Zerozero
·28 de octubre de 2024
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·28 de octubre de 2024
Com classe dentro do campo, o discurso de Rodri após receber a Bola de Ouro de 2024 não ficou atrás. O médio deixou várias palavras de agradecimento e fez referência a várias figuras, da sua vida pessoal e do futebol.
O jogador do Manchester City tornou-se apenas no terceiro espanhol a vencer o troféu, depois de Alfredo di Stéfano - também representou Argentina e Colômbia - e Luis Suárez.
«Vou falar na minha língua, se me permitirem. Quero agradecer à France Football e à UEFA pelo prémio. Também a todos os que confiaram em mim e votaram. É um dia muito especial: para mim, a minha família e o meu país. Quero agradecer à minha mulher, pessoa mais importante que tenho hoje em dia. Fazemos hoje oito anos e, sem ti, este caminho não tinha sido o mesmo. Muito obrigado.
À minha família por todos os valores que me deram. Ajudaram-me desde início, permitiram-me que não me perdesse e que eu seguisse os passos certos. Jogo futebol por amor. Também agradeço a alguém que esteve comigo em todo este processo, o meu agente Pablo. Quem diria que estaríamos aqui. Boleias, ver jogos com um amor incondicional, totalmente altruísta.
O futebol é um desporto coletivo e não estaria aqui sem os meus companheiros. Agradeço ao Manchester City, staff e jogadores. Rúben (Dias), obrigado por estares aqui. Estou no melhor clube do mundo. À seleção, a Luis [De la Fuente] por confiar há tanto tempo em mim. Aos meus companheiros que ganhámos o Europeu, em especial ao Carvajal, que merecia estar aqui e sofreu a mesma lesão que eu. Lamine (Yamal), vais ganhar em breve. Tens tudo pela frente.
É uma vitória do futebol espanhol. Muitos que não ganharam este prémio, mas mereciam. Como Xavi, Iniesta, Iker (Casillas) ou Busquets. Muitos amigos meus escreveram que o futebol ganhou, acho que dou um pouco de visibilidade aos médios centros. Temos muitas vezes um trabalho um pouco mais nas sombras. Hoje surgiu a Luz.
Para terminar, gostava de contar um momento do percurso que tive até aqui: com 17 anos, fiz as malas e fui a Villarreal com o sonho de jogar na I Divisão. Jamais pensei que tudo isto pudesse chegar. Lembro-me de um dia em que liguei ao meu pai a chorar, com a sensação que tudo tinha acabado. A dedicação de uma vida parecia não estar a resultar. Disse-me para não atirarmos a toalha ao chão e isso mudou a minha mentalidade.
Alguém com valores, que estuda e não representa os estereótipos do futebol, também pode chegar aqui. Orgulhoso de ser o melhor jogador do mundo.»