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·2 juillet 2025
Al Hilal e Chelsea: o que esperar dos rivais brasileiros das quartas do Mundial?

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·2 juillet 2025
O Mundial de Clubes 2025 desenhou seu caminho no mata-mata de maneira menos convencional. O Chelsea que todos colocavam como líder de sua chave, mudou de lado ao ficar atrás do Flamengo e agora é rival do Palmeiras. O Al-Hilal derrubou de forma inesperada o Manchester City e agora enfrentará o Fluminense. O que esperar dos rivais brasileiros? Vamos dissecar um pouco as duas equipes.
O foco principal é contextualizar performance e estruturas táticas ao longo do Mundial, mas não deixaremos de fazer relações com as temporadas dos respectivos clubes quando necessário. A começar com o rival palmeirense...
Campeão da Conference League, quarto colocado na Premier League, o Chelsea foi se ajustando ao longo da temporada com Enzo Maresca Para o Mundial, ganhou uma peça importante para ajustar um dos pontos fracos na temporada.
Adepto da escola posicional de Pep Guardiola, Maresca monta sua equipe na fase ofensiva no WM tão usado atualmente, com um 3-2-2-3. A plataforma tática não mudou neste Mundial.
Só que um dos grandes problemas desses Blues era a ausência de um camisa 9 referência. Atuando com homens de mais mobilidade na frente, com Nicolas Jackson, o time perdeu em retenção de bola no corredor central e, também, em jogo pelo alto.
Outro ponto que não funcionou tão bem foi a mudança posicional de Cole Palmer Depois de uma temporada de 25 gols e 15 assistências, o número de participação direta em gols do meia-atacante caiu pela metade. Atuando mais por dentro, Palmer entregou menos ao time na fase ofensiva.
O Chelsea sofreu ao longo da temporada quando enfrentou rivais mais recuados, que atuaram com blocos médios e baixos. Entre dezembro e janeiro, para ilustrar isso, o time de Maresca enfrentou uma sequência de cinco jogos sem vitórias contra rivais da parte inferior da tabela: Everton, Fulham, Ipswich, Crystal Palace e Bournemouth. Foram apenas quatro gols no período e duas partidas sem balançar as redes.
A chegada de Delap, por outro lado, pode ser uma saída interessante: o atacante tem melhores indicadores de desempenho com relação a Jackson nos duelos pelo alto (e o Chelsea foi pouco efetivo nesse quesito) e maior qualidade de retenção de bola.
Durante o Mundial, Palmer também está tentando se reinventar. Maresca pede ao meia-atacante para realizar rotações posicionais com o ponta pela direita, geralmente Noni Madueke para ficar com mais liberdade para causar desequilíbrios da ponta para o meio.
A tendência é o Chelsea tentar controlar o jogo através da posse de bola diante do Palmeiras. Resta saber se Abel vai ter uma abordagem como Everton e companhia inglesa ou como o Flamengo, que lutou pelas rédeas do confronto com a bola no pé.
O Al Hilal é a grande zebra do Mundial de Clubes, sem sombra de dúvidas. Derrubou o poderoso Manchester City, de Pep Guardiola, que vinha conseguindo atuações sólidas no torneio, apesar de muitas novidades no time com relação a temporada.
As interações sociais do Al Hilal indicam um jogo ofensivo mais forte pelo lado direito, principalmente quando Salem Al-Dawsari não está disponível. Foi assim que os sauditas machucaram o Manchester City nas oitavas de final.
Malcom teve muito critério para interpretar quando acelerar, e quando temporizar para aproveitar as chegadas dos companheiros. O overlap, ou as ultrapassagens, foram decisivas para levar vantagem em cima da defesa inglesa.
Ponta invertido, canhoto que joga na direita, Malcom traz o jogo por dentro para aproveitar as descidas de João Cancelo. O jogo pelas laterais, por sinal, já vem se tornando uma marca de Inzaghi nesse time. O treinador, marcado pelo avanço dos alas na Internazionale nas últimas temporadas, dá liberdade também do outro lado a Renan Lodi ainda mais protagonista sem Salem.
Com velocidade para sair nos contra-ataques, o Al Hilal aproveita a qualidade de João Cancelo como lateral construtor para buscar lançamentos nas costas da linha defensiva. Rúben Neves, o grande pêndulo do time, é também fundamental para decidir por onde os ataques vão se desenvolver. Mohamed Kanno e Milinkovic-Savic são dois meias box to box e costumam chegar com qualidade no último terço.
Renato Gaúcho, técnico do Flu, tem, aqui, duas opções: manter o esquema com três zagueiros que anulou a dupla de ataque da Inter, porém diante de um rival em 4-3-3; ou deslocar Juan Freytes para a lateral esquerda, como o zagueiro já jogou no início da temporada, para tentar dobras de marcação em cima de Malcom e João Cancelo (ou Savic). Os duelos nesse setor do campo devem ser decisivos.
Neste momento, enquanto você lê essa noticia, os dois técnicos estão com estes, e tantos outros questionamentos na cabeça. O campo vai mostrar os caminhos na sexta...