Zerozero
·1 mars 2025
Água mole em pedra dura...
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·1 mars 2025
... tanto bate até que fura! O Vitória SC venceu o Casa Pia por 1-0, numa partida marcada pelo domínio evidente dos Conquistadores e pelo consequente desperdício dos comandados de Luís Freire.
O primeiro tempo foi apenas disputado no meio campo defensivo dos Gansos, mas sem grandes chances de perigo. No segundo, foi preciso uma jogada de insistência para Úmaro desfazer o nulo que já parecia para ficar. O Vitória SC reentra na luta europeia!
Na partida que fechou o sábado da Liga Portugal, o Casa Pia deslocou-se a Guimarães num duelo pelos lugares europeus. O Casa Pia entrou para este jogo na sexta posição, o Vitória SC na oitava, com urgência de vencer perante os resultados recentes - uma vitória nos últimos dez jogos.
André Narciso apitou para o início da partida e foram os casapianos a demonstrar a primeira iniciativa - Pablo Roberto atirou fácil para Varela -, mas rapidamente o jogo mudou de figurino. O Vitória assumiu a posse de bola e começou a ameaçar o último terço adversário.
Os primeiros 25 minutos tiveram apenas um sentido: a baliza do Casa Pia. Os Conquistadores instalaram-se completamente no bloco adversário e criaram algumas oportunidades, sempre sem a melhor finalização. O que mais impressionava era a forma como a turma de Luís Freire - expulso - conseguiu encostar os gansos às cordas. No último passe, faltou sempre algum discernimento.
Com o golo a não chegar, o domínio vimaranense foi afetado pela ansiedade. As perdas de bola do Vitória, com a equipa completamente balanceada no ataque, deram azo às transições que o Casa Pia procurava. Num desses momentos, Larrazabal teve a melhor oportunidade de golo da primeira parte, mas não acertou na baliza quando já só tinha Varela pela frente.
A partida foi empatada para o intervalo mas, depois de um domínio territorial tão evidente, os vitorianos colocaram-se a jeito de um amargo de boca.
Depois de um primeiro tempo muito aquém no capítulo da decisão, Arcanjo e Vando Félix foram substituídos por Nuno Santos e Úmaro Embalo. O efeito da substituição poderia ter sido perfeito, mas o VAR estragou a festa do D.Afonso Henriques.
Aos quatro do segundo tempo, Úmaro trabalhou pela direita e colocou a bola na cabeça de João Mendes - lateral - que se estrearia a marcar na Primeira Liga com um belo cabeceamento, não fosse o adiantamento de 37 centímetros do jogador vitoriano. O VAR interveio e o golo foi anulado.
Depois desse momento, a toada manteve-se. Mais Vitória, com domínio territorial completo e com o Casa Pia encostado perto da sua baliza.
Aos 79´ minutos, fumo branco no massacre dos da casa. Depois de uma jogada de insistência, Tomás Handel - que parece bem perto da sua melhor versão - colocou magistralmente a bola na cabeça de Nélson Oliveira e, já depois da defesa de Patrick, Úmaro acabou com o sofrimento do Castelo. De realçar, novamente, o cruzamento primoroso do oito vitoriano.
Depois do golo, o caldo entornado. No meio dos efusivos festejos, um elemento da equipa técnica vitoriana agrediu José Fonte e o jogo parou por largos minutos com confrontos de toda a gente no relvado, ficando os bancos despidos. Lamentável.
Nos vinte minutos restantes - dez de desconto - uma grande maturidade defensiva do Vitória SC, afastando os fantasmas do passado recente, onde os Conquistadores perderam muitos e bons pontos na compensação.