MundoBola Flamengo
·20 juin 2025
Brasil entra na briga para sediar próxima Copa do Mundo de Clubes

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No embalo do sucesso que a primeira edição da nova Copa do Mundo de Clubes tem feito entre os torcedores brasileiros, a CBF já mira o futuro. Impulsionada pela audiência e pelo bom desempenho dos times do país no torneio disputado nos EUA, a confederação manifestou à FIFA o forte desejo de trazer a próxima edição da competição, em 2029, para o Brasil. A informação é do jornalista Thales Machado, do "Globo".
A iniciativa, segundo Machado, partiu do próprio presidente da entidade, Samir Xaud. Durante um encontro com Gianni Infantino e Mattias Grafström, presidente e secretário-geral da Fifa, Xaud apresentou a intenção do Brasil de se tornar o país-sede daqui a quatro anos. A proposta, segundo ele, foi recebida com entusiasmo.
"Tudo começou com uma conversa de apresentação. Falei dos meus objetivos à frente da CBF e disse que queremos estar mais próximos da Fifa", contou o presidente da CBF ao "Globo".
"Elogiei o evento e o nível dos clubes brasileiros e, por fim, coloquei o país à disposição para receber a próxima Copa do Mundo. Ele [Infantino] ficou muito feliz, disse que é totalmente possível. Agora vamos trabalhar para que dê certo. Vai ser um golaço, completou.
O encontro aconteceu em Miami, durante a Cúpula Executiva de Futebol da Fifa, que reuniu representantes das 211 associações filiadas. Embora não se trate de uma candidatura oficializada, o movimento é visto pela CBF como um passo formal e decisivo.
Nos bastidores, a empolgação brasileira com o torneio é vista com bons olhos pela Fifa. A federação internacional considera a Copa do Mundo de Clubes uma prioridade de sua gestão, e o engajamento massivo do público no Brasil, com Gianni Infantino chegando a postar imagens de torcedores assistindo aos jogos nas praias, pode pesar a favor de uma futura candidatura.
Outros países também já demonstraram interesse em receber o torneio. O Marrocos, uma das sedes da Copa do Mundo de 2030, cogita uma candidatura, possivelmente em conjunto com Espanha e Portugal, como um teste para o Mundial de seleções.
Até mesmo um retorno aos Estados Unidos não está descartado, numa aposta comercial para manter os patrocinadores americanos engajados. Outra forte candidata é a Austrália, que, animada com o sucesso da Copa do Mundo Feminina de 2023, anunciou a intenção de concorrer ao torneio de 2029.
Caso o Brasil seja escolhido, o país se beneficiaria da estrutura já utilizada na Copa de 2014 e que será novamente mobilizada para a Copa do Mundo Feminina de 2027.
A segunda edição do torneio, planejada para junho e julho de 2029, manterá o formato de 32 equipes. Ser sede garantiria ao Brasil uma vaga extra, que provavelmente seria destinada ao campeão brasileiro de 2028.
Além disso, a América do Sul terá direito a outras seis vagas: os quatro campeões da Libertadores entre 2025 e 2028, mais duas equipes via ranking da Conmebol.
O calibre do torneio já se desenha com alguns dos campeões continentais mais recentes, que ilustram o nível da competição que o Brasil deseja sediar, como o PSG na Europa, o Al-Ahli na Ásia, o Pyramis na África e o Cruz Azul na Concacaf. A Fifa, por sua vez, ainda não divulgou os detalhes de como o processo de escolha da sede será conduzido.