Emerson Royal se emociona ao lembrar de ‘salvador da carreira’ durante apresentação no Flamengo | OneFootball

Reportagem do Coluna do Fla falou com exclusividade com Elio Sizenando, ex-técnico de Emerson Royal

Emerson Royal é brincalhão, gosta de fazer rir e leva a vida de forma leve. Porém, durante a coletiva de apresentação no Flamengo nesta terça-feira (29), o lateral teve um momento de emoção: por ‘culpa’ do Coluna do Fla. Nossa reportagem perguntou sobre a importância de Elio Sizenando, primeiro treinador do reforço rubro-negro na Ponte Preta, fazendo que o novo camisa 22 passasse a falar mais sério e em tom de gratidão.

— Quando falo do Elio, até estava arrepiado aqui. Quando chego na Ponte Preta, chegou desacreditado porque tinha passado por duas dispensas no mesmo ano. Chego sem vontade de seguir no futebol, e ele me abraçou. Ele disse: “esse negão tem a passada muito larga, quero ele comigo”. Eu tinha 16 anos na época, sou de 1999, e treinava com os 1998. Ele me abraçou e disse que queria contar comigo. No primeiro jogo como titular eu caí e quebrei o braço. Falei “pronto, agora vou ser mandado embora de novo”. Mas ele me prometeu que não faria isso, que era para eu me recuperar porque ele me levaria para a Copa BH. E eu recuperei, ele me levou, me destaquei no campeonato e chamei a atenção da seleção de base. Ele sempre me abraçou, me xingava muito… Até hoje —, disse Royal.

— Às vezes eu faço um mal, ele me liga e diz “que jogo foi esse que você fez?!”. Tem uma intimidade muito boa comigo, ontem mesmo ele me ligou. Conversamos bastante. É um treinador que faz parte da minha carreira, que tenho como família, tenho como um paizão no futebol. Eduardo Baptista também, que foi quem me subiu para o profissional na Ponte Preta, mas o Elio é especial porque foi uma reconstrução. Eu estava desacreditado, mas ele mudou uma chave na minha cabeça para que eu me tornasse um jogador profissional —, acrescentou o lateral.

O QUE DISSE ELIO SIZENANDO?

Em entrevista exclusiva ao Coluna do Fla na segunda (29), Elio contou um pouco sobre a relação com Royal. Confira como foi o bate-papo na íntegra com um clique aqui. O treinador, que atualmente está no Pouso Alegre-MG, deu a mesma versão do lateral rubro-negro.

“Ele chegou comigo lá na Ponte Preta, em 2015, através de avaliação. Logo o primeiro período, eu aprovei e gostei muito do jogador. Ele estava em um momento de desenvolvimento do biotipo. Tinha uma passada larga, magrinho. Foi no primeiro ano de sub-17 dele, quando ele ainda tinha 16 anos. Emerson foi aprovado, tudo, mas no primeiro jogo dele no Paulista, ele acabou quebrando o braço contra o Flamengo-SP”, declarou, ates de concluir:

“Ele ficou muito abatido com essa lesão, reclamava bastante no ‘DM’ preocupado e com medo de ser mandado embora. Mas o fisioterapeuta falou comigo e eu o tranquilizei, falando que ele não seria mandado embora. Que eu o esperaria se recuperar e prometi que ele iria para a Copa BH. Eu consegui mudar a chave dele naquele momento”, finalizou.

COMO FOI O INÍCIO DA CARREIRA DE EMERSON ROYAL?

Com passagem pelo sub-15 do São Paulo, Emerson Royal seguiu para a Ponte Preta em 2015, para atuar no sub-17. Três anos depois, o jogador chamou a atenção do Atlético-MG e seguiu para Belo Horizonte. Posteriormente, o lateral fez carreira na Europa, com passagens por Real Bétis (ESP), Barcelona (ESP), Tottenham (ING) e Milan (ITA).