Mundo Rubro Negro
·11 de noviembre de 2024
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·11 de noviembre de 2024
Muita coisa pode ser dita e muita gente pode ser citada, se você for analisar a vitória deste domingo, diante do Atlético-MG, que selou a quinta conquista rubro-negra da Copa do Brasil.
Temos Gonzalo Plata, o herói improvável, um atacante equatoriano de 24 anos que até algumas partidas atrás parecia tão capaz de jogar bola quanto uma girafa é de operar uma nave espacial, mas que aos 37 minutos do segundo tempo realizou um golaço que silenciou até mesmo as mais potentes caixinhas de som da MRV Arena.
Temos Filipe Luís, um homem que no mesmo ano foi campeão com o time sub-17, sub-20, profissional e que se você der na mão, hoje, um time de showbol, com certeza vai garantir uma taça pros caras, pela inteligência e capacidade tática que mostrou, recuperando uma equipe rubro-negra que Tite havia reduzido ao mais baixo denominador comum da indigência esportiva.
Temos até mesmo Gabigol, o ídolo rubro-negro que anunciou ainda em campo sua saída do clube e aparente ida para o Cruzeiro, no que deve ser um grande pesadelo para o atleticano médio, já que é como um cara não apenas ir na sua casa e te bater como anunciar que agora ele está se mudando rua ao lado pra poder te bater mais vezes por semana.
Mas mais do que citar nomes e momentos – a grande fase de Wesley, a cera mágica de Rossi, o talento obsceno de Gérson, o vandalismo da torcida atleticana ou mesmo o caminhão de gols perdidos pelo Flamengo, que talvez agravasse ainda mais esse vandalismo – é importante lembrar a mudança de postura vivida pelo Flamengo e que foi essencial para que mais essa taça viesse pra Gávea.
Foto: Pedro Vilela/Getty Images
Isso porque com Filipe Luís, como já havia acontecido com Jorge Jesus e com diversos outros técnicos que tem alguma compreensão do que é o DNA rubro-negro, o Flamengo voltou a jogar como Flamengo. Um futebol que precisa ser ofensivo, mas que também precisa ter raça, uma postura que precisa ser combativa, mas que não pode deixar a beleza de fora.
Na alma rubro-negra não existe a dicotomia entre vencer e jogar bonito porque, se você conhece a história do Flamengo, você sabe que os períodos em que o Flamengo mais venceu são exatamente aqueles em que ele jogou mais bonito.
E o Flamengo que Filipe Luís está nos primeiros passos de construir, mas que já se mostrou campeão, parece possuir exatamente esse espírito. Um time que sabe quando dar show mas também sabe quando brigar, que entende o momento de atacar mas que também tem qualidade para se defender quando isso se faz necessário.
Mas acima de tudo um time que serve de base pra voos maiores. Porque se Filipe Luís, em nove jogos, sem vários dos seus principais jogadores, já conseguiu conquistar uma Copa do Brasil, que em 2025 a gente possa descobrir o que ele, com mais tempo e um elenco mais equilibrado, é capaz de alcançar. A nação rubro-negra mal pode esperar pelo que pode acontecer.
João Luis Jr. é jornalista, flamenguista desde criança e já viu desde Walter Minhoca e Anderson Pico até Adriano Imperador e Arrascaeta, com todas as alegrias e traumas correspondentes. Siga João Luis Jr no Medium.
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