Zerozero
·3 décembre 2024
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·3 décembre 2024
Em mais uma entrevista desde que aterrou em Inglaterra para treinar o Manchester United, Rúben Amorim foi desta vez questionado pela BBC, estação televisiva à qual falou do seu perfil pessoal e como treinador e da importância da ligação deste com os jogadores. Além disso, o antigo técnico do Sporting realçou a necessidade de ser honesto com os adeptos e não se coibiu de falar sobre a recusa em aceitar um lugar no Benfica, então nos primeiros passos como treinador.
Estado de espírito com o novo cargo: «Estou feliz. Um pouco stressado, mas todos os treinadores devem sentir um pouco o peso do seu cargo. Sinto que estou no controlo da situação. Não controlo os resultados, mas sei o que fazer.»
Conexão aos adeptos do United?:«Sinto isso! Talvez por ser uma pessoa algo emocional, consigo transmitir isso, mesmo em entrevistas. Talvez por ser diferente do último treinador e isso pode trazer uma conexão diferente. Eles [os adeptos] também acreditam que sou o homem certo. As pessoas acham sempre que o homem seguinte é o certo para o cargo. Para manter essa sensação temos de jogar melhor para ganhar jogos e ser muito sinceros com os adeptos. Se fores honesto com os adeptos talvez cries uma ligação melhor do que tentar esconder a realidade.»
Sempre foi emocional?: «Sim. Sempre foi o meu caráter. Não podes ser emocional num dia e no outro já não ser. Penso com a minha cabeça, não apenas com o coração, mas quando faço as coisas faço-as com emoções. Como treinador, podes ser bom com matéria técnico-tática mas se não fores emocional e não conseguires uma ligação com os jogadores não podes fazer nada com uma equipa de futebol.»
Etapas até Inglaterra e a recusa ao Benfica: «Às vezes é o destino. No Casa Pia, queria treinar. Ser treinador principal. Fui para a 3.ª divisão para ter essa oportunidade. Precisava de sentir como era ser treinador. Tenho dois filhos pequenos, por isso tentei um clube perto de minha casa. Esses detalhes levaram-me ao Casa Pia. Depois fui para o SC Braga. Não fui para o Benfica porque, lá, não temos controlo total sobre as camadas jovens. Sentia que isso era importante para mim porque, da maneira como vejo o futebol, o treinador precisa de controlar isso. Não é decidir tudo, isso é diferente.
Fui para o Sp. Braga B. Foi para sentir um clube maior. Estive lá enquanto jogador. É um clube com melhores condições e queria ver isso. Depois, o destino levou-me para a equipa principal e tive muita sorte nos primeiros jogos. Foi uma armadilha para o presidente, António Salvador. O SC Braga tinha uns cinco jogo seguidos contra Sporting e FC Porto e sei que tive muita sorte. Muita, muita sorte. E isso mudou a minha vida. Fui para o Sporting e o resto é história. Fui um sortudo até agora na minha carreira.»