada de conquistas impressionantes em apenas 34 anos. No Brasileirão foram mais seis até agora. Heptacampeão brasileiro. Soma ainda três Copas do Brasil, uma Libertadores e dois Mundiais de Clubes da FIFA, que hoje, o último também faz aniversário e pode ser o título mais significativo para o corinthiano jovem. Mas, aquele que cresceu, e já completava 20 anos, ouvindo que o Corinthians nunca conquistaria o Brasil, lembra do Brasileirão de 1990 e diz: Nenhum time foi como aquele”.

Assista à entrevista exclusiva da Central do Timão com Márcio Bittencourt, um dos personagens do Corinthians no Brasileirão de 1990:

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