Jogada10
·2 mai 2025
Corinthians tem R$ 164 milhões a receber por venda de jogadores; veja lista

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·2 mai 2025
Em meio a uma grave crise financeira, o Corinthians tem R$ 164,3 milhões a receber de clubes brasileiros e do exterior por vendas de jogadores e valores vinculados ao mecanismo de solidariedade da Fifa. O montante aparece no balanço financeiro de 2024, divulgado pelo clube na última quarta-feira (30). Porém, não é suficiente para aliviar as pressões sobre a gestão do presidente Augusto Melo.
O valor mais expressivo diz respeito à venda do atacante Wesley ao Al-Nassr, da Arábia Saudita. A negociação fechou em 20 milhões de euros (cerca de R$ 110 milhões na cotação da época), mas os sauditas ainda não pagaram tudo. Restam R$ 74,3 milhões. Outro débito significativo vem do Al-Rayyan, do Catar, que ainda deve R$ 25,7 milhões pela contratação de Róger Guedes.
No Brasil, Atlético-MG e Vasco estão entre os devedores. O Galo não quitou R$ 17,5 milhões referentes à compra do volante Fausto Vera até o fim do ano passado, segundo o relatório. Por outro lado, o clube carioca deve pouco mais de R$ 5 milhões ao Corinthians pelas contratações de Lucas Piton, Felipe Bastos e Giovanni Augusto.
Embora parte dos acordos preveja pagamentos parcelados a longo prazo — o que significa que nem todos estão em atraso — a soma dos valores a receber chama atenção em meio ao cenário de instabilidade administrativa.
Lista de devedores do Corinthians – Foto: Reprodução
O Conselho Deliberativo do Corinthians reprovou as contas de 2024. Foram 130 votos contrários, 73 a favor e seis abstenções. A decisão foi baseada em denúncias de falta de transparência, aumento do passivo e inconsistências nas prestações de contas. O Conselho de Orientação (CORI) avalia que há base suficiente para um novo processo de impeachment contra Augusto Melo, cujo mandato já é alvo de questionamentos internos.
Com dívidas bilionárias e desconfiança generalizada, o momento do clube é delicado tanto dentro quanto fora de campo. A expectativa da diretoria é que parte dos valores a receber entre nos cofres nos próximos meses, mas a instabilidade financeira e política segue como obstáculo para o planejamento do Corinthians.