A 16 dias do fim da janela, diretoria e Zubeldía divergem sobre necessidade de reforços no São Paulo | OneFootball

Técnico argentino durante treino no CT, semana passada (Erico Leonan/SPFC)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

A primeira das três janelas de transferências do futebol brasileiro desta temporada está próxima de seu fim. Acaba no próximo dia 28 (sexta-feira).

Ou seja, parta os clubes ainda interessados em reforçarem seus times, restam 16 dias para acelerar as tratativas.

Mas tem clubes que ainda sequer definiram se vão ou não sair no mercado. E um deles é o São Paulo.

No momento há um verdadeiro impasse interno sobre a questão. Isso porque o técnico Luis Zubeldía pede encarecidamente a contratação de pelo menos mais dois reforços. Especificamente um volante e um ponta. Mas, os indícios são de que a diretoria não tem planos de atendê-lo.

Bem, quase isso...

Para a volância, a questão é tratada como resolvida. Isso porque o Tricolor tem um acordo verbal com Thiago Mendes. O veterano de 32 anos tem vínculo com o Al-Rayyan, do Catar, somente até o fim de junho. Já avisou que não fica. Vai atuar no Morumbi. Mas como Wendell, resta saber quando. Há tratativas para conseguir a liberação antecipada. Mas os árabes fazem jogo duro.

Seja como for, Zubeldía foi avisado de que a posição não é prioridade. Mesmo com o São Paulo tendo duas baixas no setor. Santiago Longo, que já estava fora dos planos, está de malas prontas para voltar ao Belgrano. E Hugo Leonardo, visto pelo técnico argentino como o atleta mais promissor do time campeão da última Copinha, se contundiu gravemente e deve perder o ano inteiro se recuperando.

A divergência entre treinador e diretoria parte pelo ataque. Zubeldía já disse, inclusive publicamente em entrevistas coletivas, que quer mais uma opção no plantel. De preferência uma peça que atue pelos dois lados do campo, além de poder fazer o papel de homem centralizado. Uma alternativa não só para intensificar o jogo pelas pontas, como também ser reserva de Luciano.

A diretoria inicialmente até tentou. Analisou o nome de Gabriel Veron, aprovado pelo técnico. Mas os custos da transferência exigidos pelo Porto fizeram o Tricolor sair da negociação. E deixar o jogador ir parar no rival Santos.

A falta de grana, aliás, é a justificativa primordial que faz o São Paulo olhar com estranheza o pedido de Zubeldía. A avaliação é que, com o fundo de investimento e o teto de gastos, não há necessidade de contratação, até para melhor aproveitar nomes da base, como Henrique do Carmo, Matheus Alves, Lucas Ferreira e Ryan Francisco. Mas o treinador não os vê totalmente prontos para assumir a bronca.

De qualquer forma, não deixa de ser uma resposta de Zubeldía à venda de William Gomes. O AVANTE MEU TRICOLOR revelou na época da venda do jovem ao Porto que o argentino tinha ficado deveras incomodado com a negociação (apesar de publicamente amenizar o fato). Por isso, passou a bater o pé internamente pela chegada de um reforço para o setor.

Na queda de braço, a diretoria deve se manter vencedora. O clube sondou opções como Lázaro, ex-Flamengo e Palmeiras, mas os valores e as exigências de negociação impediram o avanço. Ou seja, se vier alguém, vai ficar para depois.