Di María: «Recebi uma cabeça de porco com uma bala e um bilhete para a minha filha» | OneFootball

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·30 juillet 2024

Di María: «Recebi uma cabeça de porco com uma bala e um bilhete para a minha filha»

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São relatos absolutamente arrepiantes por parte de Ángel Di María. O jogador do Benfica, que como sabido foi alvo de ameaças quando pensava em juntar-se ao Rosário Central, revelou pormenores sobre os momentos de terror que viveu durante aquele período.

Rosário, a terceira cidade mais populosa da Argentina, enfrenta uma crise no que à violência diz respeito. Autênticas ondas de assassinatos que aterrorizam quem por lá vive. Na altura das ameaças, foi descartada a possibilidade desta situação estar ligada a rivalidades provenientes do futebol. O suspeito principal destas atividades foi detido em março.


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Numa entrevista realizada com um jornalista argentino, o extremo das águias explicou, ao pormenor, as ameaças recebidas: «Houve uma ameaça no bairro dos meus pais e isso correu por todo o lado. Ao mesmo tempo, existiu outra intimidação na agência imobiliária que pertence à minha irmã. Isso não veio a público porque a minha irmã e o meu cunhado estavam muito assustados. Receberam uma caixa com uma cabeça de porco baleada na testa, incluindo um bilhete que dizia que seu voltasse ao Rosário Central, a próxima vítima era a minha filha. Depois, também dispararam numa estação de comboio, podiam ter falecido inocentes. Uma loucura.»

«Não foi nada financeiro ou desportivo. Foi muito mais do que isso. Estas ameaças à minha família ultrapassaram tudo. Só o facto de ver a minha filha num cartaz e do que enviaram naquela caixa, foi muito mais do que eu pudesse fazer. Foram meses horríveis. Só pensámos e chorámos todas as noites porque não conseguimos realizar o sonho de voltar», continuou o internacional argentino.

Sobre a decisão de não voltar ao Rosário Central, Di María pede compreensão e explica ter sido pela família: «A decisão que tomei foi para proteger o meu seio familiar. Não só filhas e mulher, mas também os meus pais e irmãs. Aqueles que não entendem é porque não se colocam no meu lugar. Não se esqueçam que o meu sonho era regressar ao Rosário Central. Nós não queremos uma vida sob custódia, não é o que queremos viver.»

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