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Trétis
·13 février 2025
Condicionado, não condicionante: quando o Athletico vai se impor?
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·13 février 2025
O início de 2025 do Athletico com Barbieri no comando pinta o panorama de um time condicionado, não condicionante. Quando o adversário pressiona, bons lançamentos por cima e por baixo tem gerado gols ao Furacão, mas poucas chances, menos ainda no segundo tempo contra o Cascavel. O Athletico, porém, aproveita melhor os blocos baixos adversários, talvez até mais comuns, e cria inúmeras chances de gol, sem eficiência.
Capacidade de se adaptar é fato positivo, não me entenda errado. Mas pinta o panorama de um Athletico pouco impositivo. Se a ideia de Barbieri é ter um time que mantenha posse por longos períodos e que consiga encurralar adversários, principalmente em casa, isso se dificulta por razões diferentes.
A primeira delas, como já tratado na Trétis, está na mudança de característica do centroavante com a saída de Di Yorio e a titularidade de Alan Kardec. Mais lento, menos móvel e com mais dificuldade para cobrir espaço, camisa #27 incomoda menos a construção adversária e condiciona o Athletico a aguardar em bloco baixo que viu até linha de seis defensiva contra o Cascavel.
Athletico marca em bloco baixo com linha de seis (Isaac, Fernando, Léo, Matheus Felipe, Dudu e Velasco, em fila). Foto: Vincenzo Dalicani
A segunda está na falta de conjunto para construir contra linhas altas. Raul, responsável por fazer o time andar para frente, pouco recebe em condições de conseguir. Felipinho, meia direita e com papel de ligação, tarda a se adequar a função que nunca fez na carreira, para trazer justiça.
Barbieri e o rubro-negro têm apostado na inversão do meia esquerda João Cruz com o lateral-esquerdo Fernando, que constrói como zagueiro na estrutura base do Athletico. Situação pode ocorrer também com Isaac mais recuado, para participar da saída.
É um triângulo de rotação. Fernando assume a de Cruz, que vai na de Isaac, que, por sua vez, se torna o homem da saída pela esquerda. Jogada foi feita em vários momentos no jogo e fez o Athletico avançar pelo lado do campo.
Note triângulo pela esquerda com Fernando, Cruz e Isaac. Foto: Vincenzo Dalicani
O segundo tempo pouco viu dessas combinações e ainda menos articulação do Athletico, órfão do das sustentações, das paredes, de Alan Kardec. O Cascavel, primeiro, condiciona o Athletico a jogar longo sem uma referência no primeiro momento, e depois aproveita de um time pressionado para baixar linhas e ficar confortável para manter 0 a 0.
É importante, sim, se adaptar. Talvez seja ainda mais conseguir se impor.
Perguntado sobre a necessidade, ou não, de melhorar essa saída para conseguir impor domínio aos adversários, o técnico do Athletico explica:
“Cada adversário impõe uma condição distinta. O Maringá tinha outra postura, exploramos outras coisas. Criamos em bom número e em bom nível. O Raul quando tem uma marcação individual precisa atuar mais para abrir espaço, está sempre marcado.”
“Cada adversário impõe uma condição distinta. O Maringá tinha outra postura, exploramos outras coisas. Criamos em bom número e em bom nível. O Raul quando tem uma marcação individual precisa atuar mais para abrir espaço, está sempre marcado.”