
Saudações Tricolores.com
·5 juillet 2025
Arias destaca história feita pelo Fluminense e reafirma: “Faltam duas finais”

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·5 juillet 2025
O Fluminense alcançou as semifinais da Copa do Mundo de Clubes da Fifa ao bater o Al-Hilal por 2 a 1, com gols de Martinelli e Hércules, porém ninguém está satisfeito no clube. É o que afirmou o meia Arias após o apito final no Camping World Stadium, em Orlando.
Os comandados de Renato Gaúcho se tornaram o primeiro semifinalista da história do torneio, já que está sendo disputado neste novo formato pela primeira vez, superando times com investimento muito superior, como Inter de Milão e Al-Hilal.
“Sentimento indescritível. Estamos entre os quatro melhores do mundo. É algo para ter orgulho. Tenho certeza que o nosso torcedor está orgulhoso. A gente está fazendo história. Faltam duas finais para gente. Temos o sonho muito perto, então é continuar sonhando”, afirmou o craque colombiano.
Arias admitiu que está sentindo o desgaste depois da sequência de partidas. Ele jogou os 90 minutos em todas as partidas do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes.
“Estou desgastado, cansado. Não consigo esconder isso. As condições climáticas são muito difíceis. É difícil jogar nesse horário, no calor. Interferem muito com o desgaste e o desempenho. Temos pouco tempo para recuperar também. Fomos um dos times com menos tempo de recuperação junto com o Al-Hilal. Isso interfere no desempenho e no desgaste. Mas estou feliz. Desde que esteja saudável e consiga jogar, vou dar o meu melhor. É focar na recuperação até a semifinal porque qualquer jogador sonha em jogar, quero estar lá e no meu 100%”, disse.
Não foi sem emoção que a vaga chegou. O Tricolor saiu na frente com um golaço de Martinelli aos 40 minutos do primeiro tempo de um jogo muito parelho, mas quase não foi com a vantagem para o intervalo. Minutos depois, Koulibaly acertou uma cabeçada e Fábio fez um milagre para evitar o empate.
A volta para o segundo tempo mostrou um Al-Hilal mais ligado, pressionando e conseguindo o empate com Marcos Leonardo logo nos minutos iniciais. Coube a Hércules ser o herói, saindo do banco de reservas, a missão de garantir a vaga.
“Acho que como todos os jogos, estamos conseguindo competir. O time do Al-Hilal é extremamente competitivo e vinha com muita moral por ter eliminado o City e tem grandes jogadores. Fizemos uma grande partida e soubemos sofrer quando foi necessário”, analisou o colombiano.
Arias destacou a importância da campanha do Fluminense para o futebol sul-americano como um todo:
“Eu ainda não peguei o telefone, mas temos noção de como repercute no Brasil e na América do Sul. Estamos representando uma cultura, um continente, uma maneira de ver o futebol. Estamos deixando o nome do Brasil no topo de novo. Estamos mostrando para o mundo que o nosso futebol também tem grande arma, grandes jogadores e poderio. Tenho certeza que o torcedor tricolor está orgulhoso e feliz.”
O colombiano não escondeu a ambição pelo título: “É comemorar e curtir muito esse momento porque não tem certeza quando vai experimentar de novo. O sonho está muito perto. Estamos a dois jogos de conseguir o maior feito na história de um clube sul-americano. Chegamos na competição sonhando em avançar e continuamos sonhando. Precisamos continuar com a humildade porque tem a semifinal primeiro, mas ninguém pode nos impedir de sonhar com o título.”
A partida no Camping World Stadium, em Orlando, teve grande presença de tricolores, que também lotaram a Fan Fest, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e também a Casa Laranjeiras, na sede do clube, também na zona sul da cidade.
Com a vitória do Chelsea sobre o Palmeiras no outro confronto de quartas de final, o Fluminense enfrentará os ingleses na semifinal. Sobre esse confronto, Arias demonstrou respeito:
“Um campeonato assim é difícil escolher rival. Fizemos a nossa parte. Sabemos que o Chelsea é uma grande potência no futebol mundial.”
O meia também explicou a estratégia utilizada pelo técnico Renato Gaúcho contra o Al-Hilal:
“O Renato fez uma conversa com a gente dias antes desse jogo, falou que analisou o Al-Hilal e a melhor maneira de enfrentarmos as virtudes e qualidades deles era com esse esquema. Repetindo isso. Que ele ficou muito satisfeito com o jogo contra a Inter. Adotamos esse sistema, temos essa versatilidade que é muito boa para nós, boa para o treinador. Dá mais ferramentas para ele.”
“Hoje fizemos um grande jogo. Sabíamos do rival que tínhamos pela frente, que é muito bom. Tem grandes jogadores e um grande treinador. Seria um jogo difícil, mas acho que soubemos lidar com as fases do jogo. Jogar quando era para jogar, sofrer quando era para sofrer. No final saímos como vencedores justos”, completou.
Questionado se ser considerado azarão na competição traz mais tranquilidade, Arias foi enfático:
“Acho que não. Da porta para dentro não nos achamos o patinho feio. Sabemos as armas e os grandes jogadores que temos. Mas também sabemos da realidade, não temos o poderio financeiro e o charme das outras equipes. Dentro dessa realidade temos grandes jogadores e um grande trabalho. Acreditamos muito no que temos e conseguimos. Não à toa estamos aqui.”
“Temos tido excelente desempenho, jogamos leves e com confiança de quem sabe o que está fazendo. Não se chega a uma semifinal à toa. Temos de ter humildade, saber respeitar e enaltecer o rival pela frente. Mas da porta para dentro não nos achamos inferiores a ninguém”, afirmou.
Antes de finalizar, Arias deixou um recado para os torcedores que apoiaram ao longo do trajeto no torneio mundial:
“Gratidão eterna por esse apoio, esse suporte que dão para nós, nós sentimos mesmo à distância. Sabemos que estamos todos juntos na mesma vibração. É importante. Faltam duas finais para sonhar, estamos muito perto.”
O Fluminense agora enfrentará o Chelsea na semifinal, partida marcada para a próxima terça-feira, às 16h, em Miami. Com a premiação já garantida de R$ 329 milhões, o clube segue sonhando com o título mundial.