Leonino
·8 mai 2025
Craque do Sporting com apoio muito especial numa das semanas mais decisivas da carreira

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·8 mai 2025
Há histórias que se escrevem com talento, outras com esforço. A de Geny Catamo é feita de ambos, e começa na Beira, Moçambique, onde nasceu e deu os primeiros toques na bola. Este sábado, dia 10 de maio, o avançado de 24 anos vai estar no centro das atenções quando o Sporting defrontar o Benfica, na Luz, às 18h, num dérbi que pode decidir o título nacional. Leões e águias têm ambos 78 pontos, mas o Sporting parte em vantagem por ter vencido na primeira volta com golo de Catamo. O avançado moçambicano tem uma grande influência na equipa de Alvalade em grandes jogos. Em Moçambique, já se sente a emoção: uma nação inteira vai acompanhar cada segundo do jogo com orgulho no “menino da terra”.
Catamo começou por jogar no Maxaquene e no Black Bulls antes de cruzar o oceano rumo ao futebol português. No Amora, deu nas vistas, e o Sporting não demorou a garantir o seu talento para a formação. Ainda teve passagens por empréstimo no Vitória de Guimarães e no Marítimo, mas regressou a Alvalade em 2023/24 para integrar em definitivo a equipa principal dos leões. Desde então, soma já 86 jogos, treze golos e oito assistências, e tem sido peça-chave no plantel de Rui Borges.
A ligação a Moçambique nunca se perdeu. Pelo contrário: fortaleceu-se. É titularíssimo na seleção moçambicana e um exemplo para os mais novos. A cada exibição de Catamo, há crianças que sonham mais alto. É visto como inspiração, símbolo de que o talento moçambicano pode conquistar as maiores ligas do mundo. O dérbi frente ao Benfica será mais do que um jogo: será um momento de orgulho nacional.
A sua história ganhou visibilidade desde os 15 anos, quando, entre 1200 participantes num programa de caça-talentos, foi o que mais se destacou. Hélder Duarte, então treinador da formação do Porto, não esquece o momento em que o viu pela primeira vez: «Era franzino, tinha 15 anos, dois a três mais novo do que a maioria dos restantes rapazes. Chamou a atenção por duas coisas: por encher o campo, fazia o que queria da bola, com grande técnica, velocidade, um talento puro e depois pela personalidade. Mesmo sendo mais novo era ele quem mandava nos colegas, assumia a liderança».
Hoje, o jogador de 24 anos, lidera de outra forma. Em campo, com a camisola do Sporting, e no coração de milhares de moçambicanos que o veem como muito mais do que um jogador: veem-no como um símbolo de esperança e conquista.