“Sempre preparado e à disposição para ajudar”, declara Sérgio Alves, em homenagem aos 111 anos do Ceará | OneFootball

Ceará SC

“Estarei sempre preparado e à disposição para ajudar o Ceará”. Essa frase dita por Sérgio Alves, o terceiro maior artilheiro da centenária história do Time do Povo, em entrevista exclusiva ao cearasc.com, reforça o sentimento do ex-camisa 11 pelo clube, que completa nesta segunda-feira, 2, 111 anos de existência.

De origem pernambucana, o recifense Sérgio Alves desembarcou em território cearense há 33 anos para cravar seu nome na história do Ceará Sporting Club. O centroavante, apelidado de “carrasco”, marcou a geração de torcedores que não teve a chance de prestigiar Gildo e Mitotônio, à frente de Sérgio no ranking de artilheiros.

Na centenária história do Ceará, Sérgio Alves viveu de tudo: campanhas de recuperação, outras históricas - como a final da Copa do Brasil de 1994 - além de acessos e títulos. Deixou sua marca com cada gol e assistência. Depois da aposentadoria, continuou entregando seus serviços à instituição, com passagens como técnico da categoria de base e do futebol feminino. Nos últimos anos, se tornou embaixador do clube, sendo um elo entre o Time do Povo e o torcedor.

"O Ceará é uma família que passei a defender e a gostar desde 1992. É um clube que está dentro do meu coração para sempre, que sempre irei defendê-lo", iniciou.

"Me sinto honrado, agradecido e envaidecido por ser um dos maiores ídolos da história do clube. É uma satisfação imensa, um dos maiores clubes do Nordeste e do Brasil. Tenho muito orgulho de ser um dos ídolos da Nação Alvinegra", completou Sérgio Alves.

Desde a sua chegada, é impossível desassociar o Sérgio Alves do Ceará e vice-versa. É um nome marcante, que traz boas memórias à torcida e ao Clube. Foi em campo que ele fincou seu nome, se colocou entre os maiores e contribuiu para engrandecer o Alvinegro de Porangabuçu.

“Dentro de campo, conquistei o carinho e o respeito de todos. Hoje, tenho o meu nome marcado na história do clube, por sempre ter honrado a camisa, fazendo gol ou não", relembrou.

Com 309 partidas pelo Ceará, Sérgio Alves elencou o duelo diante do Tuna Luso/PA, pela Série B de 1995, como o mais marcante. Naquele dia, o Mais Querido conseguiu assegurar a permanência na 2ª divisão, com dois gols do ex-camisa 11. O tento mais lembrado por ele, no entanto, foi apelidado de “quebra tabu”, marcado contra o Fortaleza, na Série B de 2001.

O desejo do Carrasco é de seguir contribuindo com o Ceará. O ídolo do Time do Povo tem o sonho de acompanhar o Mais Querido na Libertadores da América e acredita que esse cenário acontecerá em breve.

"Quero ter a felicidade de ver o Ceará jogando uma Libertadores. Creio que, em breve, isso deverá acontecer. Enquanto vida estiver, estarei sempre preparado e à disposição para ajudar o Ceará da melhor forma possível", finalizou.

Leia outros pontos da entrevista com Sérgio Alves:

Jogo mais marcante pelo Ceará?:"O jogo mais marcante foi em 1995 contra o Tuna Luso. Não poderíamos nem empatar o jogo, porque cairíamos para a Série C. Saímos perdendo e, graças a Deus, pude marcar os dois gols da vitória, que evitou o rebaixamento do Ceará. Nesse jogo, nós tivemos nosso goleiro, o Chico, expulso. Terminamos a partida com um zagueiro no gol e com um jogador a menos. Mesmo assim, conseguimos evitar o rebaixamento do clube. Ficou na minha memória e de todos os torcedores que estiveram presente no PV assistindo à partida."

Conhecia o Ceará antes de acertar com o clube?:"Não conhecia a história do Ceará antes de vir jogar aqui. Era muito novo, estava começando minha carreira profissional, quando vim transferido para o Ceará. Sabia que era um dos maiores clubes do Nordeste. Aceitei o convite e a oportunidade de vestir o manto sagrado alvinegro."

Lembra como chegou a proposta do Ceará para você?:"Tive a felicidade de ser convidado para vestir a camisa do Ceará depois de um confronto contra o Central de Caruaru, onde estava emprestado pelo Sport. Vencemos por 4 a 1, marquei dois gols. Pela minha participação no jogo, a diretoria demonstrou interesse. Não pensei duas vezes. Um mês depois do jogo, era jogador do Ceará. Fui bem recebido. Dentro de campo, conquistei o carinho e o respeito de todos. Hoje, tenho o meu nome marcado na história do clube, por sempre ter honrado a camisa, fazendo gol ou não."

Gol mais lembrado por você?:"Poderia citar vários gols importantes com a camisa do Ceará. Um gol que me recordo bastante foi rotulado como a quebra do tabu. Contra o Fortaleza, o Ceará vinha de 16 jogos sem vencer e tive a felicidade de marcar. Desde então, a história foi outra."