Jogada10
·27 de diciembre de 2024
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Depay no Corinthians, Payet no Vasco e Braithwaite no Grêmio; antes, Suárez no Tricolor gaúcho e James Rodríguez no São Paulo. O futebol brasileiro está pagando salários que estão atraindo jogadores que antes não viam o país como uma alternativa para trabalhar. Levantamento do “Bolavip Brasil” decidiu mensurar o fenômeno e descobriu: nos últimos cinco anos, o valor médio de salário pago aos jogadores que disputam o Brasileirão aumentou em média 13,5% por temporada, crescimento que supera a evolução nos vencimentos nas cinco maiores ligas nacionais europeias.
Para chegar à conclusão, foram apurados todos os salários anuais dos clubes integrantes das divisões de elite do Brasil, da Inglaterra, da Alemanha, da Espanha, da Itália e da França, no período entre 2020 e 2024. Os números do site Capology, especialista no assunto, leva em consideração a quantidade de atletas com jogos disputados nas respectivas ligas, em cada temporada que o levantamento avaliou.
O ritmo de crescimento nos salários pagos no Brasileirão impressiona. Com taxas médias de 13,5% por temporada há cinco anos, a primeira divisão nacional saltou de um salário anual médio de 388 mil euros (R$ 2,5 mi) em 2020 para 669 mil euros (R$ 4,3 mi) em 2024 – quase o dobro.
Na Espanha, o fenômeno é totalmente oposto. Há cinco anos os salários na La Liga diminuem em uma média de 3,1% por temporada. Foi a maior redução identificada no levantamento. Não foi à toa que jogadores como Depay e Braithwaite, que estavam atuando na competição espanhola, optaram por migrar para o Brasil, onde encontraram bons salários disponíveis.
Na Itália, também houve redução: em média 2,1% por temporada. O maior reflexo disso foi o encurtamento da distância entre o salário médio do jogador no Campeonato Italiano e no Brasileirão: em 2020, o salário médio na Itália era 401% maior, agora é 167%.
Apesar de a Premier League ter se consolidado nos últimos anos como a liga nacional mais rica do mundo, com praticamente todos os times sendo capazes de oferecer os melhores salários da Europa, o crescimento que promoveu esse status foi bem inferior ao que o futebol brasileiro tem vivenciado no período.
Na Inglaterra, os vencimentos aumentaram em média 4,6% por temporada. O crescimento foi bem parecido na França, em média 4,4%. Na Alemanha, também houve crescimento: 2,6%. No caso dos três países, apesar de também terem crescido, como o crescimento foi em ritmo inferior ao brasileiro, o saldo é que a diferença salarial do futebol brasileiro em comparação a esses países também diminuiu.
Em 2024, os times do Campeonato Brasileiro pagaram em média o sétimo maior salário, numa comparação com 12 países diferentes. Ficou atrás dos salários pagos nas cinco principais ligas europeias e mais a Turquia, mas já apareceu à frente dos times de ligas da Europa, como a portuguesa, a holandesa e a belga. É também a liga que mais paga nas Américas, superando os salários pagos no México e nos Estados Unidos.
1 – Inglaterra – 114,2 milhões de euros (R$ 740 mi) 2 – Espanha – 57,6 milhões de euros (R$ 373,3 mi) 3 – Alemanha – 54,1 milhões de euros (R$ 360,5 mi) 4 – Itália – 52,9 milhões de euros (R$ 342,8 mi) 5 – França – 38,8 milhões de euros (R$ 251,4 mi) 6 – Turquia – 25,5 milhões de euros (R$ 165,2 mi) 7 – Brasil – 21,3 milhões de euros (R$ 138 mi) 8 – Estados Unidos – 15,3 milhões de euros (R$ 99,1 mi) 9 – México – 13,1 milhões de euros (R$ 84,8 mi) 10 – Portugal – 12,1 milhões de euros (R$ 78,4 mi) 11 – Bélgica – 12 milhões de euros (R$ 77,7 mi) 12 – Holanda – 11 milhões de euros (R$ 71,3 mi)