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·25 de agosto de 2025

SC Braga dominou, mas perdeu os primeiros pontos: o que falhou na equipa de Vicens?

Imagen del artículo:SC Braga dominou, mas perdeu os primeiros pontos: o que falhou na equipa de Vicens?

A fechar o domingo desportivo da Liga Portugal Betclic, o SC Braga acabou surpreendido em casa diante do AFS. A equipa de Vila das Aves, que parecia inofensiva na fase inicial da partida, mostrou as garras e esteve perto de vencer na Pedreira, não fosse um golo ao cair do pano de Fran Navarro.

O jogo é fácil de definir e os problemas parecem de explicação simples, embora a resolução possa ser complexa. O SC Braga teve bola - um pouco oferecida pelos avenses - e jogou grande parte do jogo em meio-campo ofensivo. Apesar desse domínio territorial, as oportunidades claras de golo foram escassas e os bracarenses não criaram tanto perigo como seria expectável.


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Domínio estatístico que não se confirmou

Quem não viu o SC Braga x AFS e se depara com os números estatísticos da partida, prevê que aconteceu um amasso e um festival de desperdício da equipa da casa. Na realidade, não foi bem assim.

O SC Braga teve 76% de posse de bola - 81% no segundo tempo! -, 21 remates (contra quatro do adversário), 11 cantos e 2.28 xG (expected goals), enquanto o AFS teve apenas 0.48 xG. Os números mostram a disparidade de ações ofensivas entre as duas equipas mas escondem o mais importante: a qualidade e eficácia dessas ações perante a estratégia do adversário.

Os da casa entraram bem, confiantes e a empurrar o AFS para perto da sua baliza. O golo apareceu através de um penálti e os bracarenses pareceram relaxar, abusando um pouco da confiança diante de um adversário que ainda não havia pontuado e, claramente, não parecia ter grandes armas para competir com os Gverreiros.

Fortuito ou não, o que é certo é que o AFS marcou nas primeiras duas ocasiões que teve e deixou o SC Braga em maus lençóis.

No primeiro golo há total passividade defensiva: Molina cruza na linha de fundo completamente sozinho, Tunde remata dentro da área igualmente sozinho e a bola foi ter aos pés de Rafael Barbosa que finalizou, adivinhe-se, solto de marcação na pequena área. Golo muito consentido.

No segundo, mais uma abordagem defensiva infeliz. Spencer cavalgou por dentro, o passe não saiu perfeito para Rafael Barbosa que, quase por instinto, tocou de calcanhar para Diego Duarte. O paraguaio rodou com muita facilidade sobre Lagerbielke e apontou o segundo.

Fragilidade defensiva e pouca variabilidade de movimentos ofensivos marcou a primeira parte.

Uma nulidade ofensiva

Apesar dos sinais da primeira parte não serem os melhores, o SC Braga conseguiu fazer mossa no ataque. Marcou, atirou ao poste por duas ocasiões e obrigou Simão a aplicar-se. No segundo tempo, e com um domínio territorial muito mais acentuado, a equipa de Carlos Vicens foi uma nulidade ofensiva.

Os arsenalistas tiveram posse de bola. Aliás, estiveram quase sempre com a bola, porém, no momento da definição, houve sempre alguma coisa que falhou. A posse de bola dos minhotos foi lenta e algo passiva, permitindo ao AFS - muito baixo no terreno - vascular de um flanco para o outro e controlar sempre as investidas bracarenses.

Não conseguindo entrar por dentro, os comandados de Vicens começaram a lateralizar muito o jogo - Gabri MartínezVictor Gomez, Roger e Sandro Vidigal não encantaram no um contra um - e a insistir em cruzamentos para a área. Ora, quando o SC Braga começou a ter mais sucesso nos cruzamentos, Vicens trocou El Ouazzani por Dorgeles, deixando Pau Victor - que não é tão forte no ar, principalmente - sozinho no ataque.

A dez minutos do fim, lá entrou Fran Navarro que acabou por garantir o mal menor e deixar um ponto da Pedreira. Lelo cruzou de uma zona já interior e El Toro antecipou-se a Simão Bertelli para resgatar o empate.

«Não penso que tomamos más decisões. Acho que o que nos faltou foi a qualidade para encontrar um companheiro na área. A quantidade de vezes que um jogador do Sp. Braga esteve perto da baliza com possibilidades de criar perigo, foram muitas. Foi o jogo em que fomos mais superiores ao adversário. Para conseguir marcar, temos de gerar as ocasiões que geramos. Faltou a qualidade no último passe. Preocupava se tivéssemos estas oportunidades com menos chegadas à área», disse Vicens no final da partida.

Nem tudo estava bem até este jogo e nem tudo está mal depois deste jogo, porém, uma coisa é certa: o SC Braga tem de jogar melhor futebol se quiser continuar a acompanhar os grandes na fuga ao longo da temporada.

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