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·25 juillet 2024
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Na abertura do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris, o Brasil superou o nervosismo e a forte marcação nigeriana para estrear com o pé direito. O pé direito de Gabi Nunes, autora de um belo gol que deu a vitória à seleção Canarinho por 1 a 0. A Rainha Marta ficou perto de marcar pela 14ª vez em Jogos Olímpicos e igualar a marca de Cristiane, mas teve seu gol anulado por impedimento.
Ainda pelo Grupo C, a Espanha venceu o Japão por 2 a 1, de virada, e também arrancou com três pontos. A seleção brasileira volta aos gramados no domingo (28), ao meio-dia, horário de Brasília, para encarar o Japão pela segunda rodada. A Fúria e a Nigéria também se enfrentam no mesmo dia, às 14h.
Na estreia das Olimpíadas, Arthur Elias mostrou ambição ofensiva e apostou na titularidade de Marta compondo um trio ofensivo para atacar a Nigéria. A postura agressiva confirmou a expectativa da seleção brasileira iniciando com a posse de bola e procurando espaços na defesa adversária.
Durante os primeiros movimentos da partida, o Brasil se mostrou tímido e ficou neutralizado na marcação, sem encontrar alternativas para criar perigo. Em resposta ao controle canarinho na posse de bola, a seleção nigeriana especulou de forma vertical ao ataque e criou as primeiras chances reais de abrir o placar.
Aos 15, Ajibade disparou pela direita, cruzou na medida e Ihezuo entrou livre dentro da pequena área. A atacante pegou de primeira e obrigou um milagre de Lorena. Na sequência do lance, Ucheibe emendou de fora e a goleira brasileira fez mais uma grande defesa, espalmando pela linha de fundo.
Apesar do enorme susto, o Brasil fez questão de frear o crescimento da Nigéria e quase marcou com Gabi Portilho completando cruzamento de Ludmila. A resposta rápida devolveu o controle à seleção Canarinho e começou a amadurecer o primeiro gol.
Embora a primeira chance real tenha nascido pelo lado canhoto, o Brasil passou a intensificar as jogadas pela direita. Aos 35, a primeira passagem pelo corredor funcionou e o 14° gol de Marta ficou no quase. Em jogada iniciada pela própria Rainha, Antônia achou Marta dentro da área e a camisa 10 mandou nas redes, mas o assistente apontou impedimento no lance.
A seleção brasileira não deixou se abalar com o gol anulado e de forma imediata repetiu o caminho para inaugurar o placar. Apenas dois minutos mais tarde, Marta serviu Gabi Nunes, que invadiu a área e disparou uma pancada para superar Nnadozie e abrir o caminho da vitória canarinho.
Na volta do intervalo, o Brasil evitou correr riscos e continuou trocando passes na intermediária de ataque. Novamente com dificuldade para traduzir o volume ofensivo em oportunidades reais, a seleção brasileira conseguiu flertar com o segundo gol apenas em lances isolados.
Aos 15, Marta tentou o cruzamento fechado e carimbou o poste nigeriano. No lance seguinte, Yasmin cruzou na segunda trave e Ludmila cabeceou na rede pelo lado de fora.
Arthur Elias oxigenou o ataque e o meio-campo em busca de manter pelo menos a intensidade imposta pela seleção, mas a Nigéria cresceu na reta final da partida e criou um ambiente perigoso.
Apostando no rigor físico, a seleção nigeriana empilhou lançamentos na área e arriscou de média distância. Apesar da iniciativa africana, a goleira Lorena trabalhou pouco e, quando precisou, mostrou segurança para garantir a vitória brasileira.