Abel Ferreira defende Palmeiras e critica excesso de críticas: “Não se pode duvidar do nosso valor” | OneFootball

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Após a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Fluminense, na noite desta quarta-feira, no Maracanã, o técnico Abel Ferreira reagiu às críticas que o time vem recebendo e afirmou que a equipe tem qualidade para o presente e também para o futuro.

— Tem gente que diz que o treinador do Palmeiras não serve, é fraco, faz sempre a mesma coisa. Cada um tem sua opinião, mas há quem fale de propósito, porque convém ou por influência. Temos um elenco jovem, com margem para evoluir — disse Abel, valorizando o trabalho feito até aqui.

O treinador português também reforçou a importância da resiliência diante das críticas, muitas vezes, segundo ele, mais ofensivas do que construtivas.

— Vamos ganhar e perder. Dirão que somos bons ou ruins. O que não pode é duvidar do nosso valor, do nosso trabalho e da coragem que temos. Há críticas que passam do limite. A liberdade termina quando se invade o espaço do outro — afirmou.

Defesa a Vitor Roque

Abel mencionou ainda a situação do atacante Vitor Roque, que voltou a marcar após mais de dois meses. O técnico destacou a pressão excessiva sobre jovens atletas no Brasil.

— Para ser jogador neste país, tem que aguentar críticas selvagens. Chamam jogador de 20 anos de “bagre”, colocam ódio. Isso deixa marcas emocionais. Precisamos acolher, apoiar. Quando estamos mal, não podemos fingir que está tudo bem, mas também não podemos destruir o ser humano — destacou.

Segundo Abel, o atacante não virou um craque de um dia para o outro:

— Aqui é tudo 8 ou 80. Agora vão dizer que ele é o Pelé, mas ele é o mesmo Vitor Roque, com qualidades e defeitos. O gol dá confiança, mas é preciso manter os pés no chão. Nosso trabalho é coletivo — completou.

Com o triunfo, o Palmeiras chegou a 29 pontos em 14 jogos e ocupa a terceira posição no Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso será neste sábado, às 21h, contra o Grêmio, no Allianz Parque.

Críticas à vaia ao Fluminense e calendário

Abel também se mostrou incomodado com as vaias que o Fluminense recebeu no Maracanã, apesar do desempenho da equipe na última edição do Mundial de Clubes da FIFA.

— Fico triste em ver uma equipe que representou tão bem o futebol brasileiro ser vaiada. Há menos de um mês estavam na semifinal do Mundial. Isso mostra como a memória é curta. Se fosse no Palmeiras, eu falaria o mesmo — lamentou.

O técnico também apontou problemas com o calendário do futebol brasileiro e as consequências do desgaste físico.

— Eles (Fluminense) perderam seu principal jogador (Arias), e ainda enfrentam um calendário insano. Hoje perdemos mais um jogador por lesão, o Renato (Gaúcho) também. Jogar a cada dois dias é absurdo. Ninguém quer saber se o time está inteiro ou com desfalques, só querem saber se ganhou ou perdeu — finalizou.