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·25 mai 2025
Derrota em casa escancara crise de confiança no Náutico

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·25 mai 2025
Hélio dos Anjos não poupou críticas ao desempenho do Náutico após a derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta nos Aflitos, pela Série C. Diante de quase 9.500 torcedores, o treinador lamentou principalmente a falta de regularidade e efetividade do time em um jogo que poderia ter recolocado o Timbu entre os primeiros colocados.
Na coletiva após o apito final, Hélio foi direto ao apontar os principais problemas da equipe. “Uma coisa que, para mim, é fundamental em uma equipe de futebol chama-se regularidade”, afirmou. A frustração ficou evidente ao lembrar as oportunidades desperdiçadas justamente no momento mais favorável da partida: a expulsão de Léo Oliveira, da Ponte Preta, logo no primeiro tempo, deixou o Náutico em vantagem numérica por 28 minutos. “A gente teve o presente que foi a expulsão deles... Podíamos definir o jogo ali”, disse, citando ainda a importância do meia Elvis, que precisou ser substituído após o cartão vermelho do companheiro.
Mesmo com um homem a mais e enfrentando uma Ponte Preta que, nas palavras do treinador, “desde o primeiro minuto não quis o jogo”, o Náutico pouco produziu ofensivamente. Hélio questionou a capacidade de finalização da equipe: “Que chance nós criamos? Que defesa direta o Diogo [goleiro da Ponte Preta] fez? Que articulação nós fizemos?”
Outro ponto que chamou atenção do técnico foi o impacto do atacante Jeh, da Ponte Preta, no lance que culminou na expulsão do goleiro Muriel no segundo tempo. “Ele conseguiu cavar a expulsão do Muriel... é um atacante nesse nível”, pontuou.
Sobre a arbitragem, Hélio voltou a demonstrar insatisfação, mencionando os sete cartões aplicados só no primeiro tempo e ressaltando a falta de experiência do árbitro para controlar a partida. Ainda assim, assumiu total responsabilidade pelo revés: “Eu assumo a responsabilidade, ela é toda minha. O time tinha que jogar bem melhor hoje, o time tinha que vencer hoje e a responsabilidade é do treinador”.
Com a derrota, o Náutico caiu para a décima colocação, fora do G-8, e terá de buscar vitórias fora de casa para seguir na briga pelo acesso. Para Hélio, o momento é de encarar cobranças e questionamentos. “Nós não tivemos personalidade nesse momento. Esse é o momento do time grande. Surgiu a chance, você vai lá e mata”, analisou.
Apesar do tropeço, o treinador garantiu que mantém total confiança no elenco. “Eu não tenho temor nenhum. A confiança é a mesma. Eu só estou chateado porque nós tivemos uma grande chance hoje e desperdiçamos essa chance de bobeira”, concluiu.
Fonte: Folha de Pernambuco