Corinthians identifica mais de R$ 2 milhões em dívidas pelo uso de camarotes da Neo Química Arena | OneFootball

A atual diretoria do Corinthians realizou um levantamento sobre os valores que o clube tem a receber pelo uso dos camarotes da Neo Química Arena. O estudo identificou mais de R$ 2 milhões em dívidas pendentes.

Ao longo dos últimos anos, durante as gestões de Duilio Monteiro Alves (2021–2023) e Augusto Melo (2024–2025), alguns dos espaços nobres da Neo Química Arena foram utilizados sem que os devidos pagamentos ao clube fossem realizados. A informação é do ge.globo.

Foto: Jose Manoel Idalgo

Os principais devedores identificados até o momento são: Brucker Administradora de Bens Ltda, com R$ 1,3 milhão; Sergio Janikian, com R$ 620 mil; e KSK Consórcio, com R$ 250 mil, totalizando R$ 2,17 milhões em valores pendentes.

Os valores devidos ao Corinthians pelos camarotes da Neo Química Arena podem ser ainda maiores, e a atual gestão segue investigando outros contratos. Confira abaixo cada um dos casos citados:

Camarote 518 – Sergio Janikian

Diretor-adjunto de futebol do Corinthians no primeiro semestre de 2015, o economista e empresário Sergio Janikian possui um débito de aproximadamente R$ 620 mil pela utilização do camarote 518 da Neo Química Arena entre 2021 e 2023.

Os valores incluem o aluguel do espaço e o serviço de alimentação oferecido no setor. A cada jogo, ele tinha direito a duas vagas de estacionamento e até 15 ingressos para os jogos do Timão em Itaquera.

Janikian ganhou notoriedade entre torcedores por uma entrevista concedida em 2015, quando tratou o duelo contra o Guaraní-PAR como um “presente de Deus” na Libertadores daquele ano. O Timão, porém, acabou eliminado pelos paraguaios.

Documentos mostram que o conselheiro foi cobrado pelas gestões Duilio e Augusto. Ele contestava cláusulas do contrato de exploração do camarote e, por conta disso, decidiu não assiná-lo. Mesmo assim, utilizou o local ao longo de três anos.

Camarotes 629 e 630 – Brucker Administradora de Bens Ltda

Dirigida por Igor Carvalho Zevibrucker, a Brucker Administradora utilizou os camarotes 629 e 630 de janeiro de 2024 a junho deste ano e deixou de pagar R$ 1,3 milhão ao Corinthians, referentes ao aluguel e aos serviços prestados nos dois espaços.

Recentemente, conforme informou o UOL, o clube notificou formalmente a empresa, cobrando os valores em aberto. A reportagem entrou em contato com Zevibrucker, mas não obteve retorno.

O empresário é próximo do presidente afastado Augusto Melo e chegou a emprestar R$ 9 milhões ao Corinthians em agosto do ano passado, quando o clube estava sem dinheiro em caixa para efetuar a contratação do lateral Matheuzinho.

Camarote 540 – KSK Consórcio

Por fim, o Corinthians também identificou valores em aberto com o Consórcio Kasinski, atualmente chamado de KSK. A empresa foi uma das primeiras patrocinadoras da gestão de Augusto Melo, injetando R$ 2,6 milhões no basquete feminino e no futebol feminino em janeiro de 2024.

No primeiro contrato assinado entre o clube e a KSK, a empresa tinha o direito de utilizar um dos camarotes da Neo Química Arena. Contudo, em novembro do mesmo ano, a marca passou a estampar seu logo nos meiões do time masculino profissional, o que modificou o acordo original.

Neste novo contrato, a KSK não tem mais o direito de utilizar o camarote. Mesmo assim, a empresa continuou usufruindo do espaço e, segundo o clube, possui um débito de aproximadamente R$ 250 mil, contabilizados entre fevereiro e maio deste ano.

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