Portal dos Dragões
·12 août 2025
Anselmi tenta explicar fracasso no FC Porto: “Sairam Nico e Galeno, os dois jogadores mais importantes do plantel”

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·12 août 2025
Martin Anselmi, o treinador argentino que passou brevemente pelo FC Porto, falou pela primeira vez sobre a sua experiência no clube.
Uma pausa para recuperar: “Voltei à Argentina quase sete anos depois e creio que necessitávamos de um travão. Andámos sem travão e sem parar um único dia por três continentes. Era preciso estar sem trabalhar para ver melhor este processo, para que apareça alguma frescura e claridade. Sinceramente, já me sentia bastante esgotado. Não é o mesmo estar três anos no mesmo sítio do que ires adaptando-te. Gosto de chegar e perceber que estamos a representar, o que ganhou o clube, o que querem os adeptos, como são as gentes e a cidade. Agora faço o que há muito queria, quero desfrutar dos meus pais e que eles desfrutem dos netos, quero desfrutar dos meus amigos, poder ir jogar padel com eles e comer um assado, ter os fins de semana para mim, estudar inglês… Por um lado, é um momento espetacular.”
O que encontrou no FC Porto: “Em muito pouco tempo, fizemos demasiado. Chegámos a um clube enorme, o FC Porto, com muito prestígio na Europa. Chegámos a meio de uma época que estava a ser má, com uma presidência que tem muito desejo de mudar, de fazer coisas novas, de renovar não a cultura, porque é de uma essência espetacular, mas fazer as coisas de maneira diferente. Havia um plantel muito desfalcado e tínhamos de absorver toda essa pressão. Sentia que havia jogadores que necessitavam de alguém que absorvesse a pressão e que pudesse, de alguma forma, protegê-los. Durante cinco meses, fizemos um trabalho de sobrevivência.”
As saídas de Galeno e Nico González: “Chegámos e fomos logo à Sérvia jogar para a Liga Europa e, se empatássemos, ficávamos de fora. Ganhámos 1-0 com um golo do Nico González, que no fim de semana seguinte estava no City. Nesse mesmo dia, o Galeno foi vendido para a Arábia, então já não pudemos cobrir, talvez, os dois jogadores mais importantes do plantel, o mercado estava fechado. A partir daí, competir com o que tínhamos exigiu muito de mim, a nível pessoal e sem dúvida que é bom ter agora alguma distância. Porque, quando te afastas, começas a ver o processo de outra forma.”