Torcida do Palmeiras protesta contra racismo e apoia Luighi | OneFootball

Na noite desta segunda-feira (10 de março), o Palmeiras derrotou o São Paulo por 1 a 0, no Allianz Parque, em São Paulo. Assim, o Verdão garantiu a classificação para a final do Paulistão contra o Corinthians.

Além da vitória Alviverde, o duelo ficou marcado pela manifestação dos torcedores palmeirenses. Dessa forma, durante o primeiro minuto do Choque-Rei, os adeptos cerraram os punhos e protestaram contra os atos racistas cometidos contra o atacante Luighi, na Libertadores Sub-20.

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Além disso, o Maior Campeão Nacional também promoveu uma série de ações contra o racismo. Em uma área à frente da arquibancada, um bandeirão foi estendido com as frases “Respeito ao próximo. Somos sociedade. Questão de humanidade. Todos somos um”.

Por sua vez, Gobatto e Periquito, os mascotes do Palmeiras, apareceram com uma faixa escrita “Todos contra o racismo”. Já os atletas palestrinos posaram para uma foto com a faixa. Por fim, Rincon Sapiência, rapper palmeirense, foi convidado pela diretoria para falar sobre o tema antes da partida.

“Tivemos um triste episódio do nosso atleta, foi humilhado. A gente sabe que não é algo isolado, tem registro, qualquer crime que tenha registro, a pessoa que cometeu precisa ser penalizada. O atleta joga no maior do Brasil. E mesmo ele tendo dinheiro e vestindo a camisa do maior campeão, ele vai ser perseguido. Se a gente gosta do Palmeiras e a gente é humano, a gente vai ter solidariedade com nosso atleta. E isso vamos levar para além do campo de futebol. Não é só hashtag, temos que combater o racismo na rua, na vida. Se a gente gosta do Palmeiras a gente é antirracista“, falou o cantor.

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Os jogadores da SE Palmeiras, posam para foto em jogo contra a equipe do São Paulo FC, durante partida válida pela semifinal, do Campeonato Paulista, Série A1, na arena Allianz Parque. (Foto: Marcos Robolli)

Para quem não sabe, o episódio de racismo ocorreu pela Copa Libertadores Sub-20, em duelo contra o Cerro Porteño. Assim, um torcedor paraguaio, segurando uma criança, imitou um macaco em direção aos jogadores do Verdão. Em seguida, Luighi alegou ter sido chamado de macaco e sofreu uma cusparada.

Após o incidente, a Cria da Academia foi vista chorando no banco de reservas e, em entrevista, fez uma forte declaração sobre a situação, cobrando uma atitude da Conmebol.

Comunicado da torcida organizada do Palmeiras

Nosso menino Luighi é gigante. E, se todos somos um, a luta contra o racismo tem de ser a luta de cada um dos 40 mil palmeirenses presentes ao Allianz Parque nesta segunda-feira.

Hoje à noite, tão logo o árbitro dê início à partida, o Allianz Parque ficará em silêncio por um minuto, com 40 mil punhos cerrados e erguidos. Ao fim desse um minuto, virá o hino do Palmeiras em volume ensurdecedor.

Gol Norte, Gol Sul, Oeste Central, Central Leste, setores superiores: todos seremos um, em apoio incondicional ao menino-gigante Luighi.

Obrigado, Luighi, por honrar nossa camisa não apenas dentro de campo, mas também com sua atitude corajosa e contundente contra a praga do racismo.

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