Uma manutenção ao virar da esquina e que <i>dói</i> cada vez menos | OneFootball

Uma manutenção ao virar da esquina e que <i>dói</i> cada vez menos | OneFootball

Icon: Zerozero

Zerozero

·4 de mayo de 2024

Uma manutenção ao virar da esquina e que <i>dói</i> cada vez menos

Imagen del artículo:Uma manutenção ao virar da esquina e que <i>dói</i> cada vez menos

«Não dói, Joca». Uma frase eternizada na internet devido a um vídeo viral e que se adequa na perfeição ao que aconteceu neste jogo. O remate do meio da rua de Joca, pois claro, abriu o marcador e permitiu que apenas uma hecatombe tire a equipa da I Liga nesta reta final de campeonato. Emmanuel Boateng encarregou-se de dar outro tipo de tranquilidade, enquanto Nuno Santos reduziu nos últimos minutos para 2-1.

Para além disso, tratou-se de uma tarde histórica para o emblema da casa. Com este triunfo, alcançou uma nova meta no que toca à invencibilidade nesta prova. Dez jogos consecutivos permitiram inserir o nome numa página dourada do clube.


OneFootball Videos


Em relação ao último encontro de ambos os conjuntos, Luís Freire mexeu duas peças, uma vez que Renato Pantalon e João Graça entraram para os lugares que pertenceram a Miguel Nóbrega e João Teixeira. Do outro lado, Álvaro Pacheco apostou em Tiago Silva para ocupar a posição anteriormente atribuída a Nuno Santos, desta vez no banco de suplentes.

Como lhe pegas!

Não podemos começar esta crónica sem uma menção ao ambiente espetacular no Estádio dos Arcos. Os adeptos do Rio Ave compareceram em peso (se não estava casa cheia, andava lá perto), enquanto os simpatizantes do Vitória SC esgotaram a bancada a que tinham direito juntamente com bandeiras, camisolas e, acima de tudo, muitos cânticos de apoio.

Para além disso, não há forma de esquecer, claro, a chuva que deu tréguas durante toda a primeira parte. Tudo junto, permitiu construir um belo espetáculo. Kaio César quis ser o primeiro protagonista da tarde logo no primeiro minuto, mas o remate do avançado brasileiro saiu ao lado. Estava dado o aviso inicial.

Com o decorrer dos minutos, foram dados outro tipo de avisos, mas para o banco de suplentes vitoriano. Kaio César foi o primeiro cair no relvado, seguiu-se algumas queixas de Tomás Ribeiro e, depois, uma pequena paragem por causa de Tomás Handel. Tudo não passou de um susto e o jogo prosseguiu sem grandes preocupações.

A próxima grande preocupação contou com contornos junto da baliza de Jhonathan Luiz. Jota, sem muita preparação, abanou as redes contrárias com um remate do meio da rua, mas o lance acabou invalidado devido a um fora-de-jogo do português no início da jogada. Ainda gritaram golo, no entanto, o árbitro assistente acertou na muche aquando da anulação da vantagem vimaranense.

Ora, se nas frases acima falamos de um remate sem muita preparação, voltamos a repetir a narrativa, mas para descrever o golaço de Joca. Yakubu Aziz (que saiu no primeiro tempo devido a lesão) amorteceu a bola de peito, o camisola 14 não deixou o esférico cair e rematou para dentro da baliza defendida por Bruno Varela. Uma vantagem justa, diga-se, apesar das poucas oportunidades para ambos os lados.

Um Vitória SC com bastantes dificuldades, sobretudo na construção a partir de trás. Incaracterístico, nervoso e com alguma falta de confiança nas ações. Nem Bruno Varela se safou de algumas perdas de bola. Do outro lado, o Rio Ave também não esteve espetacular, mas conseguiu conter a maior das chances de perigo vindas do adversário.

Os erros saíram caro

Não sabemos o que Álvaro Pacheco disse aos seus jogadores ao intervalo, mas a equipa de preto e branco entrou com tudo no reatar do encontro. Chegou com perigo duas/três vezes consecutivas e colocou à prova o antigo guarda-redes do clube, que levou sempre a melhor nos duelos com Kaio César e Tomás Handel.

Mas, pouco tempo depois, foi mesmo o Rio Ave a aproveitar... nova desatenção no Vitória SC. Uma perda de bola resultou no ataque rioavista, conduzido por Mateo Tanlongo, que só teve de assistir Emmanuel Boateng. O ganês, numa segunda fase, encarregou-se de fazer o mais difícil e colocar um arco perfeito para consumar o 2-0.

Álvaro Pacheco mexeu com as peças do banco de suplentes e «quebrou» o ataque móvel composto por Kaio César e Jota Silva. Altura de Nélson Oliveira, antes de Nuno Santos assumir a posição de extremo para um 3-4-3. Não nos podemos esquecer, claro, do regresso de Ricardo Mangas, que esteve fora dos relvados durante um mês.

Oportunidade lá, oportunidade cá, a partida não teve outros contornos de destaque, excetuando o bom golo de Nuno Santos no tempo de compensação. O Rio Ave confirmou os três pontos e garantiu a melhor sequência de sempre no campeonato. Dez jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota. Notável, histórico e a manutenção a poder ser alcançada ainda hoje: caso o Portimonense não pontue diante do Sporting, o Rio Ave fica na I Liga.

Ver detalles de la publicación