MundoBola Flamengo
·17 août 2025
Bancada Feminina do Flamengo cobra avanços no futebol feminino após repercussão

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·17 août 2025
Após a divulgação de um vídeo da jornalista Renata Mendonça a respeito do estado do futebol feminino do clube, a Bancada Feminina do Flamengo emitiu uma declaração oficial. No comunicado, o grupo enfatizou a importância de mudanças significativas na modalidade e pediu que o Rubro-Negro assumisse um papel mais ativo para assegurar progressos em equidade, justiça e condições de trabalho para as jogadoras.
De acordo com o texto, o futebol continua sendo um ambiente majoritariamente masculino, resistente a mudanças que permitam uma maior presença feminina em posições de decisão.
A Bancada enfatizou que, embora tenham ocorrido avanços recentes, ainda há muito a ser feito para garantir que as jogadoras tenham acesso às melhores condições de treinamento, jogo e vida, sem precisar aguardar mudanças graduais enquanto suas carreiras se desenrolam.
Além disso, o comunicado critica a falta de mulheres nos processos decisórios do esporte. Para o grupo, apesar da boa vontade dos dirigentes homens, eles não conseguem compreender as dificuldades de ser mulher em um contexto permeado por estruturas machistas.
A declaração clama por uma verdadeira revolução no futebol feminino brasileiro, ressaltando que o país será sede da Copa do Mundo da categoria em menos de dois anos. Por fim, a Bancada Feminina destacou os progressos do Flamengo nos últimos anos, com crescimento dos investimentos e modernização da estrutura do time feminino. No entanto, enfatizou que a luta por equidade precisa ser expandida em todo o país.
Marion Kaplan fez uma declaração relevante à reportagem do MundoBola Flamengo sobre o assunto. Ela recorda os projetos em que a Bancada Feminina do Flamengo está envolvida, além de mencionar que oferece várias sugestões aos dirigentes rubro-negros visando a valorização feminina.
"A Bancada fará três anos em 2025. Estamos há anos lutando pela inclusão e valorização das mulheres no Flamengo. Fazemos a nossa parte trabalhando, recrutando novas integrantes, mandando propostas para dirigentes e candidatos. Ajudando nas campanhas contra o Feminicídio (Antes que Aconteça e Todos por Elas) em parceria com o Governo do Rio de Janeiro".
Embora haja muito esforço, o projeto só terá impacto com o apoio dos líderes. É o que exige Marion, também colunista do MundoBola Flamengo. Para que tenham sucesso na Gávea, ela solicita que as pautas inclusivas sejam respeitadas e consideradas seriamente.
"Mas é fundamental que os dirigentes façam sua parte: eles precisam se esforçar para que o clube tenha mais representatividade nos seus quadros. Essa luta não é apenas das mulheres. É uma luta de todos e todas. Uma governança nova, moderna e profissional, que a nova gestão projeta, é extremamente benéfica para o clube. Mas para isso, ela também tem que levar em conta as pautas de diversidade e inclusão que as grandes empresas adotam".