Portal dos Dragões
·19 juillet 2025
Como André Villas-Boas encheu os cofres do FC Porto em 12 meses

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O mercado de transferências de verão ainda está no início, mas o FC Porto já está a mostrar a sua determinação em superar uma temporada ‘para esquecer’, onde a única alegria para os adeptos foi a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira no primeiro jogo da temporada.
Até agora, os dragões investiram quase 50 milhões de euros em contratações, incluindo Gabri Veiga do Al-Ahli Jeddah, Borja Sainz do Norwich City, Dominik Prpic do Hajduk Split e Nehuén Pérez, que jogou emprestado na Udinese na temporada 2024/25. Adicionalmente, foram pagos cinco milhões de euros ao Atlético de Madrid para adquirir os últimos 15% dos direitos económicos de André Villas-Boas revelou em uma entrevista ao jornal francês L’Équipe que o clube estava em uma situação financeira crítica, com apenas oito mil euros na conta.
O Desporto ao Minuto detalha as manobras financeiras que permitiram a este investimento.
Um dos primeiros tópicos tratados pela nova direção de André Villas-Boas foi o da Ithaka Infra III, uma empresa espanhola que adquiriu 30% da Porto Stadco SA, responsável pela exploração comercial do Estádio do Dragão. O contrato original foi firmado por Jorge Nuno Pinto da Costa, mas, após uma renegociação, o clube conseguiu aumentar o investimento em dez milhões de euros, totalizando 50 milhões de euros.
“Ao contrário do que a direção anterior afirmava, não era suficiente devolver o dinheiro, uma vez que este nunca foi recebido. Não era apenas uma questão de reembolso e rescisão de contrato, devido a cláusulas de saída que oneravam o clube. A negociação que alcançámos foi viável porque a Ithaka mostrou flexibilidade”, explicou o diretor financeiro, José Pereira da Costa.
“Considerando que iriam estabelecer uma parceria de 25 anos com o FC Porto, quiseram garantir que também estivéssemos em uma posição confortável durante esse período”, acrescentou em entrevista ao jornal O Jogo, enfatizando: “Este é mais 25%, o que nos proporciona a oportunidade de iniciar uma nova era em termos de pressão financeira, que é significativa”.
André Villas-Boas cumpriu a sua promessa. Em novembro, apenas sete meses após a sua eleição, o antigo treinador finalizou a renegociação da dívida do FC Porto, emitindo obrigações no total de 115 milhões de euros, com uma taxa de juro de 5,62% e um prazo de 25 anos. Esta manobra visou “refinanciar o passivo existente e apoiar a atividade do FC Porto”.
“Este é um projeto do qual nos orgulhamos, um marco histórico para o FC Porto. Aumentará a nossa credibilidade junto de fornecedores, clubes e agentes, uma vez que o clube acumulou uma dívida significativa. Trata-se de uma dívida contraída para pagar outra dívida, mas que nos permitirá, ao longo dos próximos 25 anos, crescer em termos operacionais, comerciais e desportivos. Além disso, facilitará a nossa gestão do dia a dia”, explicou.
Para alcançar este objetivo, a direção azul e branca reduziu a dívida em cerca de 45 milhões de euros a clubes e fornecedores, utilizando, por exemplo, as receitas da Liga Europa, o que permitiu superar o controlo financeiro da UEFA.
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