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·31 mai 2025

Betinho Marques – O Galo não pode falhar; é a esperança de um povo

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Quando o Atlético não está bem, ninguém tem razão. É Galo brigando para todo lado e em qualquer lugar. O sistema se desorganiza. O Galo é, o resto está.

Sem desviar do tema, mas apenas elencando as mazelas da fome, de cerca de 50 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, da fraude do INSS, do desemprego, dos presidentes da CBF que furtam medalhas e nem podem sair do país, somos o país da lavanderia e da preocupação institucional fake com o meio ambiente. Neste cenário, o Galo é, desde sempre, o alento. O Galo é imaculado e não pode falhar, não pode ser igual.


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O Atlético é a “cachaça” que não bebo. Quando o Atlético sucumbe à mesmice, quando o Atlético deixa de quebrar protocolos positivos para ser igual, perdemos o sentido, ficamos sem a bússola do viver. Filosofia máxima do povo mineiro, o Atlético que se quer repercutir é o do CAMpo dos Sonhos, projeto iniciado nesta semana para achar talentos nas periferias e aglomerados da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

É óbvio que qualquer galista tem o desejo da paz, mas ela só pode ser real se for fruto da justiça. A paz não se confunde com omissão. Quando a administração se fecha nas posturas rígidas e no silêncio, a torcida retroalimenta uma reação de descrença, pensa o que quer, cria teorias — e isso mata o clube em vida, mata a coerência tão publicizada por empresas de capital aberto, precursoras das SAFs.

Deem ao Atlético o que for do Atlético

Na busca da paz, Jesus agitou as águas, mergulhou e usou a palavra como arma. Foi assim que seu legado ultrapassou mais de dois mil anos. Literalmente, chutou o pau da barraca e mandou que dessem a César o que fosse dele e a Deus o que lhe pertencesse. Deem ao Galo o que for do Galo — é somente isso.

O Atlético sempre terá problemas, sempre terá despesas, não vencerá no campo todas as vezes, e isso nunca afastou a Massa. O que o Atlético nunca poderá deixar distante é a relação olho no olho com o seu povo. O Alvinegro nunca foi um clube “almofadinha”. Alguém precisa urgentemente personificar essa relação — é a identidade na face de um representante do povo.

O atleticano participou de carnês, do “Fica Ronaldo”, já contribuiu na conta de luz, comprou quase “terra no céu” para ajudar a estancar as dívidas do clube, mas, na maioria das vezes, viu a omissão do conselho e a pouca clareza dos fatos institucionais. Não é de hoje.

Para o momento novo, com o advento da SAF do Galo, os gestores e acionistas precisam rapidamente aprender a se comunicar com o torcedor. Claro, antes não havia rede social, e o que um único meio de comunicação dizia era a verdade única. Esse tempo passou.

O Galo e a válvula de escape

O Galo é o anunciador do novo dia, da esperança. É o canto do bicudo que enche de vida as pessoas que anseiam por dias melhores. A chateação do atleticano neste momento não é pelo Cienciano, não é apenas pela campanha irregular no Brasileirão — a revolta vociferada nas redes sociais é apenas a catarse explícita de:

“Pô, cara! Eu acreditei tanto em vocês, conversa comigo. Diga-me como vamos pensar o Galo para os próximos anos. Eu faço conta no seu banco, eu compro o vinho, meu amigo fez até tatuagem na perna com o rosto de vocês, não me abandone, me fala aí: quando vamos acertar as dívidas dos juros? Quem vem na janela?”

O Atlético é a cachaça, mas o atleticano, acreditando, compra o vinho, paga a conta, compra a camisa e joga junto. O Atlético é o CAMpo dos Sonhos, é o clube que ajudou os gaúchos, o Atlético só pode ser orgulho e honra. A paz não é uma pomba branca omissa — a paz é fruto da justiça, de um Galo que anuncia o dia e que grita ao mundo o que não está no seu devido lugar.

Conhecer a história do CAM faz com que se saiba o que é incongruente e não permitido. O Galo é a cachaça que não bebo, é a catarse numa única voz. Passou da hora do entendimento chegar a quem está no máximo poder da paixão de Minas Gerais.

O Galo não pode falhar. Não pode ser igual. O Galo não é todo mundo. O Galo é, o resto está.

Galo, som, sol e sal é fundamental.

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